Huawei trabalha na construção da maior usina solar do Brasil

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

18/09/2020 - 05:301 min de leitura

Huawei trabalha na construção da maior usina solar do Brasil

Fonte :  Alan Santos/PR 

Imagem de Huawei trabalha na construção da maior usina solar do Brasil no tecmundo

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Mais conhecida pela atuação em dispositivos eletrônicos e telecomunicações, a fabricante chinesa Huawei fechou uma nova parceria no Brasil em outro setor. A empresa vai ajudar na expansão de uma obra em Coremas, no sertão da Paraíba, que compõe a maior usina de energia solar em geração do Brasil.

O projeto tem 426 MW de potência, e a força da Huawei será no campo de Inteligência Artificial. A empresa vai fornecer uma solução chamada FusionSolar 6.0+, que permite a redução no custo de energia de cinco usinas do complexo — uma economia total de 5% e geração de rendimentos até 2% maiores, números considerados bastante alto para a dimensão da obra.

Para fechar a parceria, a Rio Alto foi até a China para conhecer os investimentos da Huawei em Pesquisa & Desenvolvimento. A plataforma escolhida é totalmente digitalizada e patenteada, baseada em algoritmos e análise de dados em larga escala. A usina recebeu a visita do presidente da República, Jair Bolsonaro, na quinta-feira (17). Ele participou da cerimônia de inauguração do local.

A inauguração da usina em evento com o presidente.A inauguração da usina em evento com o presidente.

Os algoritmos também melhoram a conexão com a rede elétrica, garantindo maior aproveitamento da energia solar fotovoltaica gerada pelas usinas. A previsão de início da operação comercial do complexo é de 2022.

Por outro lado, vale lembrar que a relação da Huawei com o governo é instável: a chinesa corre o risco de ser proibida de participar do leilão das frequências do 5G e, caso possa concorrer, dificilmente será escolhida por motivos políticos. O governo dos Estados Unidos, em guerra comercial com a companhia desde o ano passado, pressiona países aliados a não adotarem tecnologias da chinesa.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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