Diretor de Nier: Automata criou o jogo para fugir da mesmice dos AAA atuais

Um dos grandes lançamentos desse ano foi Nier: Automata, que ganhou uma nota boa aqui no TecMundo Games. Sem dúvidas, trata-se de um game fora da caixinha, algo que também pode ser dito sobre o diretor do game, Yoko Taro, que já mencionou que a história do jogo “é tudo cocô” e muitas outras coisas malucas. Em uma entrevista recente, o produtor contou um pouco sobre a sua vida e gostos, além de comentar sobre as inspirações para o título.

A declaração mais “polêmica” (não chega a ser de fato, mas existe a possibilidade) é de que ele gosta de criar jogos como Nier para fugir da mesmice das obras AAA. Para Taro, criar games e desenvolver histórias é algo como um hobby e que ele gosta bastante.

O gameplay inicial de um jogo AAA costuma ser o mesmo pelo resto do game, algo que não acontece em NieR: Automata

“Olhando para títulos AAA, é claro que eu os considero interessantes e lindos, mas depois de 20 minutos de gameplay eu me pergunto se será essa mesma coisa pelas próximas 20 horas. Eu estou um pouco cansado disso”, diz Yoko Taro. A crítica dele é bem coerente, pois muitos jogos modernos utilizam um alicerce de mecânicas combinadas que, por mais intrigantes e bem-feitas que sejam, são repetidas extensivamente por muitas horas.

Quando olhamos para a experiência oferecida em Nier: Automata, fica ainda mais evidente o que o diretor quis dizer. O game da Platinum traz seções de plataforma, de twinstick shooter, shoot ‘em up, sidescrolling, combate com perspectiva aérea e muito mais. Essa salada mista pode parecer confusa, mas de fato traz jogabilidades bem distintas a todo momento.

Para Yoko Taro, jogar dentro quarto é melhor do que viajar

Como você já viu por aí, Yoko Taro tem uma mente bem diferente e reclusa, algo que acaba refletindo nas suas obras. “Eu acredito que as pessoas que gostam dos meus jogos são um pouco ‘estranhas’. Essas pessoas tendem a olhar para fora do eixo principal dos jogos ou de mídias de entretenimento”, explica Taro.

Taro acredita que as pessoas que jogam os seus games são um pouco estranhas e tendem a buscar algo fora do conteúdo tradicional

Para ele, ficar no seu quarto jogando é algo mais proveitoso do que malhar ou viajar, algo que pode refletir no gosto de muitos jogadores também. Provavelmente, é esse estilo de vida do produtor que faz com que ele consiga criar games que estão constantemente mudando de forma. Certamente, para quem jogou Nier: Automata, de fato trata-se de um título fora do padrão atual. O que você acha? Precisamos de mais jogos diferentes como esse e o mercado está saturado de mesmice?