Operadoras: TIM defende serviços prestados em batalha contra WhatsApp

Por Felipe Payão

25/08/2015 - 11:391 min de leitura

Operadoras: TIM defende serviços prestados em batalha contra WhatsApp

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Se você está acompanhando a batalha entre o WhatsApp e as operadoras de telefonia móvel brasileiras, já deve saber que o presidente da Anatel, João Rezende, disse que "todos os aplicativos de internet são considerados um serviço adicional ao mundo da telecomunicação", se colocando contrário a qualquer regulamentação da plataforma. Porém, as empresas "telco" não vão parar por aí, segundo informações do pessoal do Tudo Celular.

Rodrigo Abreu, presidente da TIM Participações, comentou que é a favor da igualdade de condições de competitividade entre os serviços. "Existem várias discussões, e a tônica sempre é a de igualdade de condições de competição (...) Obviamente, há questões que precisam ser levantadas. Essa análise está sendo feita pelo Sinditelebrasil. Não existe uma posição específica de cada empresa", disse Abreu, afirmando que a TIM vai adaptar as posições de acordo com as análises e como está acontecendo no "mundo inteiro".

Nos últimos meses, o consumo de internet móvel cresceu praticamente 50%

As operadoras dizem, como principal argumento, que o WhatsApp utiliza o número do usuário, pelo qual as operadoras pagam impostos — vale notar que, na verdade, quem permite que as empresas de telecomunicações paguem esses impostos somos nós, consumidores.

Entregando alguns números, Rodrigo Abreu comentou que, enquanto os pacotes de voz caem drasticamente, os de dados crescem muito. Nos últimos meses, o consumo de internet móvel cresceu praticamente 50%. Então, será que as operadoras realmente estão perdendo dinheiro por causa do WhatsApp ou estão deixando de ganhar? Há uma grande diferença nessa conta.

Como exemplo, a Vivo teve um aumento de 4,3% na receita líquida em 2015, alcançando R$ 8, 9 bilhões. Já o lucro líquido no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 933 milhões.

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Felipe Payão é jornalista. Cobre a editoria de cibersegurança com foco em cibercrime há oito anos e possui dois prêmios especializados: ESET América Latina e Comunique-se 2021.


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