China rejeita acusações sobre ataque ao Microsoft Exchange

Por André Luiz Dias Gonçalves

21/07/2021 - 02:301 min de leitura

China rejeita acusações sobre ataque ao Microsoft Exchange

Fonte :  Ministério das Relações Exteriores da China/Divulgação 

Imagem de China rejeita acusações sobre ataque ao Microsoft Exchange no tecmundo

Acusada de estar por trás dos ataques ao Microsoft Exchange ocorridos em março, além de supostamente liderar outras campanhas maliciosas globais, a China resolveu se pronunciar. Rebatendo as alegações, o país asiático afirmou que as denúncias são “fabricadas”.

Em coletiva nesta terça-feira (20), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, rejeitou as acusações. “Os Estados Unidos se uniram a seus aliados para fazer acusações injustificadas contra a cibersegurança chinesa”, comentou o representante do governo.

Lijian disse ainda que o ato parece ter propósito político e declarou que a China “se opõe e combate firmemente todas as formas de ataques cibernéticos”. Durante a coletiva, ele também declarou que os EUA seriam os principais responsáveis pela ciberespionagem em todo o mundo.

Zhao Lijian respondeu às acusações dos EUA.Zhao Lijian respondeu às acusações dos EUA.

Usando dados de uma empresa de segurança chinesa, o porta-voz acusou o governo americano de realizar ataques e invasões online contra o país há 11 anos. Os setores aeroespacial, de petróleo e internet, além de agências governamentais e instituições de ensino e pesquisa, estariam entre os alvos destas ações maliciosas, conforme Zhao.

Ataque afetou milhares de empresas

A campanha direcionada ao serviço de e-mail corporativo da Microsoft afetou pelo menos 30 mil organizações de vários países. Explorando uma falha na ferramenta da gigante de Redmond, criminosos virtuais conseguiram acessar contas de e-mail remotamente para a extração dos dados.

Para as autoridades americanas, os ataques faziam parte de um padrão mais amplo de comportamento “imprudente”, capaz de ameaçar a segurança global, e seriam patrocinados pela China. A União Europeia, a Austrália, a Nova Zelândia e o Reino Unido acompanharam os EUA no relatório.

Houve ainda a acusação contra quatro cidadãos chineses, por parte do Departamento de Justiça americano, responsabilizando-os por ataques de ransomware ocorridos de 2011 a 2018. O órgão chinês também repudiou as alegações.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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