Hacker que assediava colegas de classe é condenado por cyberstalking

Por André Luiz Dias Gonçalves

17/10/2022 - 06:301 min de leitura

Hacker que assediava colegas de classe é condenado por cyberstalking

Fonte :  Shutterstock 

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Um ex-aluno da Universidade de Porto Rico (UPR) foi condenado a 13 meses de prisão após hackear contas de e-mail e perfis no Snapchat de mulheres que estudavam com ele na instituição localizada na ilha caribenha. Conforme a sentença, divulgada na quarta-feira (12), o homem foi acusado de cyberstalking.

O crime de perseguição nos meios digitais inclui constrangimento, ameaça e assédio às vítimas. E é justamente o que fazia o hacker Iván Santell-Velázquez, também conhecido pelo codinome “Slay3r_root”, que se declarou culpado por perseguir mais de 100 estudantes do sexo feminino.

Aproveitando técnicas de phishing e spoofing para roubar dados de login, ele invadiu diversas contas de e-mail de alunas da universidade. Com as informações extraídas dos sistemas da instituição de ensino, o réu também conseguiu hackear as contas que algumas das vítimas mantinham no app de mensagens.

O cyberstalking pode trazer danos financeiros e psicológicos às vítimas, segundo o FBI.O cyberstalking pode trazer danos financeiros e psicológicos às vítimas, segundo o FBI.

Em alguns desses perfis no Snapchat invadidos por Velázquez, havia fotos nuas das usuárias, material que o homem roubou e acabou compartilhando nas redes sociais. Os ataques aos perfis das estudantes ocorreram entre os anos de 2019 e 2021.

Assédio online

De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o cibercriminoso usou os nudes roubados para assediar pelo menos uma das vítimas, por meio de mensagens de texto, ameaçando publicá-las. As fotos íntimas foram parar no Twitter e em uma página no Facebook, ficando visíveis para todos.

O agente especial do FBI Joseph González, que atua no escritório de Porto Rico, ressaltou os perigos do cyberstalking, como as perseguições virtuais ocorridas neste caso. Conforme ele disse, a prática pode ter sérios impactos nas vítimas, de “ideias suicidas a medo, raiva, depressão e estresse pós-traumático”, declarou.

Além dos 13 meses de prisão, o criminoso virtual também foi condenado a dois anos de liberdade condicional pela juíza do Tribunal Distrital dos Estados Unidos, Silvia Carreño Coll.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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