OpenAI muda regras de uso e passa a trabalhar com militares dos EUA

Por Victor Pacheco Batista

17/01/2024 - 10:202 min de leitura

OpenAI muda regras de uso e passa a trabalhar com militares dos EUA

Fonte :  GettyImages 

Imagem de OpenAI muda regras de uso e passa a trabalhar com militares dos EUA no tecmundo

Pessoas que acessaram a página de políticas de uso de IAs da OpenAI foram surpreendidas com uma mudança que pode causar problemas no futuro. 

A empresa removeu trechos que não permitiam o uso de seus modelos de linguagem em “atividades com alto risco de danos físicos”, como desenvolvimento de armas ou militares e de guerra. 

OpenAI no desenvolvimento de tecnologias de defesa

Anna Makanju, vice-presidente de assuntos globais da OpenAI, confirmou ao Bloomberg que a OpenAI está trabalhando com militares estadunidenses para criar "um projeto de código-aberto de software de cibersegurança". 

OpenAI está tecnologias de cibersegurança com militares dos EUAOpenAI está tecnologias de cibersegurança com militares dos EUA


A medida é um tanto polêmica: há um debate muito grande sobre o uso de inteligências artificiais por militares e o que pode acontecer quando IAs passam a ter controle parcial ou total sobre armas. 

Mais detalhes sobre como a OpenAI e o Departamento de Defesa dos EUA estão trabalhando não foram compartilhados, mas também há uma iniciativa para prevenir o suicídio de veteranos de guerra. Conforme relatório mais redes do Departamento de Assuntos dos Veteranos nos EUA, 6,1 mil das 38,1 mil mortes por suicídios nos EUA em 2022 foram entre veteranos de guerra. 

Uso de AI por militares preocupa profissionais de tecnologia 

A Google, após fechar um acordo com o Pentágono dos EUA para lançar o Projeto Maven, para análise de imagens de câmera de vigilância de drones, enfrentou protestos internos de seus funcionários contra esta decisão. 

Google vem sendo criticada por trabalhar com militaresGoogle vem sendo criticada por trabalhar com militares


A Microsoft também foi criticada por seus funcionários após fechar um contrato militar de US$ 480 milhões que forneceria óculos de realidade aumentada para soldados do exército estadunidense. 

Outro grupo de 1.500 colaboradores da Amazon e da Google assinou uma carta contra o contrato de US$ 1,2 bilhão entre o governo militar dos EUA e Israel. As empresas fornecerão serviços de computação de nuvem, ferramentas de AI e data centers. 

A OpenAI se recusa a falar sobre a decisão de trabalhar com o Departamento de Defesa dos EUA, mas, apesar de ser criticada, deve seguir em frente com o acordo.  


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