O que é Bitrate?

Por Felipe Gugelmin Valente

14/07/2009 - 02:432 min de leitura

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Imagem de O que é Bitrate? no site TecMundo

A situação é comum: dois arquivos contendo a mesma música, do mesmo artista e com durações idênticas, codificadas em um formato único. Porém, quando se checa o tamanho dos arquivos, um ocupa o triplo do espaço do outro, quando a lógica diz que estes deveriam ser iguais. Essa diferença pode ser explicada pelo bitrate, que torna dois arquivos “iguais” bem diferentes entre si.

O que é bitrate?

Bitrate, como o nome já diz, é um medida que determina a quantidade de dados transmitidos em uma determinada quantidade de tempo. Este termo é utilizado principalmente quando se fala em distribuição digital de vídeo e música. Normalmente é medida em kbit/s, ou seja, quantos pacotes de 1000 bits são transmitidos por segundo durante a utilização de um arquivo. Músicas ou vídeos que utilizam uma quantidade maior de kbit/s tendem a ter uma qualidade maior do que aquelas com menor quantidade.

Entendendo a diferença

Bitrate vai definir a qualidade sonora de suas músicas digitais.Utilizando o exemplo de um arquivo em MP3, fica fácil entender a importância que a quantidade de kbit/s tem para a qualidade de áudio de uma música. Quando convertemos músicas de CDs para MP3, são jogadas fora certas frequências que teoricamente o ouvido humano é incapaz de ouvir.

Isso diminui o tamanho do arquivo original, possibilitando que você guarde estes arquivos de maneira prática, sem ocupar grande espaço no disco rígido. Isso tudo, é claro, a custa de qualidade sonora. A escolha de uma determinada taxa de kbit/s é o que vai determinar o quanto de qualidade é perdida durante a conversão. Quanto maior a taxa, menor será a perda.

Por que eu ouço uma música que passei do CD para o computador com chiados?

Essa situação é bem comum, e acontece normalmente quando a compressão feita utiliza uma taxa de kbit/s muito baixa. Estes sons, que se manisfestam na forma de chiados ou “cliques”, são chamados de artefatos ou ruídos. Para tentar removê-los, não adianta simplesmente aumentar a taxa de kbit/s de uma música. O que vai acontecer é um aumento de tamanho que ela ocupa, pois não há meios de recuperar os dados perdidos durante a compressão de um arquivo.

Existem algumas ferramentas e filtros que fazem a limpeza desses ruídos, mas estas somente são eficazes para os casos em que poucos dados foram perdidos. Portanto, não espere que uma música com 32 kbit/s ganhe muito em qualidade depois de passar por um filtro de limpeza. Para quem não tem certeza de qual bitrate utilizar, recomenda-se a taxa de 128 kbit/s como a mínima para o áudio possuir boa qualidade.

Constant Bitrate e Variable Bitrate

Taxa variável de bitrates favorece a aparição de artefatos

Existem dois modos pelos quais as quantidades de bitrates podem ser utilizadas em um arquivo: de forma constante ou variável. A maior diferença é que no Constant Bitrate (CBR) a qualidade permanece a mesma durante toda a duração do áudio ou vídeo. Já no Variable Bitrate (VBR), o valor diminui em partes mais calmas, que precisam de menos informações, e aumenta em trechos que precisem de uma maior quantidade de dados. Por exemplo, em uma música: na parte mais agitada, o bitrate sobe, e nas partes com silêncio, cai.

Em teoria, a vantagem é do VBR, mas na prática a qualidade dos arquivos em CBR tende a ser maior. Isso se deve principalmente aos programas de codificação, que em sua maioria não lidam bem com mudanças bruscas de bitrate. Por isso, é muito mais comum um arquivo em VBR apresentar ruídos do que um em CBR.


Por Felipe Gugelmin Valente

Especialista em Redator

Redator freelancer com mais de uma década de experiência em sites de tecnologia, já tendo passado pelo Adrenaline, Mundo Conectado, TecMundo, Voxel, Meu PlayStation, Critical Hits e Combo Infinito.


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