Hackers que roubavam dados de cartões são alvo de operação da PF

Por André Luiz Dias Gonçalves

09/08/2022 - 10:301 min de leitura

Hackers que roubavam dados de cartões são alvo de operação da PF

Fonte :  Polícia Federal/Divulgação 

Imagem de Hackers que roubavam dados de cartões são alvo de operação da PF no tecmundo

A Polícia Federal (PF) realiza, nesta terça-feira (9), a operação Singular 2, que tem como foco o combate aos crimes cibernéticos. Os alvos são 16 pessoas que estariam envolvidas no furto de dados de cartões créditos armazenados em lojas online, utilizados em fraudes com movimentação de R$ 125 milhões.

O grupo investigado é especializado na invasão de sites do comércio eletrônico para a extração de informações financeiras armazenadas nos bancos de dados, de acordo com a PF. Posteriormente, os cartões roubados são vendidos em uma página mantida pelos cibercriminosos e/ou utilizados em compras fraudulentas, gerando prejuízos às lojas e bancos.

Usando o dinheiro obtido a partir da venda dos dados e nas demais transações, os envolvidos no esquema realizavam diferentes tipos de movimentações, principalmente com criptoativos. Esses ativos digitais são os alvos de busca da operação, como forma de descapitalizar o grupo.

Dinheiro apreendido pelos agentes da PF durante as buscas.Dinheiro apreendido pelos agentes da PF durante as buscas.

Segundo a PF, os hackers são investigados desde 2019, quando foi deflagrada a primeira fase da operação Singular, realizada principalmente na deep web. Informações obtidas desde então possibilitaram a identificação dos membros do grupo, que tem abrangência nacional.

Celulares, dinheiro e armas

Na operação Singular 2, os agentes da corporação estão cumprindo 14 mandados de busca e apreensão, além de 16 mandados de prisão preventiva. As ações ocorrem em cidades dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Ceará.

Até o momento, os policiais apreenderam máquinas de cartão, celulares, eletrônicos, grandes quantidades de armas e munições e também dinheiro em espécie, durante as buscas. As pessoas investigadas poderão responder pelo crime de organização criminosa, que tem pena de três a oito anos de reclusão.

Elas também podem responder por furto qualificado, cuja pena varia de dois a oito anos de prisão, sem prejuízo de outros delitos que venham a ser apurados.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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