Meizu Pro 6 é anunciado com processador deca-core e rival do 3D Touch

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

13/04/2016 - 02:553 min de leitura

Meizu Pro 6 é anunciado com processador deca-core e rival do 3D Touch

Fonte : Meizu

Imagem de Meizu Pro 6 é anunciado com processador deca-core e rival do 3D Touch no tecmundo

A fabricante chinesa Meizu está cada vez mais consolidada no mercado de grandes marcas, deixando para trás o preconceito com as empresas de origem chinesa. Com seu mais novo dispositivo, o Meizu Pro 6, essa transição já pode ser dada como certa.

O aparelho foi anunciado nesta quarta-feira (13) em Pequim e está recheado de destaques que rendem uma manchete — incluindo o processador com dez núcleos, algo que a Meizu alega ser único no mercado, e uma tecnologia de toques na tela que é equivalente e concorre com o 3D Touch da Apple.

É muito núcleo

A Meizu está apostando alto na publicidade ao falar sobre o dispositivo deca-core. Ao todo, esses são os cores que compõem o processador do Meizu Pro 6: dois A72 a 2,5 GHz; quatro A53 a 2 GHz; e outros quatro A53 a 1,4 GHz.

undefinedO chip torna o aparelho perfeito para games e vídeos.

Só que as desconfianças já começaram. Teoricamente, o novo chip é um retrocesso, já que volta do processo de fabricação de 14 nm para o de 20 nm, além de ter um desempenho menor que o do Pro 5, que utilizava um Exnos 7420. Porém, a fabricante está confiante de que a novidade aumenta a eficiência do uso de energia, sem comprometer o desempenho e garantindo economia — especialmente por conta da alta quantidade de núcleos dividindo as tarefas e colaborando entre si.

O 3D deles

O visual do novo Meizu Pro 6 não apresenta grandes novidades em relação ao modelo anterior — o grande choque é que a tela passa de 5,7", um phablet, e vai para 5,2", um mercado já de smartphones. Ele tem um corpo metalizado único e se gaba por contar com as menores linhas de antena do mercado (aqueles detalhes horizontais na traseira que também estão presentes em modelos mais recentes do iPhone).

undefinedA tecnologia vai rivalizar com a da Apple no Android.

Mas a maior comparação com o dispositivo da Apple vem mesmo com a tecnologia 3D Press, uma "rival" da 3D Touch. A ideia é a mesma: uma sensibilidade adicional na pressão do toque do seu dedo no display, criando mais possibilidades de interação com o aparelho. Até o visual da função sendo aplicada (com o fundo meio embaçado) é similar.

Especificações técnicas

  • Sistema operacional: Android 6.0 com FlyMe 5.6
  • Tela: Super AMOLED de 5,2" (1920 x 1080 pixels)
  • Processador: deca-core MediaTek Helio X25
  • GPU: Mali T880MP4
  • Memória RAM: 4 GB
  • Armazenamento interno: 32 GB ou 64 GB
  • Câmera: 21 MP (traseira) e 5 MP (frontal)
  • Bateria: 2.560 mAh
  • Conectividade: WiFi 802.11a/b/g/n, Bluetooth 4.1, GPS/GNSS, 2G, 3G, 4G LTE, dual-SIM, USB-C 3.1
  • Medidas: 147,7 x 70,8 x 7,25 mm
  • Peso: 160g

Galeria 1

A câmera permanece a mesma do Pro 5, enquanto a skin FlyMe 5.6, que ficará por cima do Android Marshmallow 6.0, ainda segue um mistério. Já se sabe que há um sensor biométrico tanto para desbloqueio do aparelho quanto integrando o mTouch, o sistema de pagamento mobile da marca. A empresa ainda garante que o sistema de som NXP Smart PA é a melhor solução para alto-falantes, com um chip que regula a vibração do aparelho e extrai o máximo de desempenho do equipamento na hora de reproduzir áudios.

Downgrade?

Mas o público reagiu mal a vários aspectos: além do chip, há a bateria. A quantidade de mAh não diz sozinha se a energia do aparelho esgota-se rápido, mas a capacidade de armazenamento é com certeza baixa para um aparelho top de linha atual. Até agora, os fãs estão se dividindo entre quem aprova as mudanças e quem acusa a Meizu de fazer um downgrade, ou seja, retroceder em relação a vazamentos anteriores e à geração Pro 5.

Disponibilidade

A pré-venda do Meizu Pro 6 já começou lá fora para entregas ainda no final de abril. O aparelho não tem previsão de ser lançado por enquanto na América Latina. Na China, a versão de 32 GB sai pelo equivalente a R$ 1,3 mil, enquanto a de 64 GB custa R$ 1,5 mil.

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Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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