Google registra receita abaixo do esperado e ações caem

Por JORGE MARIN

27/04/2022 - 10:301 min de leitura

Google registra receita abaixo do esperado e ações caem

Fonte :  geralt/Pixabay 

Imagem de Google registra receita abaixo do esperado e ações caem no tecmundo

A dona do Google, Alphabet, divulgou na terça-feira (26) os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2022. A receita da holding chegou a US$ 68,01 bilhões (R$ 340 bilhões), um crescimento de 23% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, o número ficou abaixo do projetado pelos analistas. Com isso, o lucro por ação, de US$ 24,62 (R$ 123), ficou inferior ao consenso estabelecido, de US$ 25,91.

O lucro líquido da Alphabet no primeiro trimestre de 2022 foi de US$ 16,44 bilhões (R$ 82,4 bilhões), valor abaixo dos US$ 17,93 bilhões reportados no mesmo período do ano anterior.  Parte dessa queda é atribuída às despesas com títulos de capital que tiveram perdas de US$ 1,07 bilhão entre janeiro e março deste ano.

No entanto, a grande decepção mesmo ficou por conta das receitas de publicidade no YouTube que, ante projeções de US$ 7,51 bilhões dos analistas, fechou o trimestre com US$ 6,87 bilhões (R$ 34,4 bilhões). Embora se saiba que a rede social se beneficiou no primeiro trimestre de 2021 pela presença maciça de pessoas em casa durante a pandemia, há uma percepção de que o TikTok vem ganhando fatias do mercado de audiovisuais.

Recompra de ações

Fonte: geralt/Pixabay/Reprodução.Fonte: geralt/Pixabay/Reprodução.

Após a divulgação do balanço, as ações da empresa caíram 4,16% no pós-mercado, depois de registrar perdas de 3% no pregão regular. De acordo com analistas internacionais, a queda dos papéis, que atingiram o menor nível desde maio de 2021, deveu-se principalmente ao fato de a receita ter frustrado o consenso, e também à desaceleração da taxa de crescimento, de 34% no primeiro trimestre de 2021 para os atuais 23%.

A boa notícia para os acionistas é que a Alphabet anunciou um programa de recompra de US$ 70 bilhões (R$ 350 bilhões) de ações, bem superior ao autorizado nos anos anteriores — US$ 50 bilhões no ano passado e US$ 25 bilhões em 2019.


Por JORGE MARIN

Especialista em Redator


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