Popcorn Time, concorrente pirata da Netflix, é encerrado

Por André Luiz Dias Gonçalves

05/01/2022 - 06:301 min de leitura

Popcorn Time, concorrente pirata da Netflix, é encerrado

Fonte :  Popcorn Time/Divulgação 

Imagem de Popcorn Time, concorrente pirata da Netflix, é encerrado no tecmundo

O Popcorn Time, que conquistou milhões de usuários em todo o mundo ao oferecer acesso gratuito a filmes e séries de forma ilícita, foi encerrado nessa terça-feira (4). Em e-mail enviado à Bloomberg, os desenvolvedores responsáveis pelo app pirata confirmaram o fim do serviço.

Lançado em 2014, o streaming ilegal logo conquistou uma enorme base de fãs, pelo conteúdo grátis e a facilidade de uso, incomodando os gigantes do setor. Em 2015, o cofundador da Netflix, Reed Hastings, chegou a apontar o serviço pirata como um dos principais concorrentes da plataforma comandada por ele.

Porém, o interesse pelo Popcorn Time começou a diminuir com o passar do tempo e a chegada de novas opções legais ao mercado, contribuindo para a queda nos valores das assinaturas. Um gráfico postado no site do "Netflix pirata" mostra uma brusca redução na procura pelo programa no Google.

Gráfico mostra o declínio do interesse pelo Popcorn Time com o passar do tempo.Gráfico mostra o declínio do interesse pelo Popcorn Time com o passar do tempo.

A captura de tela do gráfico de interesse postada na página é acompanhada da expressão “Rest in Peace” (RIP), ou “descanse em paz”, em tradução livre, referindo-se ao fim do Popcorn Time. Há também a figura triste de um balde de pipoca, em substituição ao logo tradicional da plataforma, que era representado por uma cara feliz.

Resistindo aos processos judiciais

Como indicado pela própria página, o encerramento das atividades do Popcorn Time se deve à baixa procura pelo serviço nos últimos anos e não aos diversos processos na justiça contra a plataforma. Desde a sua estreia, o software enfrentou várias ações por conta da pirataria de filmes e seriados, chegando a ser interrompido em algumas ocasiões.

Um ano após o lançamento, os criadores da plataforma abandonaram o projeto, por conta dos problemas jurídicos. Mas o aplicativo de código aberto continuou a ser oferecido por outros desenvolvedores que compraram a ideia e lançaram novas versões.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


Veja também