O jogo de VR é o prequel de Until Dawn e parecia uma aposta certa, mas não é bem assim... Confira nosso review

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Sabe aqueles jogos que n&atilde;o damos muita bola, mas quando chegam s&atilde;o uma surpresa agrad&aacute;vel? Pois bem, este jogo foi <a href="https://www.voxel.com.br/jogo/until-dawn" target="_blank" title="Until Dawn">Until Dawn</a>. Achou que eu estava falando de <a href="https://www.voxel.com.br/jogo/the-inpatient" target="_blank" title="The Inpatient">The Inpatient</a>, n&eacute;? Infelizmente, a Supermassive Games aproveitou mal a chance com a franquia, e por mais que o novo game VR n&atilde;o seja ruim, ele n&atilde;o atende aos padr&otilde;es de qualidade de um bom terror.
Para quem n&atilde;o sabe, The Inpatient &eacute; um prequel de Until Dawn, jogo lan&ccedil;ado pela Sony em 2015. A ideia era promissora: mostrar mais dos acontecimentos que ocorreram nas montanhas Blackwood, criando uma hist&oacute;ria inteira em cima do plano de fundo do game original. Para completar, a desenvolvedora &eacute; a Supermassive Games, a mesma do primeiro t&iacute;tulo. Se foi por falta de tempo ou limita&ccedil;&atilde;o da plataforma, n&atilde;o sei dizer, mas o game poderia ser muito mais. Confira nosso review completo:
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<h2>Uma trama interessante, mas com problemas de ritmo</h2>
Um dos pontos fortes de The Inpatient &eacute; a narrativa, que &eacute; uma trama que se liga diretamente aos acontecimentos de Until Dawn. E quando o assunto &eacute; atmosfera, a Supermassive sabe muito bem o que faz. Durante a hist&oacute;ria, controlamos um paciente que sofre de amn&eacute;sia e recebe tratamento experimental no sanat&oacute;rio de Blackwood. A ambienta&ccedil;&atilde;o &eacute; muito boa e prepara terreno para um enredo intrigante.
Desde o come&ccedil;o, fica claro que tudo que acontece tem um tom amb&iacute;guo e recheado de decis&otilde;es para tomar, mantendo bastante a ess&ecirc;ncia de Until Dawn. As suas escolhas importam e podem mudar significativamente o rumo da trama. Durante a jogatina, me questionei bastante: ser&aacute; que sou um paciente mesmo e preciso de tratamento? Ser&aacute; que a amn&eacute;sia foi imposta e tudo &eacute; manipulado para eu ser uma cobaia de testes? O que &eacute; real? O que &eacute; del&iacute;rio? Para completar, tudo &eacute; dublado em portugu&ecirc;s e a atua&ccedil;&atilde;o de vozes &eacute; bem boa.
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O come&ccedil;o &eacute; promissor e coloca muitas d&uacute;vidas na cabe&ccedil;a do jogador, mas logo cai em um problema de ritmo. Para um terror psicol&oacute;gico, a demora para engrenar &eacute; demais. A primeira cena de terror chega com bastante atraso &agrave; experi&ecirc;ncia, que mais parece um walking simulator entediante do que um game de suspense. Faltam muitos elementos de horror e at&eacute; mesmo os jumpscares, os recursos mais f&aacute;ceis e ingratos poss&iacute;veis em uma experi&ecirc;ncia do g&ecirc;nero, est&atilde;o praticamente ausentes.
Quando as coisas realmente come&ccedil;am a acontecer, relacionando o mist&eacute;rio dos mineradores de Blackwood do primeiro jogo(para evitar spoilers, n&atilde;o vou me estender no assunto), o t&iacute;tulo revela seu plot twist &ndash; h&aacute; alguns diferentes que variam com as suas escolhas &ndash; e acaba. Em outras palavras, as partes mais legais ocorrem perto do fim, e quando voc&ecirc; menos esperar, a campanha &eacute; finalizada. The Inpatient tem de duas a tr&ecirc;s horas de dura&ccedil;&atilde;o apenas.
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A parte boa &eacute; que h&aacute; m&uacute;ltiplos fins e as coisas podem mudar bastante, apesar de o trajeto sempre ser o mesmo. Em outras palavras, o fator replay &eacute; bem alto e pode compensar a curta dura&ccedil;&atilde;o, j&aacute; que h&aacute; muitas decis&otilde;es que afetam a narrativa de maneira bem grande, mas passa longe de ser aquele jogo completo cobrado por R$ 150 na PSN.&nbsp;
<h2>Controles bem-feitos e boa utiliza&ccedil;&atilde;o de recursos</h2>
Um dos grandes problemas de jogos VR &eacute;, geralmente, os controles. Como sempre, h&aacute; dois modos de jogar The Inpatient: com o Dualshock 4 e com o par de PS Move. Os sensores de movimento da Sony mais uma vez s&atilde;o a melhor op&ccedil;&atilde;o e garantem uma boa dose de interatividade no mundo do game.
O legal &eacute; que a equipe programou uma responsividade t&aacute;til no par de controles, garantindo que eles vibrem em intensidades diferentes toda vez que o jogador encostar em algo do cen&aacute;rio, gerando um grau de imers&atilde;o maior. Al&eacute;m disso, a equipe criou um sistema de comandos de voz muito legal: basta ler as decis&otilde;es que voc&ecirc; pode tomar para selecion&aacute;-las. E, de fato, o reconhecimento de fala funciona surpreendentemente bem.
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The Inpatient &eacute; um jogo relativamente bem-feito. H&aacute; alguns problemas, como o fato do personagem n&atilde;o poder agachar (no caso, voc&ecirc; se agachar n&atilde;o resulta no personagem agachando) e pouca utiliza&ccedil;&atilde;o do espa&ccedil;o &uacute;til. Por conta disso, a experi&ecirc;ncia, que tem uma boa atmosfera, acaba n&atilde;o aproveitando ao m&aacute;ximo a realidade virtual.
Al&eacute;m disso, jogar no DualShock 4 tem seus problemas. Durante quase toda a primeira metade da narrativa, &eacute; bem tranquilo utilizar o girosc&oacute;pio e o R2 para interagir com o cen&aacute;rio. Por&eacute;m, quando as m&atilde;os se tornam mais distintas (uma segura a lanterna e a outra interage com o cen&aacute;rio), as coisas se complicam e h&aacute; muitos bugs esquisitos.
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Apesar dos pesares, h&aacute; um ponto positivo digno de destaque aqui: The Inpatient &eacute; bem competente em n&atilde;o causar o t&atilde;o tenebroso enjoo de movimento. &Eacute; poss&iacute;vel sim sofrer com o problema ao virar a c&acirc;mera, mas h&aacute; como mudar as op&ccedil;&otilde;es e deixar tudo mais suave, ajudando a reduzir qualquer desconforto.
<h2>Gr&aacute;ficos acima da m&eacute;dia, mas com problemas</h2>
Uma coisa &eacute; certa: a realidade virtual tem seu pre&ccedil;o. Como tudo deve rodar em 60 fps lisos &ndash; caso a performance caia, o jogador pode sentir n&aacute;useas e outros efeitos ruins &ndash;, n&atilde;o &eacute; f&aacute;cil criar algo bonito e que rode bem. Como outros games exclusivos do PS VR, The Inpatient tem bastante capricho em diversos elementos, mas principalmente nas express&otilde;es faciais.
Como passamos muito tempo em di&aacute;logos e com pessoas falando perto de voc&ecirc; o tempo todo, a equipe realmente se empenhou em criar algo cr&iacute;vel. Infelizmente, o n&iacute;vel n&atilde;o &eacute; t&atilde;o bom quanto o que vemos em Until Dawn, mas &eacute; bom suficiente para o n&iacute;vel de jogos em VR. H&aacute; bons efeitos de ilumina&ccedil;&atilde;o e, pelo menos no PS4 Pro, a imagem tem uma resolu&ccedil;&atilde;o bem agrad&aacute;vel.
Galeria 1
Por&eacute;m, isso n&atilde;o elimina os problemas. H&aacute; muito pop-in de texturas durante a experi&ecirc;ncia (alguns deles bem pr&oacute;ximo &agrave; c&acirc;mera) e &eacute; bem vis&iacute;vel que a equipe disfar&ccedil;ou diversos problemas gr&aacute;ficos com a escurid&atilde;o da atmosfera. Por&eacute;m, ainda assim &eacute; um jogo bonito e com uma boa ambienta&ccedil;&atilde;o.
<h2>Vale a pena?</h2>
The Inpatient n&atilde;o &eacute; um jogo ruim, e sim um jogo mal aproveitado. Sim, ele &eacute; curto da mesma forma que diversos outros jogos de realidade virtual, mas o problema &eacute; outro: a experi&ecirc;ncia poderia ser mais aterrorizante e voltada ao terror &ndash; e menos walking simulator. A equipe criou uma ambienta&ccedil;&atilde;o boa, criou boas express&otilde;es faciais e fez tudo para montar um bom cen&aacute;rio de suspense, mas a experi&ecirc;ncia final pouco usufrui de todas essas qualidades.
No final, o fator replay acabou compensando parte dessa campanha curta, mas n&atilde;o &eacute; a mesma coisa que um game completo maior e recheado de elementos de terror de peso. No fim, The Inpatient n&atilde;o &eacute; um jogo ruim, mas passa longe da experi&ecirc;ncia promissora que esper&aacute;vamos.
*The Inpatient foi gentilmente cedido pela Sony para a realiza&ccedil;&atilde;o desta an&aacute;lise.

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The Inpatient era promissor, mas poderia ser muito melhor – e mais longo

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Imagem de The Inpatient, prequel de Until Dawn, chega hoje com trailer de lançamento no voxel

Preparado para se aventurar no sanatório de Blackwood Pine? The Inpatient é um terrorzaço que se passa 60 anos antes da história de Until Dawn!

Com eventos que se passam 60 anos antes da hist&oacute;ria de <a href="https://www.voxel.com.br/jogo/until-dawn" target="_blank" title="Until Dawn">Until Dawn</a>,&nbsp;<a href="https://www.voxel.com.br/jogo/the-inpatient" target="_blank" title="The Inpatient">The Inpatient</a> &eacute; lan&ccedil;ado nesta ter&ccedil;a-feira (23) exclusivamente ao PlayStation VR. A Supermassive Games, desenvolvedora a cargo dos t&iacute;tulos da franquia, abre as portas do sanat&oacute;rio de Blackwood Pine a quem quiser embarcar nessa s&aacute;dica jornada.
&ldquo;A hist&oacute;ria ramificada &eacute; um dos elementos mais legais. Testamos v&aacute;rios desdobramentos diferentes das decis&otilde;es que os jogadores poder&atilde;o tomar&rdquo;, afirmou o est&uacute;dio. O esquema de suspense num estilo bem linear ser&aacute; mantido &ndash; mas num tom muito mais s&eacute;rio e menos arcade que o de <a href="https://www.voxel.com.br/jogo/until-dawn-rush-of-blood" target="_blank" title="Until Dawn: Rush of Blood">Rush of Blood</a>, por exemplo.
Confira o trailer de lan&ccedil;amento de The Inpatient:
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E n&atilde;o &eacute; que essa franquia, embora tenha porte m&eacute;dio e seja meio apagada dos holofotes, est&aacute; vingando? Conte a n&oacute;s se voc&ecirc; gosta de Until Dawn logo adiante, na se&ccedil;&atilde;o destinada aos coment&aacute;rios.

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The Inpatient, prequel de Until Dawn, chega hoje com trailer de lançamento

Imagem de Jogamos The Impatient, prequel de Until Dawn, na BGS; veja o que achamos no voxel

A franquia Until Dawn está sendo explorada no VR, mas será que está no caminho certo?

Um dos maiores atrativos do estande da Sony da&nbsp;<a href="http://www.voxel.com.br/bgs-2017/" target="_blank" title="BGS 2017">Brasil Game Show 2017</a> &eacute; a &aacute;rea de realidade virtual, que tem diversos games mais antigos com o PS VR (<a href="https://www.voxel.com.br/jogo/batman-arkham-vr" target="_blank" title="Batman: Arkham VR">Batman: Arkham VR</a>,&nbsp;<a href="https://www.voxel.com.br/jogo/resident-evil-7-biohazard-biohazard" target="_blank" title="Resident Evil 7: Biohazard">Resident Evil 7</a> e outros). Apesar de ser algo frio, a tecnologia ainda desperta a curiosidade de muitos que n&atilde;o tiveram a chance de test&aacute;-la. Por&eacute;m, a marca tamb&eacute;m alocou um espa&ccedil;o para jogos quentes do momento, como &eacute; o caso de <a href="https://www.voxel.com.br/jogo/the-inpatient" target="_blank" title="The Inpatient">The Inpatient</a>.
Para quem n&atilde;o ouviu falar, o t&iacute;tulo &eacute; um prequel de <a href="https://www.voxel.com.br/jogo/until-dawn" target="_blank" title="Until Dawn">Until Dawn</a>, franquia que est&aacute; rumando para a realidade virtual cada vez mais. Basicamente, assumimos o papel de um paciente que est&aacute; em um sanat&oacute;rio na d&eacute;cada de 50. Como &eacute; de praxe, temos um jogo de terror por aqui, mas ser&aacute; que est&aacute; bom?
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<h2>Algo similar ao que j&aacute; vimos, mas com pequenas adi&ccedil;&otilde;es</h2>
The Inpatient n&atilde;o &eacute; ruim. Muito longe disso. H&aacute; muito capricho na ambienta&ccedil;&atilde;o, os gr&aacute;ficos s&atilde;o um dos melhores que j&aacute; vi em realidade virtual e h&aacute; muitos outros detalhes bem-feitos, desde a dublagem aos controles do jogo. N&atilde;o h&aacute; d&uacute;vidas: n&atilde;o &eacute; um jogo feito &agrave;s pressas, existe um empenho em trazer qualidade t&eacute;cnica.
O problema de The Inpatient &eacute; outro: assim com todas as experi&ecirc;ncias em realidade virtual, The Inpatient n&atilde;o aposta em nada muito extraordin&aacute;rio. A demonstra&ccedil;&atilde;o que vi tinha alguns aspectos interessantes, como as escolhas de respostas que podem impactar na campanha (semelhante &agrave;s Until Dawn). Por&eacute;m, todo o resto se apoia em uma experi&ecirc;ncia de terror um pouco rasa, com muitos jump scares e elementos batidos.
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Isso n&atilde;o &eacute; necessariamente um ponto negativo. Muitos games usam isso e The Inpatient tamb&eacute;m executa essa f&oacute;rmula com efici&ecirc;ncia. Caso voc&ecirc; nunca tenha jogado nada em VR, ser&aacute; bem legal; caso contr&aacute;rio, ser&aacute; apenas algo divertido que voc&ecirc; j&aacute; viu antes. A grande quest&atilde;o &eacute; quanto tempo de dura&ccedil;&atilde;o ter&aacute; o jogo final para justificar as escolhas da desenvolvedora.
<h2>Uma boa forma de contornar o enjoo da realidade virtual</h2>
Um dos pontos positivos que notei durante a jogatina &eacute; como a produtora est&aacute; lidando com a movimenta&ccedil;&atilde;o em realidade virtual. A maioria dos t&iacute;tulos VR deixam o jogador parado ou sentado (ou se locomovendo em algo, como um carro), mas quando um jogo muda essa mec&acirc;nica e deixa o jogador controlar com o anal&oacute;gico o personagem em quest&atilde;o, as coisas podem se complicar e causar mal-estar.
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Nesse assunto, The Inpatient consegue contornar o problema com uma solu&ccedil;&atilde;o interessante. Em vez de deixar a movimenta&ccedil;&atilde;o completamente livre, o game limita a caminhada em oito dire&ccedil;&otilde;es apenas, com transi&ccedil;&otilde;es de c&acirc;mera bem abruptas. Essa solu&ccedil;&atilde;o elimina grande parte do desconforto e consegue criar uma jogabilidade muito mais tranquila.
The Inpatient &eacute; o &uacute;nico t&iacute;tulo dispon&iacute;vel em VR no estande da Sony que j&aacute; tem data para chegar: dia 21 de novembro.

The Inpatient

The Inpatient era promissor, mas poderia ser muito melhor – e mais longo

The Inpatient, prequel de Until Dawn, chega hoje com trailer de lançamento

Jogamos The Inpatient, prequel de Until Dawn, na BGS; veja o que achamos