Huawei: Harmony OS 2.0 é cópia do Android, dizem desenvolvedores

Por JORGE MARIN

28/12/2020 - 06:301 min de leitura

Huawei: Harmony OS 2.0 é cópia do Android, dizem desenvolvedores

Fonte :  XDA Developers 

Imagem de Huawei: Harmony OS 2.0 é cópia do Android, dizem desenvolvedores no tecmundo

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Desde que disponibilizou, no último dia 16 de dezembro, o seu sistema operacional próprio, o Harmony OS 2.0, em versão beta para desenvolvedores instalarem em smartphones e tablets da marca com sistema Android de fábrica, a Huawei tem alardeado a sua independência da Google, embora se saiba que essa saída se deva mais às restrições impostas pelo governo dos EUA desde 2019.

No entanto, segundo divulgado pelo site de tecnologia SlashGear neste domingo (27), os desenvolvedores logo se decepcionaram ao analisar o propalado OS, pois verificaram que, em essência, ele continua sendo Android, tanto na aparência quanto na estrutura interna, a ponto de ser detectável por um comando adb (Android Debug Bridge).

À esquerda, um Android Virtual executando o mesmo aplicativo que um dispositivo à direita, com o Harmony OS, gera uma mensagem de erro praticamente igual (Fonte: XDA Developers/Reprodução)À esquerda, um Android Virtual executando o mesmo aplicativo que um dispositivo à direita, com o Harmony OS, gera uma mensagem de erro praticamente igual (Fonte: XDA Developers/Reprodução)

Esperando uma versão 3.0

Apesar da constatação, pode ser prematuro afirmar que o Harmony OS não passa de uma skin do Android, como o Fire OS da Amazon. É possível que a configuração seja aplicável apenas nesta versão beta, para facilitar o trabalho dos desenvolvedores na manipulação de ferramentas já conhecidas.

Ou talvez a versão agora disponibilizada seja somente uma base para o lançamento de outra mais autônoma e desvinculada do Android, quem sabe uma possível versão 3.0 do Harmony OS.

De qualquer forma, depois de investir pesadamente numa AppGallery e Huawei Mobile Services baseados no Android, faz todo sentido a fabricante chinesa não querer eliminar completamente os vestígios da Google, pelo menos até que suas interfaces possam ser assimiladas pelos desenvolvedores, e a transmissão para um ecossistema próprio ocorra de forma gradual e segura.   


Por JORGE MARIN

Especialista em Redator


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