Huawei deve terceirizar celulares para burlar sanções dos EUA

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

16/11/2021 - 05:001 min de leitura

Huawei deve terceirizar celulares para burlar sanções dos EUA

Fonte :

Imagem de Huawei deve terceirizar celulares para burlar sanções dos EUA no tecmundo

Essa não é uma matéria patrocinada. Contudo, o TecMundo pode receber uma comissão das lojas, caso você faça uma compra.

A fabricante chinesa Huawei está em um processo de estabelecimento de parcerias para contornar as sanções comerciais e políticas atualmente impostas pelo governo dos Estados Unidos contra a empresa.

Segundo uma reportagem da Bloomberg, a companhia agora quer licenciar o design dos seus aparelhos para companhias terceirizadas — e não proibidas em mercados como o dos EUA — com o objetivo de não abandonar o setor. Desse modo, essas empresas poderiam adquirir semicondutores e outros componentes de marcas com laços norte-americanos, o que é atualmente proibido para a Huawei.

Nas negociações em andamento, os designs seriam vendidos para a China Postal and Telecommunications Appliances Company (PTAC), que tem uma unidade de smartphones chamada Xnova e até já vende alguns dispositivos da possível parceira. A também chinesa TD Tech é outra que possui conversas adiantadas com a fabricante. Em ambos os casos, o nome da Huawei não seria utilizado comercialmente nos modelos, que já viriam praticamente prontos para a produção em massa.

Relembre a crise

As sanções contra a unidade de dispositivos móveis e infraestrutura de rede da Huawei começaram em 2019, quando a marca foi impedida até mesmo de utilizar o ecossistema Android. O governo do presidente Joe Biden intensificou as ações iniciadas pela administração de Donald Trump.

Ela também deixou de negociar com empresas dos EUA e, mesmo tentando contornar as sanções com investimentos internos, viu a receita do setor de celulares cair drasticamente — ela chegou a ser a vice-líder mundial em vendas há dois anos, mas hoje não ocupa nem o top 5.

O governo norte-americano acusa os chineses de espionagem a partir dos aparelhos da companhia e pressiona até mesmo o Brasil para que a companhia não participe da estrutura do 5G no país.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


Veja também


Fontes