Justiça suspende perfis que aplicavam golpes usando acidente da Voepass

Por André Luiz Dias Gonçalves

02/09/2024 - 10:102 min de leitura

Justiça suspende perfis que aplicavam golpes usando acidente da Voepass

Fonte : Getty Images/Reprodução

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) obteve autorização da justiça para suspender 34 perfis que usavam redes sociais e apps de mensagens para aplicar golpes se passando por familiares das vítimas do acidente aéreo da Voepass. A tragédia ocorrida em Vinhedo (SP), no último dia 9, deixou 62 mortos.

Conforme revelou na última quinta-feira (29) o CyberGaeco, divisão do MPSP responsável pelas investigações de crimes virtuais, a decisão envolve 19 perfis do X, sete do Instagram, sete do TikTok e um do Telegram. Todas essas contas foram acusadas da prática de estelionato.

Os perfis falsos estavam pedindo dinheiro em nome de parentes das vítimas do acidente de avião.
Os perfis falsos estavam pedindo dinheiro em nome de parentes das vítimas do acidente de avião. (Imagem: Getty Images)

As fraudes praticadas pelos perfis removidos incluíam pedidos de dinheiro para custear supostos gastos com velórios e sepultamentos das vítimas da queda do avião no interior paulista. Alguns deles inventavam situações financeiras adversas, afirmando que estavam passando por dificuldades para enterrar seus entes.

O MPSP disse que precisou recorrer à via judicial depois que o antigo Twitter e o TikTok se recusaram a excluir as contas e as postagens fraudulentas feitas por elas. Com a decisão, essas plataformas podem ser multadas em R$ 100 mil por dia se mantiverem os perfis no ar.

Quem são os responsáveis pelas contas?

Após a suspensão dos perfis que aplicavam golpes usando a tragédia da Voepass, o CyberGaeco agora parte para a próxima fase da investigação. Os especialistas querem identificar as pessoas que estão por trás dessas contas falsas para que elas sejam responsabilizadas criminalmente.

Desde a data do acidente, um total de 59 perfis responsáveis pela divulgação de fraudes relacionadas à queda da aeronave já foram removidos, em ações do CyberGaeco e do DIOP/Ciberlab do Ministério da Justiça. A operação também incluiu contas que divulgavam imagens dos corpos das vítimas.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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