Dona do Facebook pode ser proibida de comprar empresa de VR

A Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) entrou, na quarta-feira (27), com uma queixa em um tribunal federal para impedir que a Meta, controladora do Facebook, possa comprar a empresa de realidade virtual (RV) Within Unlimited, cujo carro-chefe é o aplicativo de fitness Supernatural.

Em comunicado à imprensa, a FTC argumenta que, se a Meta criasse o seu próprio “mercado de aplicativos de fitness dedicados à realidade virtual”, estaria incrementando a inovação e as opções de escolha do consumidor. No entanto, a pretensa compra da Within diminui a concorrência e tenta “comprar seu caminho para o topo”, segundo o vice-diretor da comissão, John Newman.

O processo, aprovado por 3 a 2 em um comitê hoje majoritariamente democrata, marca o primeiro grande evento sob a presidência da professora Lina Khan, crítica ferrenha das Big Techs e conhecida nos EUA como “lady antitruste”.

O que disse a Meta?

Fonte: Meta/Reprodução.

Em uma publicação no Blog do Facebook, o vice-presidente e conselheiro geral associado para concorrência e regulamentação da Meta, Nikhil Shanbhag, alega que o caso da FTC é baseado unicamente em ideologia e especulação. Segundo o executivo, não há como se falar em resultados anticompetitivos, dentro de um cenário dinâmico com tanto crescimento e entradas constantes, como é o caso do fitness online e conectado.

Além disso, acrescenta a nota, as alegações da FTC não têm amparo legal, pois, de acordo com a legislação norte-americana, a agência reguladora terá que provar que uma aquisição "diminuiria substancialmente a concorrência" antes de bloquear uma negociação já firmada. O objetivo da Meta, diz Shanbhag, é injetar novos investimentos no espaço de fitness RV e melhorar a plataforma Quest.

A Meta garante estar confiante "de que nossa aquisição da Within será boa para as pessoas, desenvolvedores e o espaço VR". Mas, primeiramente, terá que enfrentar a ira de Khan.