Adobe é processada nos EUA por dificultar cancelamentos de serviços

A Adobe está sendo processada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos por ocultar taxas de rescisão de contratos e dificultar o cancelamento de assinaturas de serviços relacionados a programas como Photoshop e Illustrator, entre outros. A ação foi iniciada na segunda-feira (17).

De acordo com a denúncia feita pela Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC), a empresa não divulga de maneira adequada os termos do plano anual pago mensalmente, escondendo-os sob “letras miúdas e atrás de caixas de texto e hiperlinks opcionais”. Dessa forma, o consumidor pode não ficar sabendo da existência da taxa de rescisão antecipada.

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Consumidores americanos reclamam da dificuldade para cancelar as assinaturas oferecidas pela Adobe.

O cliente também enfrenta um processo “oneroso e complicado” quando tenta cancelar a assinatura, sendo obrigado a passar por várias páginas e pop-ups. Ainda conforme o órgão, o usuário acaba sendo encorajado a desistir de encerrar o contrato ao ficar sabendo da tarifa que pode chegar a custar centenas de dólares.

Problemas semelhantes também estariam acontecendo durante as tentativas de finalizar a assinatura por meio do telefone ou chat, segundo o FTC. Nesses casos, tanto a ligação quanto o bate-papo são desconectados e o usuário precisa repetir todo o processo quando retorna, violando as leis de proteção ao consumidor.

O outro lado

Em nota divulgada no seu site, a companhia afirmou ser transparente em relação aos termos dos contratos dos serviços oferecidos, e, que permite aos clientes escolher os planos mais adequados às suas necessidades. A marca responsável pelo Premiere Pro também negou que o processo de cancelamento seja complicado.

“Nossa prioridade é sempre garantir que nossos clientes tenham uma experiência positiva. Somos transparentes com os termos e condições dos nossos contratos de assinatura e temos um processo de cancelamento simples. Refutaremos as reivindicações da FTC em tribunal”, diz o comunicado assinado pelo vice-presidente executivo da Adobe, Dana Rao.

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O governo dos EUA começou a investigar as supostas violações cometidas pela empresa no final do ano passado. No processo, as autoridades pedem que a Adobe pare com as práticas e pague indenizações aos consumidores que se sentiram prejudicados.