Invasão da Ucrânia pela Rússia pode piorar crise global de chips

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

24/02/2022 - 12:001 min de leitura

Invasão da Ucrânia pela Rússia pode piorar crise global de chips

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A invasão da Ucrânia iniciada pela Rússia na madrugada desta quinta-feira (24) pode ter consequências também para o mercado de tecnologia.

De acordo com a agência de notícias Reuters, fabricantes e fornecedoras do setor de semicondutoras temem que o conflito, caso escale e mantenha-se por muito, resulte na falta de alguns materiais específicos e importantes para essa indústria.

Na pior das hipóteses, consequências que já estavam em fase de superação, como atrasos e estoques reduzidos, até podem voltar a acontecer. Por enquanto, entretanto, a maior parte das marcas consultadas acreditam que será possível contornar o problema e manter a fabricação no ritmo atual.

Empresas precavidas

Segundo a reportagem original, a Ucrânia é a responsável por fornecer 90% do estoque norte-americano de neônio, o gás neon, que é usado em lasers que fazem parte do processo de fabricação de chips. Já a Rússia repassa 35% do paládio aos Estados Unidos, sendo o metal importante para sensores e memórias.

As companhias já estariam há alguns meses buscando outros países que possam fornecer os mesmos materiais, já que o conflito entre Rússia e Ucrânia estava previsto há algum tempo. Ainda assim, pode não ser fácil trocar de parceiros e conseguir a mesma quantidade de material em pouco tempo.

O governo dos EUA já confirmou que a crise dos chips deve continuar ao longo de 2022, em especial em setores como o automotivo. A escassez começou em 2020 por uma série de fatores comerciais, políticos e sanitários — veja aqui o especial que o TecMundo preparou sobre o assunto.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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