Hackers norte-coreanos roubaram US$ 400 milhões em cripto em 2021

Por André Luiz Dias Gonçalves

17/01/2022 - 06:001 min de leitura

Hackers norte-coreanos roubaram US$ 400 milhões em cripto em 2021

Fonte :  Pixabay 

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Grupos de cibercriminosos da Coreia do Norte roubaram quase US$ 400 milhões em criptomoedas durante o ano de 2021 por meio de campanhas maliciosas, o equivalente a mais de R$ 2,2 bilhões pela cotação atual. A informação foi divulgada pela plataforma de dados blockchain Chainalysis na última quinta-feira (13).

O montante foi obtido a partir de pelo menos sete ataques cibernéticos ocorridos ao longo dos últimos 12 meses, tendo como alvo plataformas de criptomoedas. Essas campanhas foram direcionadas principalmente a empresas de investimentos e corretoras, de acordo com o relatório.

Engenharia social, e-mails de phishing e malware foram algumas das técnicas utilizadas pelos hackers norte-coreanos para atacar as organizações internacionais. Depois de roubar Bitcoin, Ethereum e outras moedas digitais, eles desviavam os fundos para contas controladas pelo governo do país, apontou o relatório.

Os cibercriminosos teriam apoio do governo do país.Os cibercriminosos teriam apoio do governo do país.

Segundo os especialistas, as autoridades da Coreia do Norte atuaram de forma marcante no processo, ficando responsáveis pelo processo de lavagem para encobrir o roubo das criptomoedas. Por conta dessas táticas e técnicas complexas, os pesquisadores classificaram os cibercriminosos do país como “ameaças persistentes avançadas”.

Lazarus Group em destaque

Uma das organizações de criminosos virtuais em destaque no levantamento é o Lazarus Group, cuja liderança estaria vinculada à principal agência de inteligência estatal, como apontam as investigações do FBI. O grupo é responsável pela maior parte dos ataques do ano passado, conforme o documento.

Atendendo por outros nomes, como APT 38, o grupo ficou famoso após realizar o ciberataque contra a Sony Pictures em 2014 e pelas operações relacionadas ao ransomware WannaCry, em 2017. Desde 2018, a organização tem realizado hacks direcionados a corretoras de criptoativos que geralmente rendem quantias superiores a US$ 200 milhões (R$ 1,1 bilhão).

O dinheiro obtido nos ataques é utilizado para financiar programas de armas de destruição em massa e misseis balísticos da Coreia do Norte, como afirma o conselho de segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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