Afinal, por que o software da LG é tão criticado no mercado?

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

30/08/2014 - 02:381 min de leitura

Afinal, por que o software da LG é tão criticado no mercado?

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Imagem de Afinal, por que o software da LG é tão criticado no mercado? no site TecMundo

A compra do webOS da Palm pela LG parece ter finalmente garantido um fruto de qualidade com a TV LG 55LB7000, mas o caminho até esse resultado foi cheio de pedras. Antes de virar o sistema operacional das TVs da LG, ele passou por vários obstáculos — e parece que, finalmente, descobriram a causa de tudo isso ter dado tão errado.

De acordo com o site Giga OM, que fez um relatório completo da situação do webOS, o problema estava em políticas corporativas da LG. Para começar, apesar de ser um pedido interno constante, a direção da empresa não contratava novos e promissores engenheiros do Vale do Silício — ela preferia funcionários da Coreia do Sul que trabalhavam remotamente e construiam funções que a equipe principal simplesmente não pedia ou até lutava contra.

Além disso, um sistema de competição e premiação acabava com a cultura de "simplificar". Segundo fontes ligadas ao site, a LG tinha uma política de recompensa para bonificar ou até promover os gerentes e engenheiros cujos códigos, criações ou funções sobrevivessem ao produto final — um incentivo que pode ter uma boa intenção, mas fazia com que o software virasse uma "bolha de conteúdo". Isso porque todos os funcionários tentavam adicionar mais algum elemento para receber o tal extra.

O resultado dessa política? Um terço da equipe do webOS deixou a LG desde a aquisição e mais estão próximos de sair, e a versão para tablets foi abandonada dois meses após o início do primeiro lançamento. O próprio sistema de TVs, que foi testado e elogiado pelo TecMundo, esteve a poucos passos de não ser lançado, especialmente porque a ideia da fabricante era completamente diferente. Ou seja, tudo deu certo no fim das contas e o futuro parece ser brilhante para a companhia, mas boa parte disso é culpa "de pura sorte", como afirmou ao Giga OM um funcionário que não quis se identificar.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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