Crianças Tamagotchi: a solução do metaverso para a superpopulação

Por JORGE MARIN

03/06/2022 - 04:341 min de leitura

Crianças Tamagotchi: a solução do metaverso para a superpopulação

Fonte :  94150121/Pixabay 

Imagem de Crianças Tamagotchi: a solução do metaverso para a superpopulação no tecmundo

Uma entrevista concedida na segunda-feira (30), ao jornal londrino The Telegraph, pela escritora Catriona Campbell está dando o que falar. Nela, a especialista em inteligência artificial (IA) defende a criação de “bebês virtuais” no metaverso para casais que desejam ter filhos, mas não queiram criá-los no mundo real.

A proposta, ao mesmo tempo assustadora e prática, está no novo livro de Campbell – "AI by Design: A Plan For Living With Artificial Intelligence" ("IA por Design: um Plano para Conviver com a Inteligência Artificial", em tradução livre) – no qual a autora compara essas futuras crianças ao Tamagotchi, famoso animalzinho de estimação virtual japonês que virou uma febre nos anos 90.

Fonte: 94150121/Pixabay/Reprodução.Fonte: 94150121/Pixabay/Reprodução.

Por que as famílias optariam por ter filhos virtuais?

Para sustentar sua proposta, Campbell se apoia em estudo divulgado pela empresa de pesquisa de mercado YouGov em 2020, na qual 10% dos casais sem filhos dizem que escolhem não os ter por temer a superpopulação do nosso planeta. Na mesma pesquisa, outros 10% dizem que não têm filhos porque não têm condições financeiras para criá-los.

Citando os impactos “devastadores” que o crescimento desordenado da população mundial está tendo no meio ambiente, a escritora escocesa defende que, embora possa parecer um exagero agora, “dentro de 50 anos, a tecnologia vai ter avançado tanto que bebês que existem no metaverso serão indiferenciáveis daqueles do mundo real".

Apesar de mais limpinhas e menos dispendiosas, essas crianças de IA serão vendidas em mercados, porém "por um custo mensal relativamente baixo" garante a escritora. Para compensar seu investimento, os pais receberão filhos com rostos e corpos fotorrealísticos, capazes de interagir e responder amavelmente, através de reconhecimento facial e análise de voz. Além disso, os pais poderão escolher se esses filhinhos crescerão ou não. 


Por JORGE MARIN

Especialista em Redator


Veja também