Quase metade dos milionários não sabem para quem deixar fortunas

Por JORGE MARIN

25/10/2022 - 13:302 min de leitura

Quase metade dos milionários não sabem para quem deixar fortunas

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Quem pensa que milionários não têm problemas poderá ficar surpreso ao ver os resultados de uma pesquisa do banco UBS, de Zurique na Suíça, divulgada nesta segunda-feira (24) pela CNBC. De acordo com a instituição financeira, só nos EUA, 41% dos donos de uma fortuna estimada em US$ 84 trilhões (R$ 434 trilhões) não sabem para quem deixarão seu dinheiro nos próximos 20 anos.

De acordo com a emissora norte-americana, dos correntistas milionários de 14 regiões do país, só 4,5 mil investidores pesquisados pelo banco suíço têm algum tipo de plano para repartir sua bufunfa e investimentos. Na maioria dos casos, no entanto, os ricaços não têm a menor ideia de como isso se dará.

De acordo com a pesquisa, “mesmo após as duras realidades da pandemia, muitos investidores simplesmente não estão tomando as medidas necessárias para garantir uma transferência de riqueza bem-sucedida”. O pior é que 76% estão preocupados com algum problema para transmitir suas heranças e 70% não sabem se seus herdeiros usarão os ativos com sabedoria.

Qual o grande problema em dividir uma fortuna?

Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte: Shutterstock/Reprodução.

Mesmo sem dar muitos detalhes sobre o valor real de seus patrimônios, os endinheirados dos EUA estão preocupados com a equidade. Isso porque pretendem dar mais bens para alguns herdeiros em detrimento de outros. Segundo a pesquisa, “80% vão dar mais aos herdeiros com quem mantêm relações mais próximas. Outros citam as necessidades financeiras dos herdeiros e seu papel na prestação de cuidados”.

Outras razões incluem as novas estruturas familiares. A existência, por exemplo, de filhos de outros casamentos é um fator que preocupa pelo menos 87% dos investidores envolvidos. Quanto aos que vão receber a herança, um deles disse: “É delicado perguntar: ‘Ei, o que vai acontecer com seu dinheiro quando você morrer?’”

No entanto, evitar o tópico – que envolve também o tema da morte – pode causar grandes problemas no longo prazo, alerta o presidente da divisão de gerenciamento global de riqueza do UBS, Iqbal Khan. 


Por JORGE MARIN

Especialista em Redator


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