Resultados da Huawei em 2021: vendas caem, mas lucro cresce 76%

Por JORGE MARIN

28/03/2022 - 12:002 min de leitura

Resultados da Huawei em 2021: vendas caem, mas lucro cresce 76%

Fonte :  Alexandros Sfakianakis/Flickr 

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A chinesa Huawei divulgou nesta segunda-feira (28) seu relatório anual com resultados paradoxais. Se, por um lado, a empresa amargou o primeiro declínio de receita anual de sua história em 2021, por outro, o lucro líquido – de 113,7 bilhões de yuans (R$ 85 bilhões) – foi 75,9% superior ao resultado obtido no ano anterior.

No ano passado, a Huawei gerou receitas de 636,8 bilhões de yuans (R$ 474), uma queda de 28,5% em relação a 2020, ainda fruto das fortes sanções comerciais impostas pelos EUA. “Apesar do declínio da receita em 2021, nossa capacidade de lucrar e gerar fluxos de caixa está aumentando e somos mais capazes de lidar com a incerteza”, afirmou em comunicado Meng Wanzhou, filha do fundador da empresa e diretora financeira.

Meng participa do primeiro evento corporativo desde que foi libertada, em setembro de 2021, de uma prisão canadense onde permaneceu, durante três anos, acusada por Washington de ter violado as sanções econômicas impostas ao Irã pelos EUA. Para ela, “desafios de continuidade de fornecimento” e a desaceleração da demanda 5G na China foram os principais vilões pela queda nas receitas da gigante de tecnologia.

Como as sanções dos EUA impactaram a Huawei?

Meng Wanzhou. (Fonte: Alexandros Sfakianakis/Flickr/Reprodução.)Meng Wanzhou. (Fonte: Alexandros Sfakianakis/Flickr/Reprodução.)

Durante o governo do ex-presidente Donald Trump, a Huawei foi colocada em uma lista de restrições chamada Entity List, para as quais as empresas americanas estavam proibidas de exportar componentes-chaves e softwares para a fabricação de smartphones. Como resultado, as vendas desses produtos e de outros itens da divisão de consumo da companhia caíram quase pela metade no comparativo ano a ano, com faturamento de 243,4 bilhões de yuans.

Washington tentou também impedir que outras nações, como o Brasil, usassem os equipamentos de telecomunicações da gigante chinesa para redes móveis 5G de próxima geração, acusando-a de “ameaça à segurança nacional”. Embora muitos países tenham se recusado a entrar nessa guerra comercial, as vendas de equipamentos 5G para operadoras de telefonia registrou uma queda de 7% ao ano.


Por JORGE MARIN

Especialista em Redator


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