OpenAI, dona do ChatGPT, pode lançar um buscador para rivalizar com o Google

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

15/02/2024 - 05:152 min de leitura

OpenAI, dona do ChatGPT, pode lançar um buscador para rivalizar com o Google

Fonte :  GettyImages 

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A empresa de inteligência artificial (IA) OpenAI, responsável pelo popular ChatGPT, pode expandir a sua linha de serviços digitais. De acordo com o site The Information, a companhia trabalha internamente na criação de um buscador.

A ideia da OpenAI seria lançar um "produto de pesquisa na internet", ou seja, um mecanismo de busca que entraria no mercado atualmente dominado pelo Google. Entretanto, o motor utilizado pela plataforma seria o rival Bing, da Microsoft.

A existência da ferramenta seria facilitada pelo fato de a OpenAI e a Microsoft serem parceiras — talvez próximas até demais, de acordo com órgãos reguladores de mercado.

Momento do Google é de críticas ao buscador

A situação do Google como buscador segue tranquila em termos mercadológicos. O rival da Microsoft não conseguiu aumentar a sua fatia de mercado nem mesmo com a implementação inicialmente exclusiva do Bing Chat, hoje conhecido como Copilot.

O ChatGPT.O ChatGPT.

Porém, o serviço tem sido cada vez mais criticado por usuários que dizem ter notado uma piora na exibição de resultados ao fazer uma busca. Um estudo recente que simulou várias pesquisas na plataforma também chegou a conclusões parecidas, com o aumento de conteúdos de má qualidade sendo bem ranqueados.

A questão é também geracional: usuários mais jovens estão adquirindo o hábito de fazer as próprias buscas em outras plataformas, como a rede social TikTok.

O ChatGPT pode até se aproveitar disso não apenas pela sua popularidade, mas por já ter parte do caminho traçado: o modelo de linguagem da ferramenta é alimentado por resultados da internet, o que faz com que ele já tenha listas de conteúdos sobre os mais variados temas em seu sistema.

Por enquanto, a OpenAI não se manifestou oficialmente sobre o caso. Além disso, não há detalhes sobre quando a ferramenta seria lançada e se ela funcionaria de forma independente ou integrada ao serviço já existente. 

Entretanto, planos recentes da empresa indicam que a ideia é não depender só de um produto, como o lançamento recente de uma loja virtual de chatbots e planos para lançar chips próprios.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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