Crise dos PCs: Dell vai demitir mais de 6 mil funcionários

A Dell Technologies anunciou, nesta segunda-feira (6), que demitirá 5% dos seus trabalhadores globalmente, ou cerca de 6.650 empregados. A medida vem em um momento em que a companhia passa por uma queda no mercado de computadores. A Intel, na semana passada, cortou salários de executivos e bônus, por exemplo.

Em um memorando aos funcionários, o co-CEO Jeff Clarke citou que "as condições do mercado continuam a se deteriorar com um futuro incerto". A empresa já havia implementado medidas para cortar custos, como pausar contratações e limitar viagens, o que não teria surtido efeito.

Demissões em gigantes da tecnologia

Após crescer durante a pandemia, o mercado de PCs voltou a encolher em 2022. O colapso afetou diretamente fabricantes de computadores, tendo em vista que os hardwares correspondem a maior parte do faturamento. No início de 2022, a Dell contava com cerca de 133 mil funcionários.

O custo relacionado às demissões deverá ser reportado pela empresa no relatório fiscal do quarto trimestre, encerrado em janeiro.

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Outras gigantes da tecnologia também devem realizar milhares de demissões em 2023. Entre elas, o Google anunciou que desligará 12 mil funcionários. A Amazon também já iniciou um processo de demissão que envolve 18 mil pessoas, enquanto a Microsoft deverá desligar 10 mil funcionários ao longo do ano.

Em nota ao TecMundo, a Dell informou que continuamente avalia seus negócios "para garantir que está preparada para oferecer a melhor inovação, valor e serviço a seus clientes e parceiros".

"Temos mais oportunidades de aumentar a eficiência por meio de reorganizações de áreas, o que resultou na redução de membros da equipe em todo o mundo. Esta é uma decisão difícil, que não foi tomada com leveza, e apoiaremos as pessoas impactadas na transição para a próxima oportunidade", cita a companhia.

*Matéria atualizada em 06/02/2023, às 12:12, com posicionamento da Dell.