'Prisão do Facebook' para quem quebra regras terá mais transparência

Por Jean Carlos Foss

24/02/2023 - 12:302 min de leitura

'Prisão do Facebook' para quem quebra regras terá mais transparência

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Carinhosamente apelidado de "prisão do Facebook", o sistema da empresa pertencente à Meta para determinar violações de políticas está passando por uma reformulação. Conforme anunciado ontem (23) pela companhia gerida por Mark Zuckerberg, o objetivo da reforma é trazer mais transparência para os usuários da rede social e tem com base as recomendações do Conselho de Supervisão (Oversight Board), corpo independente de especialistas acadêmicos composto por líderes cívicos e advogados que avaliam as decisões tomadas pela Meta de maneira imparcial.

Um dos maiores pontos de atenção e preocupação por parte do Conselho sempre foi, justamente, o sistema de políticas e penalidades do Facebook, que, de acordo com os especialistas, era "opaco e desproporcional".

Dessa maneira, as recomendações são as de que a empresa seja mais clara com seus usuários em relação à sua "prisão" e de que dê oportunidades melhores para que os internautas possam explicar suas situações quando forem apelar de alguma decisão feita pela Meta.

O Facebook terá políticas menos unilaterais e deverá ouvir mais seus usuários em situações de penalidades.O Facebook terá políticas menos unilaterais e deverá ouvir mais seus usuários em situações de penalidades.

Processo mais claro

Até aqui, a Meta podia remover conteúdos de suas plataformas sem explicações claras, o que deixava os usuários confusos e enraivecidos, uma vez que não entendiam os motivos para as restrições e não tinham muitas chances de contestar as decisões da empresa.

Agora, o Facebook tenta deixar essa processo mais justo e, em vez de reforçar políticas mais restritivas e unilaterais, deve apostar em uma moderação mais branda (no sentido de que levará mais em consideração os comentários dos internautas).

"Estamos fazendo essa mudança, em parte, porque sabemos que nem sempre acertamos. Então, em vez de penalizar exageradamente pessoas com pequenos números de strikes decorrentes de poucas violações e limitar suas habilidades de se expressar, essa nova maneira levará a ações mais rápidas e impactantes para aqueles que violam nossas políticas com frequência", revelou Monika Bickert, vice-presidente de políticas de conteúdo da Meta.

Por fim, a Meta explica que nada muda sobre o processo de decisão em relação às remoções de conteúdos da plataforma. Contudo, a transparência em torno dessas decisões crescerá.


Por Jean Carlos Foss

Especialista em Redator

Jornalista | Roteirista | Produtor de conteúdo


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