Toyota suspenderá operações por causa de ciberataque a fornecedor

Por Carlos Palmeira

28/02/2022 - 06:261 min de leitura

Toyota suspenderá operações por causa de ciberataque a fornecedor

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Imagem de Toyota suspenderá operações por causa de ciberataque a fornecedor no tecmundo

A Toyota Motor Corporation anunciou nesta segunda-feira (28) que interromperá as operações nas fábricas do Japão amanhã (01/03). A medida foi tomada depois que um fornecedor de peças de plástico foi alvo de um suposto ciberataque.

De acordo com a marca, a suspensão dos trabalhos afetará a produção de cerca de 13 mil carros. A empresa afetada se chama Kojima Industries e, segundo o site Asia Nikkei, ainda não foi decidido se as operações voltarão ao normal na quarta-feira (02).

"Devido a uma falha do sistema em um fornecedor doméstico, decidimos suspender a operação de 28 linhas em 14 fábricas no Japão na terça-feira, 1º de março (primeiro e segundo turnos). Pedimos desculpas aos nossos fornecedores e clientes por qualquer inconveniente que isso possa causar", disse um porta-voz da Toyota.

Toyota

Para tentar tranquilizar fornecedores e parceiros, que também terão prejuízos, o representante acrescentou que a companhia continuará trabalhando no fortalecimento da cadeia de suprimentos e fará todos os esforços para entregar veículos aos clientes o mais rápido possível.

Causas do ataque

O ataque cibernético, que ainda está sendo investigado, ocorreu pouco tempo após o Japão anunciar sanções ao governo russo por causa da invasão da Ucrânia. Apesar de a correlação não estar bem estabelecida, o próprio primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, não descartou que essa seja uma retaliação.

"É difícil dizer se isso tem algo a ver com a Rússia antes de fazer uma verificação completa", respondeu a jornalistas quando questionado sobre a coincidência. Ele ainda acrescentou que o "o governo está tentando verificar a situação nesse ponto".

Toyota

No último domingo (27), Kishida anunciou que o Japão se juntaria aos Estados Unidos e a outros países para bloquear o acesso dos bancos russos ao sistema de pagamento internacional SWIFT e que o país asiático doaria US$ 100 milhões (cerca de R$ 516 milhões na cotação atual) para os ucranianos.


Por Carlos Palmeira

Especialista em Redator

Paulistano, corintiano e pedestre desde 1993. Jornalista formado pela Universidade Federal de Mato Grosso, escrevo sobre games, tecnologia, ciência e cultura pop. Fã de Red Hot Chili Peppers e apaixonado por maracujá, pão de queijo e rap.


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