São Paulo usa criptomoeda para contratar o jogador Galoppo

Por André Luiz Dias Gonçalves

27/07/2022 - 11:102 min de leitura

São Paulo usa criptomoeda para contratar o jogador Galoppo

Fonte :  Rubens Chiri/Saopaulofc.net 

Imagem de São Paulo usa criptomoeda para contratar o jogador Galoppo no tecmundo

O São Paulo se tornou o primeiro time de futebol do Brasil a usar criptomoedas para contratar um jogador. A tecnologia foi utilizada na transação envolvendo a chegada do meio-campista Giuliano Galoppo, anunciado como novo reforço da equipe do Morumbi na terça-feira (26).

Para trazer o ex-jogador do Banfield, da Argentina, o Tricolor precisa desembolsar US$ 4 milhões, o equivalente a mais de R$ 21 milhões. Além disso, há o pagamento de taxas e comissões, fazendo o custo total da operação subir para US$ 6 milhões (R$ 31,5 milhões), de acordo com o GE.

Com uma dívida que beira os R$ 700 milhões, conforme o balanço financeiro mais recente, o São Paulo resolveu inovar para contratar a revelação argentina e reforçar a equipe, que segue na disputa da Copa do Brasil, da Copa Sulamericana e do Brasileirão. Por meio da ajuda de parceiros, o time finalizou o negócio com moedas digitais.

Os salários de Galoppo serão pagos em moeda convencional e não em criptoativos.Os salários de Galoppo serão pagos em moeda convencional e não em criptoativos.

Segundo o Portal do Bitcoin, o criptoativo escolhido para a transação entre brasileiros e argentinos foi o USD Coin (USDC), uma stablecoin pareada com o dólar. Pela cotação do dia, 1 USDC está valendo hoje o equivalente a R$ 5,27.

Bitso vai intermediar a transação

Uma das patrocinadoras da equipe brasileira, a Bitso será a responsável por intermediar a contratação de Galoppo pelo São Paulo. Utilizando a sua conta na plataforma de negociação de criptomoedas, o time paulista vai comprar a quantidade de moedas digitais necessária para firmar o acordo.

O Banfield, por sua vez, precisará abrir uma conta na Bitso da Argentina, por meio da qual receberá o pagamento em criptomoeda. O pagamento, no entanto, não será feito à vista, acontecendo de forma parcelada — os valores de cada parcela não foram revelados pelos clubes.

Apesar de inédita no mercado brasileiro, esse tipo de negociação, envolvendo o uso de criptoativos em transações de futebol, tem sido cada vez mais comum na Europa. No ano passado, o Paris Saint-Germain utilizou sua moeda digital própria (PSG Fan Token) como parte do pagamento da contratação de Lionel Messi, que na época jogava pelo Barcelona.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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