Análise: a internet cresceu demais e vai quebrar roteadores antigos

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

16/08/2014 - 04:441 min de leitura

Análise: a internet cresceu demais e vai quebrar roteadores antigos

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Que a internet é imensa e não para de ser expandida não é novidade para ninguém, mas aposto que você não imaginava que esse crescimento acelerado e desordenado pode resultar em uma catástrofe para muitos servidores. Analistas do Renesys fizeram uma previsão bastante apocalíptica para o futuro próximo da rede, afirmando que muitos roteadores podem virar obsoletos em breve.

Nas próximas semanas, hardwares mais antigos chegariam a um limite de funcionamento, sobrecarregando e deixando de funcionar, o que pode ser um problema para vários pequenos provedores e servidores. Não há como saber a quantidade de dispositivos e empresas afetados, mas é possível que alguns cantos da internet experimentem pequenos inconvenientes e instabilidade. Até agora, nenhum grande abalo foi detectado, o que é visto como uma ótima notícia pela equipe.

O problema, segundo a análise, está na tabela de roteamento, uma série de entradas (ou rotas) com dados sobre onde as identificações de uma rede estão localizadas. A configuração padrão em muitas plataformas que usam essa tabela suporta o máximo de 524.288 rotas — e, recentemente, as redes já atingiram a barreira dos 500 mil.

Mantenha a calma

O espaço no protocolo IPv4 está cada vez mais estreito, mas novas rotas não param de ser criadas por lá. A ideia, de acordo com os especialistas, era encorajar sistemas autônomos a crescerem (plataformas de empresas e universidades, por exemplo) ou até o IPv6 a se popularizar, mas isso não tem acontecido.

Os responsáveis pela pesquisa afirmam que os donos de serviços online precisam estar atentos a problemas de latência e alcance para substituir os provedores que apresentarem problemas. Quanto aos consumidores, o conselho é "não entrem em pânico": o "núcleo" da internet usa roteadores com bem mais capacidade e, para o público geral, isso deve ser um pequeno incômodo em vez de um apocalipse digital.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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