Imagem de Como inventaram o mouse no site TecMundo

Da década de 60 até hoje, o mouse passou de uma caixa pesada e feita de madeira a um acessório leve e equipado com giroscópio

Este artigo foi originalmente postado no TecMundo em 2011. Ele foi adaptado e atualizado com o v&iacute;deo sobre a hist&oacute;ria do mouse.
O mouse se tornou indispens&aacute;vel. Neste exato momento, voc&ecirc; provavelmente est&aacute; lendo este texto com a m&atilde;o parada sobre ele ou um trackpad do notebook, a n&atilde;o ser que esteja em um tablet ou smartphone. Mas, mesmo com toda a presen&ccedil;a dele em nossas vidas, poucos sabem como esse dispositivo foi inventado.
Aqui no TecMundo, j&aacute; abordamos rapidamente a hist&oacute;ria do mouse, que de certa forma se mistura um pouco com o surgimento das primeiras <a href="https://www.tecmundo.com.br/9528-a-historia-da-interface-grafica.htm" target="_blank">interfaces gr&aacute;ficas</a> para computadores. Mas esse querido perif&eacute;rico merece um cap&iacute;tulo especial, que ser&aacute; contado abaixo e tamb&eacute;m no v&iacute;deo a seguir.
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<h2>1952: nasce a primeira trackball</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/materias/10976/833397.jpg" alt="" />Primeira trackball, criada pela Marinha Canadense em 1952 (Fonte da imagem: <a href="http://en.wikipedia.org/" target="_blank">Wikipedia</a>)
Cerca de dez anos antes de o primeiro mouse ser criado, o Comando Mar&iacute;timo das For&ccedil;as Canadenses contatou diversas empresas que pudessem estar interessadas em participar de projetos que envolviam as for&ccedil;as armadas, universidades e companhias privadas.
Um desses projetos pretendia criar uma m&aacute;quina que fosse capaz de compartilhar dados de radares e sonares em tempo real, para que todos os combatentes pudessem ter uma vis&atilde;o unificada do campo de batalha.&nbsp; Esse projeto ficou conhecido como DATAR.
Mas a parte que nos interessa aqui &eacute; que o DATAR trazia um dispositivo curioso para a &eacute;poca. Os operadores enviam os dados de radares por meio de uma trackball, uma esp&eacute;cie de &ldquo;mouse&rdquo; em que, para movimentar o cursor, bastava girar uma bola presente no aparelho.
Claro que essa primeira trackball n&atilde;o tinha a eleg&acirc;ncia e a leveza dos modelos de hoje. Para se ter uma ideia, na &eacute;poca a Marinha Canadense usava uma bola de boliche para a produ&ccedil;&atilde;o desse dispositivo. E, como era um projeto militar e, portanto, secreto, a trackball nunca teve a sua patente registrada.
<h2>1963: o primeiro prot&oacute;tipo de mouse</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/materias/10976/718214.jpg" alt="" />Primeiro prot&oacute;tipo de mouse, criado por Douglas Engelbart
De maneira independente, o pesquisador Douglas Engelbart, do Instituto de Pesquisa Stanford, estava trabalhando em um projeto muito avan&ccedil;ado para a &eacute;poca em que vivia. No in&iacute;cio da d&eacute;cada de 60, a maioria dos computadores ainda era operada com cart&otilde;es perfurados e outros m&eacute;todos que n&atilde;o permitiam a intera&ccedil;&atilde;o do usu&aacute;rio com a m&aacute;quina. Mesmo as interfaces de modo texto eram raras.
Mesmo assim, Engelbart trabalhava em uma m&aacute;quina que tinha o objetivo de aumentar o intelecto humano, e n&atilde;o o substituir por uma m&aacute;quina. Muitas das tecnologias que usamos hoje foram propostas por esse projeto, como a interface gr&aacute;fica dos computadores e os videochats.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2017/05/04/04164244694395.jpg" />
Entre os dispositivos de entrada apresentados por Engelbart em 1968, durante a primeira demonstra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica de seu projeto, havia uma caixinha de madeira com um bot&atilde;o vermelho na parte superior e um cabo que sa&iacute;a de uma das extremidades, lembrando, de alguma forma, o rabo de um rato. Era o primeiro mouse da Hist&oacute;ria.
<h2>1970: primeiro mouse comercializado</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/materias/10976/958005.jpg" alt="" />Primeiro modelo de mouse a ser comercializado (Fonte da imagem: <a href="http://heise.de" target="_blank">Heise Online</a>)
O &ldquo;Indicador de Posi&ccedil;&atilde;o X-Y para Sistemas com Tela&rdquo;, nome do mouse especificado em sua patente, funcionava com duas &ldquo;engrenagens&rdquo; que registravam as posi&ccedil;&otilde;es horizontais e verticais do cursor.
Algumas semanas depois da apresenta&ccedil;&atilde;o de Engelbart, a empresa alem&atilde; Telefunken lan&ccedil;ou um modelo de mouse que possu&iacute;a uma pequena esfera dentro, respons&aacute;vel pelo registro dessas coordenadas. Embora o dispositivo fizesse parte dos componentes dos computadores da Telefunken, esse &eacute; considerado o primeiro mouse a ter sido comercializado no mundo.
<h2>1973&ndash;1981: os mouses da Xerox</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/materias/10976/900172.jpg" alt="" />Xerox Alto, computador de 1973 com mouse incluso (Fonte da imagem: <a href="http://en.wikipedia.org/" target="_blank">Wikipedia</a>)
Os pr&oacute;ximos mouses a ganharem o mercado foram comercializados com os computadores pessoais da Xerox, como o Alto, de 1973, o primeiro PC a usar o conceito de desktop e ter uma interface gr&aacute;fica voltada para o uso do &ldquo;rato&rdquo;.
Outra m&aacute;quina famosa por trazer um mouse como parte do sistema foi a Xerox Star, conhecida oficialmente como Xerox 8010 Information System. Esse tamb&eacute;m foi um dos primeiros computadores a incorporar diversas outras tecnologias t&atilde;o comuns nos PCs de hoje, como redes Ethernet, servidores de arquivo e de impress&atilde;o.
<h2>1983: primeiro mouse da Apple</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/materias/10976/937297.jpg" alt="" />Mouse do Apple Lisa (Fonte da imagem: <a href="http://techdigest.tv" target="_blank">Tech Digest</a>)
Nesse ano, a Apple lan&ccedil;ou o famoso computador Lisa, que continha um mouse inspirado no mesmo que acompanhava o Xerox Alto. Uma caracter&iacute;stica marcante desse modelo &eacute; que, em vez de uma bolinha de borracha, o mouse do Lisa usava uma esfera de metal. Esse foi o modelo que estabeleceu o padr&atilde;o de um &uacute;nico bot&atilde;o para outros mouses da empresa, durante cerca de 20 anos.
<h2>1999: a estreia do mouse &oacute;ptico</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/materias/10976/762457.jpg" alt="" />Um dos modelos de mouse &oacute;tico da Microsoft (Fonte da imagem: <a href="http://en.wikipedia.org/" target="_blank">Wikipedia</a>)
Apesar de as pesquisas para os primeiros modelos de mouse &oacute;ticos terem come&ccedil;ado em 1980, foi s&oacute; em 1999 que o primeiro modelo comercial desse tipo de dispositivo foi lan&ccedil;ado. O IntelliMouse com IntelliEye, da Microsoft, funcionava sobre quase qualquer tipo de superf&iacute;cie e apresentou melhoras muito significativas quando comparado com o mouse mec&acirc;nico.
A principal diferen&ccedil;a era o fato de que a &ldquo;bolinha&rdquo; do mouse mec&acirc;nico foi substitu&iacute;da por um LED infravermelho, apresentando a vantagem de esse modelo n&atilde;o acumular sujeira, evitando assim que o usu&aacute;rio precisasse abrir o dispositivo e limp&aacute;-lo. A s&eacute;rie IntelliMouse tamb&eacute;m foi a primeira a incorporar a scroll wheel.
Mais tarde, esses modelos acabaram evoluindo, e o LED foi substitu&iacute;do por um laser d&iacute;odo, ganhando as prateleiras em 2004 com o MX 1000, produto da <a href="https://www.tecmundo.com.br/logitech/" target="_blank" title="Logitech">Logitech</a>.
<h2>Outros modelos de mouse</h2>
A evolu&ccedil;&atilde;o dos mouses n&atilde;o para por a&iacute; e, recentemente, os &ldquo;ratos&rdquo; ganharam &ldquo;asa&rdquo;. Gra&ccedil;as aos <a href="https://www.tecmundo.com.br/4406-como-funcionam-acelerometros-e-giroscopios-.htm">girosc&oacute;pios</a>, agora os mouses n&atilde;o precisam nem ser operados sobre uma superf&iacute;cie f&iacute;sica e plana. Esse modelo requer apenas alguns movimentos leves do pulso do usu&aacute;rio para que o cursor seja movido, reduzindo assim o cansa&ccedil;o f&iacute;sico causado por arrastar o mouse durante o dia todo.
<iframe width="480" height="390" allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" src="https://www.youtube.com/embed/hmasl5-X-ko?version=3&amp;hl=pt_BR&amp;rel=0"></iframe>
Outra inova&ccedil;&atilde;o s&atilde;o os chamados mouses 3D, indicados especialmente para a manipula&ccedil;&atilde;o e a navega&ccedil;&atilde;o de imagens em tr&ecirc;s dimens&otilde;es, mas n&atilde;o limitados a isso. Voc&ecirc; pode conferir, no v&iacute;deo acima, o uso de um dispositivo desses com o Internet Explorer e o Word.
<h2>O mundo gamer</h2>
E n&atilde;o d&aacute; para deixar de lado tamb&eacute;m os modelos gamers, que hoje voc&ecirc; v&ecirc; em competi&ccedil;&otilde;es de eSports e na casa de jogadores mais exigentes. Eles t&ecirc;m um design futurista que n&atilde;o &eacute; s&oacute; estilo, mas tamb&eacute;m conforto, v&aacute;rios bot&otilde;es adicionais pra atalhos e configura&ccedil;&otilde;es especiais.
Um dos valores levados em conta por esse p&uacute;blico &eacute; o DPI, ou pontos por polegada. Basicamente, quanto maior ele for, maior a sensibilidade de movimento do mouse. <a href="https://www.tecmundo.com.br/razer/" target="_blank" title="Razer">Razer</a>, SteelSeries e a Logitech se destacam nesse mercado.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2017/05/04/04164030412384.jpg" />
Esta &uacute;ltima, inclusive, &eacute; um dos destaques no mercado desse perif&eacute;rico.&nbsp;Ela lan&ccedil;ou o primeiro mouse sem fio com radiotransmissores e o primeiro &oacute;ptico com sensor laser, permanecendo atuante at&eacute; os dias de hoje. A empresa atingiu em 2008 a marca de 1 bilh&atilde;o de unidades vendidas desde que come&ccedil;ou a fabricar modelos, em 1982.
...
Se voc&ecirc; quer ver a hist&oacute;ria de algum produto, empresa ou servi&ccedil;o contada no canal do TecMundo, &eacute; s&oacute; deixar a sugest&atilde;o nos coment&aacute;rios. Confira as outras trajet&oacute;rias que j&aacute; mostramos nesse quadro:
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<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ipod/114389-historia-ipod-mp3-player-mudou-historia-video.htm" target="_blank" title="A hist&oacute;ria do iPod, o MP3 Player que mudou a hist&oacute;ria [v&iacute;deo]" style="background-color: transparent;">A hist&oacute;ria do iPod</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/nokia/114780-historia-nokia-empresa-mudou-mundo-celulares.htm" target="_blank" style="background-color: transparent;">A hist&oacute;ria da Nokia</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/motorola/63481-historia-motorola-ascensao-queda.htm" target="_blank" style="background-color: transparent;">A hist&oacute;ria da Motorola</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/samsung/116184-historia-samsung-gigante-veio-da-coreia-sul-video.htm" target="_blank" title="A hist&oacute;ria da Samsung, a gigante que veio da Coreia do Sul [v&iacute;deo]" style="background-color: transparent;">A hist&oacute;ria da Samsung</a></li>
</ul>

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A história do mouse: da invenção aos modelos de hoje [vídeo]

Imagem de Descubra como era ficar online na década de 80 no site TecMundo

Fóruns eram o ponto máximo da comunicação web e a fita cassete era utilizada para gravar dados

Voc&ecirc; a&iacute; que costuma reclamar que a internet est&aacute; lenta, que os v&iacute;deos no YouTube travam e que n&atilde;o d&aacute; para carregar um player junto com o navegador, saiba que n&atilde;o tem no&ccedil;&atilde;o de como a web e os computadores j&aacute; foram mais simples, limitados e lentos. Nos anos 80, o geeks nem ao menos sonhavam com a intera&ccedil;&atilde;o via rede social ou postagens diretas via smartphone.
Naquela &eacute;poca, o barulho do discador de telefone era como m&uacute;sica para os internautas e o porn&ocirc; era restrito a asteriscos e barras. Brincadeiras &agrave; parte, o site <a target="_blank" href="http://www.quora.com/">Quora</a> fez uma pesquisa com dois especialistas em inform&aacute;tica, os quais relembraram algumas das parafern&aacute;lias do princ&iacute;pio da web.
<h2>No meu tempo...</h2>
David S. Rose, CEO da startup <a target="_blank" href="http://gust.com/">Gust</a>, informou que est&aacute; online desde 1979, sendo que seu primeiro contato com os computadores aconteceu por meio dos terminais estudantis. Um dos jogos mais populares na &eacute;poca era o simulador de aterrissagem lunar. Nele, os jogadores deveriam calcular a rota de pouso e informar as coordenadas apenas por linhas de comando.
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O primeiro computador de David utilizava uma fita cassete para armazenar os dados, ou seja, nada de HDs externos, pendrives ou SD cards. Na &eacute;poca, Steve Wozniak ainda n&atilde;o tinha desenvolvido o software de controle para o primeiro floppy disc da Apple. J&aacute; a conex&atilde;o de internet era feita por meio de um micro modem Hayes, que rodava na supervelocidade de 300 bits por segundo &ndash; muito mais que seu antecessor, de apenas 110 bps.
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Embora o nome Hayes n&atilde;o seja t&atilde;o conhecido atualmente, na d&eacute;cada de 80 a empresa era t&atilde;o onipresente quanto a Apple &eacute; hoje em dia, possuindo grande parte do mercado. Por sua vez, a empresa da Ma&ccedil;&atilde; era apenas mais uma no ramo de computadores pessoais.
<h2>O som da nostalgia</h2>
Antes de internet banda larga, fibra &oacute;tica e 3G, os internautas navegavam utilizando o telefone e discando para a prestadora de servi&ccedil;os de acesso online. Durante cerca de 28 segundos, uma s&eacute;rie de ru&iacute;dos estranhos indicavam que o modem estava negociando a velocidade de conex&atilde;o com a prestadora &ndash; o pior &eacute; que isso ocorria toda vez que voc&ecirc; tentava se conectar.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/gsNaR6FRuO0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
&ldquo;Eu sempre fui pr&oacute;ximo &agrave; tecnologia &lsquo;de ponta&rsquo;&rdquo;, informa Rose. &ldquo;Logo, os &uacute;ltimos 35 anos foram como um continuum... Enquanto para outros, os quais foram apresentados gradativamente &agrave;s novas tecnologias, o tempo passou por etapas&rdquo;.
&ldquo;Lembro que, na metade dos anos 90, estava negociando com o Lycos &ndash; um dos primeiros portais a apostarem na tecnologia de busca web, provavelmente equivalente ao Yahoo! de hoje em dia. Nisso, um dos executivos se gabou de que eles possu&iacute;am o maior data center do mundo, o qual era capaz de armazenar quase oito terabytes de dados!&rdquo;
&ldquo;Hoje em dia, voc&ecirc; consegue ter um drive de 8 TB por US$ 600 (aproximadamente R$ 1,4 mil) e carreg&aacute;-lo junto com seu laptop. Enfim, para mim as diferen&ccedil;as entre agora e antes tiveram muito menos impacto do que para um estranho &agrave; comunidade&rdquo;, concluiu o CEO.
<h2>Interface por comandos de linha</h2>
Makiko Itoh, editora chefe dos sites <a target="_blank" href="http://justhungry.com/">Just Hungry</a> e <a target="_blank" href="http://justbento.com/">Just Bento</a>, informou que sua alternativa online dom&eacute;stica no fim dos anos 80 e come&ccedil;o dos 90 era um CompuServe ou CIS (o acr&ocirc;nimo correspondente a CompuServe Information Service.
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&ldquo;Foi pura coincid&ecirc;ncia que eu o tenha escolhido. Na verdade, eu ganhei um computador Tandy T2000 da Radio Shack, em 1987, que veio com diversos disquetes com softwares, incluindo um pacote completo com o CompuServe. Al&eacute;m disso, o PC tinha um modem de 300 bps embutido&rdquo;, relatou a editora. &ldquo;Provavelmente, se eu tivesse ganhado um computador algum tempo depois, minha primeira experi&ecirc;ncia online poderia ter sido com o AOL&rdquo;.
O CompuServe era um programa um tanto intimidador. Uma vez que voc&ecirc; estivesse logado, era recebido com uma tela semelhante a esta mostrada abaixo &ndash; mas ainda mais b&aacute;sica, uma vez que a screenshot mostra uma vers&atilde;o mais atual, a qual fornecia acesso por um software chamado Procomm Plus.
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<h2>F&oacute;runs e bate-papo online</h2>
Tudo no CompuServe era baseado em comandos de texto, &eacute; obvio. A maioria das intera&ccedil;&otilde;es online envolvia f&oacute;runs e grupos de interesse. Na &eacute;poca, eles eram conhecidos como SIGs &ndash; Special Interest Groups. Neles, as pessoas participavam de discuss&otilde;es e criavam um deposit&oacute;rio repleto de programas, arquivos de texto e imagens. Al&eacute;m disso, tamb&eacute;m era poss&iacute;vel conversar em tempo real e mandar mensagens instant&acirc;neas b&aacute;sicas.
Para encontrar f&oacute;runs que atendiam seus interesses, voc&ecirc; poderia passar horas navegando, sendo que a internet era cobrada por minuto de tempo online &ndash; sem contar a conta de telefone no final do m&ecirc;s. Na &eacute;poca, tamb&eacute;m era poss&iacute;vel procurar por listas de papel com os nomes &ldquo;Diret&oacute;rios do CompuServe&rdquo; ou &ldquo;P&aacute;ginas amarelas do CompuServe&rdquo;.
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&ldquo;Durante 5 ou 6 anos, eu passei boas horas do dia no CompuServe. Naquela &eacute;poca, eles cobravam por minuto online. Em meu pior m&ecirc;s, a conta chegou a US$ 800 (quase R$ 2 mil), sendo que na &eacute;poca eu ganhava cerca de US$ 220 (R$ 538). As coisas apertaram, mas depois descobri como conseguir uma conta gr&aacute;tis.&rdquo;
&ldquo;Na &eacute;poca, o uso do nome verdadeiro era indispens&aacute;vel. Como sabemos, isso caiu com o tempo, dando lugar ao anonimato e o pseud&ocirc;nimo como norma. Entretanto, sites como Facebook, LinkedIn e Quora resgatam um pouco dessa tradi&ccedil;&atilde;o dos prim&oacute;rdios da internet. No fundo, o mundo online era &ndash; assim como ainda &eacute; agora &ndash; um local para conectar pessoas e coletar informa&ccedil;&otilde;es&rdquo;, concluiu Itoh.

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Descubra como era ficar online na década de 80

Imagem de Isambard Brunel: o engenheiro que revolucionou a tecnologia do transporte no site TecMundo

Durante a Revolução Industrial do Reino Unido, um engenheiro ajudou a construir inúmeras ferrovias, pontes, túneis e até navios transatlânticos. Conheça um pouco mais da sua história

<img src="https://tm.ibxk.com.br/2014/3/materias/9877600393191327-t640.jpg" alt="" /> (Fonte da imagem: <a href="http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brimscombe_railway_station_1908506.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia</a>)
Voc&ecirc; sabe quem foi Isambard Brunel? Este engenheiro foi o respons&aacute;vel por construir in&uacute;meras pontes, t&uacute;neis e trilhos de trem durante a Revolu&ccedil;&atilde;o Industrial brit&acirc;nica, al&eacute;m de navios que conquistaram recordes e inovaram o mercado da &eacute;poca.
O problema &eacute; que, durante a sua vida profissional, os grandes sucessos acabaram sendo encobertos por uma s&eacute;rie de erros, problemas durante a execu&ccedil;&atilde;o de projetos mais ousados e at&eacute; controv&eacute;rsias que s&oacute; seriam resolvidas depois da sua morte.
Brunel &eacute;, no entanto, lembrado at&eacute; hoje no Reino Unido como um revolucion&aacute;rio engenheiro, j&aacute; que muitos dos seus feitos acabaram de fato mudando para sempre a tecnologia dos meios de transporte. Por exemplo, ele foi o primeiro a construir um navio de passageiros movido a carv&atilde;o que conseguia levar apenas 15 dias para viajar da Europa para os Estados Unidos.
<h2>Primeiros projetos</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2014/3/materias/987760039319510-t640.jpg" alt="" />Isambard Brunel em 1857 (Fonte da imagem: <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:IKBrunelChains.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia</a>)
Isambard Brunel era filho de um engenheiro, o que acabou contribuindo para a sua escolha de profiss&atilde;o. Com apenas 17 anos, em 1823 ele foi trabalhar com o pai no projeto do t&uacute;nel Thames, na estrada que ia de Rotherhithe para Wapping, pr&oacute;ximo a Londres. No entanto, em 1828 uma inunda&ccedil;&atilde;o acabou destruindo quase tudo e a obra foi suspensa.
Esse foi o primeiro fracasso do novo engenheiro, que tamb&eacute;m se machucou seriamente no epis&oacute;dio. A verdade &eacute; que os primeiros projetos de Brunel tiveram muitos outros problemas semelhantes e um dos poss&iacute;veis motivos para isso &eacute; que a tecnologia na &eacute;poca ainda n&atilde;o estava pronta para os ousados planos que ele tinha.
<h2>Great Western Railway</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2014/3/materias/9877600393191112-t640.jpg" alt="" />Trem em uma esta&ccedil;&atilde;o da Great Western Railway por volta de 1910 (Fonte da imagem: <a href="http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bugle_455_Class.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia</a>)
Um dos maiores sucessos &mdash; por&eacute;m, tamb&eacute;m uma das maiores controv&eacute;rsias &mdash; na hist&oacute;ria de Brunel foi esta estrada ferrovi&aacute;ria, constru&iacute;da para ligar Bristol a Londres. Para tentar aumentar a velocidade dos trens sem comprometer a seguran&ccedil;a da ferrovia, Brunel prop&ocirc;s aumentar o espa&ccedil;o entre os trilhos (bitola) de 1.435 mm para 2.140 mm, tornando a via mais larga.
Dessa forma, os trens acabariam tendo o centro de gravidade mais bem distribu&iacute;do e seriam mais est&aacute;veis &mdash; o problema, no entanto, &eacute; que isso exigiria vag&otilde;es especialmente desenvolvidos para aquela via, com o v&atilde;o entre as rodas sendo maior do que o normal para a &eacute;poca. Veja a tabela comparativa de tamanho na imagem abaixo:
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2014/3/materias/987760039319635.png" alt="" />Tabela de compara&ccedil;&atilde;o dos tamanhos de bitola (Fonte da imagem: <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Track_gauge.svg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia</a>)
Depois de muita discuss&atilde;o, Brunel acabou realmente construindo a ferrovia dessa forma, mas a controv&eacute;rsia seguiu-se at&eacute; depois da sua morte. O novo tamanho nunca foi adotado nacionalmente, j&aacute; que encarecia demais os projetos. Este v&atilde;o &eacute; atualmente o maior entre os padr&otilde;es, sendo que a maior parte das vias de trem atualmente continua usando a bitola de 1.435 mm, que &eacute; economicamente mais vi&aacute;vel.
A constru&ccedil;&atilde;o da ferrovia Great Western, no entanto, trouxe credibilidade e fama para Brunel, que conseguiu deixar os fantasmas de fracassos para tr&aacute;s e resolveu investir em um novo ramo de transporte: os navios de passageiros movidos a carv&atilde;o. Na &eacute;poca, essa era uma tecnologia que estava engatinhando e os desafios foram grandes.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2014/3/materias/987760039319815-t640.jpg" alt="" />Ponte Clifton, constru&iacute;da por Brunel e que ainda est&aacute; em p&eacute; (Fonte da imagem: <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Clifton.bridge.arp.750pix.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia</a>)
<h2>The Great Steamship Company</h2>
A companhia de navios foi aberta para construir o SS Great Western, o maior navio de passageiros da &eacute;poca, que ligaria Bristol e New York em uma s&eacute;rie de mais de 60 viagens ao longo dos anos. Isambard Brunel foi diretamente respons&aacute;vel pelo avan&ccedil;o da tecnologia nesse ramo, j&aacute; que na &eacute;poca at&eacute; os melhores engenheiros duvidavam do sucesso do projeto.
O problema &eacute; que, para carregar carv&atilde;o o suficiente para cruzar da Europa at&eacute; a Am&eacute;rica em 15 dias e ainda conseguir espa&ccedil;o para levar passageiros, o navio precisava ser muito maior do que qualquer barco j&aacute; constru&iacute;do at&eacute; ent&atilde;o. O que Brunel descobriu, no entanto, &eacute; que, quanto maior fosse o barco, menor seria o consumo de combust&iacute;vel, o que acabou contando bastante a seu favor.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2014/3/materias/9877600393185919.png" alt="" />SS Great Western, o primeiro navio constru&iacute;do por Brunel (Fonte da imagem: Reprodu&ccedil;&atilde;o/Dom&iacute;nio P&uacute;blico)
Depois de tantos problemas, atrasos e desastres nas obras anteriores de Isambard Brunel, o SS Great Western (inaugurado em 1837) finalmente provou que este engenheiro era realmente um vision&aacute;rio. A contribui&ccedil;&atilde;o dele para a tecnologia dos meios de transporte foi important&iacute;ssima para que, no futuro, navios ainda maiores fossem constru&iacute;dos.
<h2>SS Great Britain e SS Great Eastern</h2>
A sua pr&oacute;pria companhia, depois do estrondoso sucesso do Great Western, montou mais duas imensas embarca&ccedil;&otilde;es. O SS Great Britain&nbsp; teve a sua viagem inaugural em 1843 e tinha capacidade para quase 400 pessoas, sendo novamente o maior navio da &eacute;poca. Depois de uma reforma, no entanto, ele passou a transportar mais de 700 passageiros.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2014/3/materias/987760039319258-t640.jpg" alt="" />O SS Great Britain foi reformado e est&aacute; em exposi&ccedil;&atilde;o em Bristol (Fonte da imagem: <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Bristol_MMB_43_SS_Great_Britain.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia</a>)
Brunel novamente mostrou que era um g&ecirc;nio, sendo o primeiro engenheiro a construir uma embarca&ccedil;&atilde;o deste tamanho e que funcionava por propuls&atilde;o h&iacute;brida com uma h&eacute;lice de seis p&aacute;s (que posteriormente foi substitu&iacute;da por uma de quatro p&aacute;s) e um casco de ferro. A sua viagem inaugural para New York levou 14 dias, um a menos do que o seu "irm&atilde;o mais novo".
Depois de tamanho sucesso, no entanto, o terceiro transatl&acirc;ntico constru&iacute;do por este inovador engenheiro n&atilde;o teve o mesmo destino dos dois primeiros: com uma rota marcada para a &Iacute;ndia, o SS Great Eastern acabou tendo problemas no meio do caminho e nunca chegou ao seu destino, ficando por muitos anos parado no oceano.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2014/3/materias/987760039319016-t640.jpg" alt="" />O navio SS Great Eastern nunca chegou ao seu destino (Fonte da imagem: <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Great_Eastern_1866-crop.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia</a>)
Alguns dias depois da explos&atilde;o que deixou o SS Great Eastern inoperante, Isambard Kingdom Brunel sofreu um ataque do cora&ccedil;&atilde;o e acabou morrendo. Ele deixou, no entanto, mais de 1.900 km de ferrovias constru&iacute;das em v&aacute;rios pa&iacute;ses, al&eacute;m de pontes, t&uacute;neis, viadutos, esta&ccedil;&otilde;es ferrovi&aacute;rias e v&aacute;rias inova&ccedil;&otilde;es tecnol&oacute;gicas que ajudaram os engenheiros a constru&iacute;rem embarca&ccedil;&otilde;es transatl&acirc;nticas cada vez maiores e mais velozes.

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Isambard Brunel: o engenheiro que revolucionou a tecnologia do transporte

Imagem de Colossus: herói de guerra e um dos primeiros computadores do mundo no site TecMundo

Projeto britânico ultrassecreto decodificava mensagens nazistas e era totalmente programável.

<img src="https://tm.ibxk.com.br/2013/6/materias/9119619556173414.jpg" alt="" width="619" height="409" /> (Fonte da imagem: Reprodu&ccedil;&atilde;o/<a href="http://www.colossus-computer.com/colossus1.html#section10" target="_blank">Colossus Computer</a>)
Em artigos sobre a <a href="https://www.tecmundo.com.br/infografico/9421-a-evolucao-dos-computadores.htm" target="_blank">hist&oacute;ria dos eletr&ocirc;nicos em geral</a>, a m&aacute;quina norte-americana gigante conhecida como Electronic Numerical Integrator And Computer (ENIAC) &eacute; normalmente creditada como o &ldquo;pai dos computadores&rdquo;, pois pertence a uma gera&ccedil;&atilde;o pioneira desses dispositivos. Tal fato at&eacute; pode ser considerado verdadeiro &ndash; mas &eacute; ainda mais justo dizer que ele tem a guarda compartilhada com um aparelho chamado Colossus.
A m&aacute;quina ocupa uma sala inteira, &eacute; formada por v&aacute;rias pe&ccedil;as aposentadas h&aacute; d&eacute;cadas e nem contava com recursos como tela ou mem&oacute;ria. Mas ele surgiu anos antes do ENIAC, em janeiro de 1944, e tinha uma fun&ccedil;&atilde;o ainda mais nobre do que fazer c&aacute;lculos: decodificar mensagens trocadas entre soldados nazistas, permitindo que os Aliados antecipassem e neutralizassem os movimentos inimigos.
Ainda n&atilde;o est&aacute; convencido da import&acirc;ncia desse dinossauro dos eletr&ocirc;nicos? Abaixo, voc&ecirc; conhece um pouco mais sobre o Colossus, o primeiro computador eletr&ocirc;nico e digital do mundo totalmente program&aacute;vel.
<h2>Uma aula de Hist&oacute;ria</h2>
Calma, n&atilde;o pare o artigo depois do t&iacute;tulo acima &ndash; a trama envolve muita espionagem e tens&atilde;o. Para compreender a necessidade de criar uma m&aacute;quina como o Colossus, &eacute; preciso primeiro entender o contexto hist&oacute;rico da &eacute;poca. Ou seja, temos que voltar para 1939, in&iacute;cio da Segunda Guerra Mundial.
Fora o sistema de ataque Blitzkrieg e as pistolas Luger, o ex&eacute;rcito alem&atilde;o nazista contava com outra arma temida: a m&aacute;quina Lorenz, um codificador de mensagens que permitia a cria&ccedil;&atilde;o de recados criptografados que eram transmitidos via r&aacute;dio em c&oacute;digos diferentes dos tradicionais Morse. Isso ocorria entre um posto militar at&eacute; um acampamento avan&ccedil;ado, por exemplo, ou at&eacute; entre Hitler e seus generais de maior confian&ccedil;a.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2013/6/materias/9119619556173446.jpg" alt="" />As rodas de codifica&ccedil;&atilde;o da temida Lorenz. (Fonte da imagem: <a href="http://www.colossus-computer.com/colossus1.html#section10" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Colossus Computer</a>)
Por conta dessa t&eacute;cnica, que ser&aacute; explicada mais para frente, as mensagens enviadas pela Lorenz demoravam cerca de seis semanas para serem decodificadas pela alian&ccedil;a entre Inglaterra, Estados Unidos e R&uacute;ssia &ndash; um esfor&ccedil;o in&uacute;til, pois as tropas inimigas j&aacute; estariam em outro lugar e com outros planos depois de tanto tempo.
Era preciso inventar um aparelho ainda mais moderno, potente e inteligente que o alem&atilde;o. Nascia a&iacute; um dos centros de intelig&ecirc;ncia mais importantes da Segunda Guerra Mundial &ndash; e, dentro dele, o Colossus.
<h2>As mentes brilhantes de Bletchley Park</h2>
Assim como os Superamigos t&ecirc;m a Sala de Justi&ccedil;a e James Bond abriga-se na sede da MI6, a Inglaterra da vida real possu&iacute;a um local secreto que reunia alguns de seus melhores homens &ndash; que, neste caso, pesquisavam novos recursos para a computa&ccedil;&atilde;o, que ainda dava os primeiros passos. Trata-se de Bletchley Park, uma mans&atilde;o no distrito de Milton Keynes, 80 quil&ocirc;metros ao noroeste de Londres. L&aacute;, funcionava a Government Code and Cypher School (GC&amp;CS), uma divis&atilde;o especializada em decodifica&ccedil;&atilde;o.
Quem aprovou a iniciativa foi ningu&eacute;m menos que o primeiro-ministro Winston Churchill. Ele forneceu recursos econ&ocirc;micos ilimitados para o local, al&eacute;m do recrutamento dos melhores engenheiros de todas as &aacute;reas. Um deles &eacute; o famoso <a href="https://www.tecmundo.com.br/tecnologia/19161-cientistas-que-mudaram-o-mundo-alan-turing.htm" target="_blank">Alan Turing</a>, que ajudou no processo de cria&ccedil;&atilde;o do Colossus, assim como Tommy Flowers, Bill Tutte e Max Newman. Fora eles, cientistas poloneses que constru&iacute;ram o BOMBE, um decodificador mec&acirc;nico, forneciam ainda mais projetos e dados para ajudar os ingleses.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2013/6/materias/9119619556173325.jpg" alt="" />A mans&atilde;o de Bletchley Park. (Fonte da imagem: <a href="https://www.youtube.com/user/ieeeComputerSociety" target="_blank">IEEE Computer Society</a>)
Com um antecessor do Colossus, foi poss&iacute;vel confirmar, por exemplo, que as tropas de Hitler realmente acreditavam que o desembarque do Dia D seria em um territ&oacute;rio diferente da Normandia, o que aumentou a confian&ccedil;a do ex&eacute;rcito para a opera&ccedil;&atilde;o mais decisiva do conflito.
Ap&oacute;s a guerra, o local tornou-se irrelevante e foi desativado, sendo posteriormente transformado em um museu de hist&oacute;ria da computa&ccedil;&atilde;o. Os funcion&aacute;rios, tamb&eacute;m dispensados, espalharam-se por universidades de Estados Unidos e Europa, acabando em projetos como o ENIAC e outros pioneiros da &aacute;rea.
<h2>Como funcionava a codifica&ccedil;&atilde;o</h2>
A m&aacute;quina Lorenz utilizava uma fita de papel que recebia uma sequ&ecirc;ncia de furos que &eacute; a &ldquo;vers&atilde;o visual&rdquo; dos c&oacute;digos. Ela utilizava um sistema duplo de criptografia: primeiro, a mensagem virava uma sequ&ecirc;ncia de caracteres desconhecidos &ndash; nada de letras comuns. Em seguida, ela era novamente codificada, embaralhada em uma sequ&ecirc;ncia pseudoaleat&oacute;ria, e s&oacute; ent&atilde;o transmitida via sinais de r&aacute;dio por um tel&eacute;grafo.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2013/6/materias/9119619556173146.jpg" alt="" width="611" height="97" /> A tal fita de papel com os "furinhos" indicando caracteres obscuros. (Fonte da imagem: <a href="http://www.picotech.com/applications/colossus.html" target="_blank">Picotech</a>)
O problema &eacute; que o codificador funciona a partir da rota&ccedil;&atilde;o de 12 rodas mec&acirc;nicas que geram a aleatoriedade &ndash; ou seja, trata-se de um processo com chances limitadas e n&atilde;o t&atilde;o aleat&oacute;rias assim. Notar o padr&atilde;o da sequ&ecirc;ncia (e, posteriormente, do c&oacute;digo) era dif&iacute;cil, por&eacute;m n&atilde;o imposs&iacute;vel. Ap&oacute;s descobrir o funcionamento da Lorenz, os cientistas &ldquo;s&oacute;&rdquo; precisaram construir uma m&aacute;quina que fizesse o processo reverso mais rapidamente que o trabalho manual.
<h2>Um verdadeiro colosso</h2>
Agora &eacute; hora de falar da m&aacute;quina em si. Basicamente, o Colossus &eacute; uma m&aacute;quina formada por oito grandes &ldquo;gabinetes&rdquo; de 2,3 metros de altura, divididas em duas se&ccedil;&otilde;es de 5,5 metros de comprimento.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2013/6/materias/9119619556173553.jpg" alt="" />O sistema de v&aacute;lvulas de uma r&eacute;plica do Colossus. (Fonte da imagem: <a href="http://www.colossus-computer.com/colossus1.html#section10" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Colossus Computer</a>)
Separadamente, h&aacute; um leitor com espa&ccedil;o para duas fitas contendo o sinal de r&aacute;dio impresso em papel. Na primeira delas, est&aacute; a mensagem a ser &ldquo;traduzida&rdquo;. Na segunda, uma repeti&ccedil;&atilde;o da sequ&ecirc;ncia pseudoaleat&oacute;ria de codifica&ccedil;&atilde;o, que &eacute; aplicada &agrave; mensagem.
Cada vez que ambas as fitas eram totalmente lidas, a segunda era movida levemente, para que os c&oacute;digos fossem aplicados com pequenas altera&ccedil;&otilde;es. Cada teste recebia uma &ldquo;pontua&ccedil;&atilde;o&rdquo; &ndash; e a rodada de melhor desempenho era aquela verificada pelos engenheiros.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2013/6/materias/9119619556174155.jpg" alt="" />Os gabinetes em vis&atilde;o lateral. (Fonte da imagem: <a href="http://www.codesandciphers.org.uk/" target="_blank">Codes and Ciphers</a>)
Em um dos gabinetes fica o painel de controle, em que o algoritmo contendo a sequ&ecirc;ncia pseudoaleat&oacute;ria &eacute; configurado manualmente. O Colossus n&atilde;o possui um programa instalado, portanto era necess&aacute;rio acertar os pinos e alavancas a cada nova opera&ccedil;&atilde;o. A leitura &eacute; feita a 48 km/h por sensores fotoel&eacute;tricos &ndash; e o primeiro modelo lia incr&iacute;veis 5 mil caracteres por segundo.
Por fim, um painel de luzes e uma impressora mostram os resultados obtidos. Lembra-se do tempo de codifica&ccedil;&atilde;o das m&aacute;quinas anteriores? Em vez de seis semanas, o Colossus reduzia esse trabalho para seis horas.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2013/6/materias/9119619556174249.jpg" alt="" />Algumas das v&aacute;lvulas dessa r&eacute;plica s&atilde;o as originais, da d&eacute;cada de 1940. (Fonte da imagem: <a href="https://www.youtube.com/user/ieeeComputerSociety" target="_blank">IEEE Computer Society</a>)
Ele tamb&eacute;m n&atilde;o &eacute; dotado de mem&oacute;ria para armazenar dados. Para eliminar esse obst&aacute;culo, 2.400 v&aacute;lvulas eletr&ocirc;nicas com fios quentes no centro funcionam como um contador da pontua&ccedil;&atilde;o obtida pelo Colossus, avisando o pr&oacute;prio sistema se o algoritmo j&aacute; foi calculado.
Por conta delas, o Colossus raramente era desligado: a quantidade de calor gerada no momento de ativa&ccedil;&atilde;o da m&aacute;quina poderia fritar todos os circuitos e estourar as v&aacute;lvulas do aparelho, algo que seria custoso at&eacute; mesmo para Blechley Park. Por isso, o computador passava meses inteiros ligado &ndash; e, quando tinha que ser reiniciado, o processo era feito o mais lentamente poss&iacute;vel.
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Ao todo, foram produzidas 10 unidades do Colossus. Todas foram desmontadas total ou parcialmente ap&oacute;s o fim da guerra, j&aacute; que o projeto era ultrassecreto e permaneceu assim por mais tr&ecirc;s d&eacute;cadas.
A reconstru&ccedil;&atilde;o para exibi&ccedil;&atilde;o e estudo foi poss&iacute;vel apenas 50 anos depois, gra&ccedil;as a um projeto que criou r&eacute;plicas com partes de terminais telef&ocirc;nicos usados. Apesar de n&atilde;o existir mais em sua forma natural, o Colossus com certeza ocupa um lugar especial no hall da fama dos computadores &ndash; e dos bravos soldados da Segunda Guerra Mundial.

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Colossus: herói de guerra e um dos primeiros computadores do mundo

Imagem de Fusil Photographique: conheça a precursora das filmadoras portáteis no site TecMundo

Equipamento se parecia com uma arma de fogo e capturava 12 imagens por segundo.

<img src="https://tm.ibxk.com.br/2013/4/materias/16972661529154244.jpg" alt="" /> (Fonte da imagem: <a href="http://www.diyphotography.net/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/DIYPhotography</a>)
A palavra inglesa &ldquo;shot&rdquo; &ndash; muito parecida com &ldquo;shoot&rdquo;, que significa atirar &ndash; &eacute; um jarg&atilde;o comum na ind&uacute;stria cinematogr&aacute;fica e refere-se aos pequenos peda&ccedil;os de cenas que formam uma produ&ccedil;&atilde;o audiovisual (algo equivalente ao termo &ldquo;tomada&rdquo; utilizado no cinema brasileiro).
Embora ningu&eacute;m saiba exatamente qual &eacute; a origem de tal jarg&atilde;o, &eacute; bem prov&aacute;vel que ele esteja relacionado &agrave; Fusil Photographique, uma engenhoca inventada em 1882 pelo cientista franc&ecirc;s &Eacute;tienne-Jules Marey e que &eacute; considerada como a precursora das filmadoras de m&atilde;o que conhecemos hoje.
Desenvolvido inicialmente para fotografar p&aacute;ssaros em voo, o equipamento se parecia bastante com um fuzil (caracter&iacute;stica que deu origem ao seu nome) e conseguia registrar 12 imagens por segundo, armazenando-as em uma esp&eacute;cie de cilindro que podia tanto ser acoplado no pr&oacute;prio dispositivo quanto carregado nos ombros do fot&oacute;grafo.
<table border="0" align="center">
<tbody>
<tr>
<td><img src="https://tm.ibxk.com.br/2013/4/materias/16972661529155320.gif" alt="" /> </td>
<td><img src="https://tm.ibxk.com.br/2013/4/materias/1697266152915403.gif" alt="" /> </td>
</tr>
</tbody>
</table>
Para alterar o foco, era preciso mover o cano da &ldquo;arma&rdquo; para, em seguida, &ldquo;dispar&aacute;-la&rdquo; na dire&ccedil;&atilde;o de seus alvos. Os 12 quadros registrados, quando organizados em sequ&ecirc;ncia, davam a ilus&atilde;o de que a ave estava se movimentando.
Os rar&iacute;ssimos exemplares do Fusil Photographique est&atilde;o reunidos no <a href="http://www.musees-bourgogne.org/les_musees/musee_bourgogne_resultat.php?id=62&amp;id_ville=12&amp;lg=en" target="_blank">Mus&eacute;e &Eacute;tienne-Jules Marey</a>, um museu dedicado inteiramente &agrave;s obras do inventor. Al&eacute;m de observar em detalhes o funcionamento do dispositivo, &eacute; poss&iacute;vel assistir a pequenos filmes feitos com esse belo &ldquo;fuzil fotogr&aacute;fico&rdquo;. Gostou? Ent&atilde;o confira mais algumas imagens na galeria abaixo.
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Fusil Photographique: conheça a precursora das filmadoras portáteis

Imagem de 7 tecnologias dos povos antigos que você não sabia que existiam no site TecMundo

Pode ser difícil acreditar, mas civilizações de milênios atrás já possuíam computadores analógicos e vending machines de água-benta.

<img src="/imagens/2013/2/materias/65087966761238.jpg" alt="" />Fragmentos coletados de um computador anal&oacute;gico do s&eacute;culo 1 a.C. (Fonte da imagem: <a href="http://www.wired.com/wiredscience/2011/04/antikythera-mechanism/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wired</a>)N&atilde;o h&aacute; d&uacute;vidas de que algumas civiliza&ccedil;&otilde;es antigas se destacaram no campo das ci&ecirc;ncias. Matem&aacute;tica, medicina e astronomia s&atilde;o apenas alguns dos exemplos que nos v&ecirc;m &agrave; mente em um primeiro momento. Mas houve tamb&eacute;m muita inova&ccedil;&atilde;o tecnol&oacute;gica realizada pelos povos de mil&ecirc;nios atr&aacute;s. Isso &eacute; o que garantem alguns arque&oacute;logos que, hoje, recorrem at&eacute; mesmo &agrave; computa&ccedil;&atilde;o gr&aacute;fica para tentar reconstruir alguns dos mecanismos daquela &eacute;poca.Obviamente, n&atilde;o &eacute; f&aacute;cil deduzir como funcionavam as &ldquo;tatarav&oacute;s&rdquo; de muitas das tecnologias que usamos hoje. Por mais que pesquisadores se dediquem &agrave; tarefa de decifrar essas m&aacute;quinas antigas, muitas permanecem em mist&eacute;rio ainda hoje, sem sabermos ao certo como elas funcionavam. Mesmo assim, h&aacute; casos muito curiosos de inven&ccedil;&otilde;es que surpreendem pela &eacute;poca em que foram criadas. Confira!<h2>1. Garrafa de vinho com refil autom&aacute;tico</h2>H&aacute; um nome que aparecer&aacute; com frequ&ecirc;ncia nesta lista: Heron de Alexandria. Esse matem&aacute;tico e mec&acirc;nico grego foi um dos homens mais s&aacute;bios do in&iacute;cio do s&eacute;culo I d.C. e foi o inventor de mecanismos muito impressionantes. Para come&ccedil;ar, h&aacute; registros arqueol&oacute;gicos de que Heron havia constru&iacute;do uma ta&ccedil;a cujo vinho nunca acabava, recompletando automaticamente o espa&ccedil;o vazio &agrave; medida que algu&eacute;m enchia a cara.<img src="/imagens/2013/2/materias/6508796676115714.jpg" alt="" />Que tal uma ta&ccedil;a cujo vinho nunca acaba? (Fonte da imagem: <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Tempranillowine.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Mick Stephenson/Wikipedia</a>)O c&aacute;lice era conectado a um reservat&oacute;rio por meio de um tubo. Quando algu&eacute;m bebia o vinho, o n&iacute;vel do reservat&oacute;rio diminu&iacute;a e liberava a sa&iacute;da de l&iacute;quido por um tamp&atilde;o. Assim que o n&iacute;vel era restabelecido, o tamp&atilde;o voltava a bloquear essa passagem. Ainda hoje, muitos estudantes de engenharia foram incapazes de recriar esse dispositivo e, aparentemente, os bo&ecirc;mios da &eacute;poca tinham que tomar vinho de &ldquo;canudinho&rdquo; para que tudo funcionasse corretamente.<h2>2. Motor a vapor</h2>A eol&iacute;pila &eacute; uma m&aacute;quina projetada por Heron de Alexandria e que, para muitos, &eacute; considerada como sendo o primeiro motor a vapor documentado da Hist&oacute;ria. O aparelho era composto por uma c&acirc;mara com tubos curvados, por onde o vapor da &aacute;gua aquecida seria expelido, fazendo com que a c&acirc;mara girasse.<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/RDABtbUXzYs?version=3&hl=en_US&rel=0" width="480"></iframe>A inven&ccedil;&atilde;o era mais uma prova de conceito do que uma ferramenta &uacute;til, mas n&atilde;o deixa de ser impressionante. Heron chegou a adaptar esse conceito em m&aacute;quinas mais &uacute;teis posteriormente, como uma forma de automatizar o levantar e baixar das cortinas de um teatro. No v&iacute;deo acima &eacute; poss&iacute;vel conferir uma eol&iacute;pila em a&ccedil;&atilde;o.<h2>3. Vending machine de &aacute;gua-benta</h2>Quem acompanha o <a href="http://www.megacurioso.com.br" target="_blank">Mega Curioso</a> j&aacute; sabe dessa inven&ccedil;&atilde;o de Heron de Alexandria. No artigo em que listamos <a href="http://www.megacurioso.com.br/invencoes-malucas/35450-10-vending-machines-completamente-malucas.htm" target="_blank">10 vending machines completamente malucas</a>, contamos que Heron de Alexandria tamb&eacute;m foi o inventor da primeira m&aacute;quina de venda da Hist&oacute;ria, que entregava &aacute;gua-benta para os fi&eacute;is que depositavam uma moeda no mecanismo.<img src="/imagens/2013/2/materias/6508796676115335.jpg" alt="" />Herond e Alexandria e esquema t&eacute;cnico de seu invento (Fonte da imagem: <a href="http://www.neatorama.com" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Neatorama</a>)&Eacute; claro que, naquela &eacute;poca, a m&aacute;quina era mais rudimentar. A moeda depositada ca&iacute;a sobre uma alavanca e, &agrave; medida que a &aacute;gua-benta enchia um recipiente, a moeda se deslocava da alavanca, fazendo com que apenas a quantidade correta de &aacute;gua fosse vendida. Tudo isso para que os fi&eacute;is n&atilde;o pegassem mais do que precisavam.<h2>4. Pist&atilde;o de a&ccedil;&atilde;o dupla</h2>Tamb&eacute;m conhecido como o pai da pneum&aacute;tica, o matem&aacute;tico e engenheiro grego Ctes&iacute;bio ficou famoso historicamente pela utiliza&ccedil;&atilde;o de ar comprimido na realiza&ccedil;&atilde;o de seus trabalhos. Uma de suas inven&ccedil;&otilde;es de maior sucesso &eacute;, sem d&uacute;vida, o pist&atilde;o de a&ccedil;&atilde;o dupla. Enquanto um pist&atilde;o se levanta e deixa a &aacute;gua entrar, outro abaixa e empurra o l&iacute;quido para fora de uma c&acirc;mara, provocando um fluxo constante de &aacute;gua.<img src="/imagens/2013/2/materias/650879667611510.jpg" alt="" />Bomba romana de combate a inc&ecirc;ndios usa ideias de Ctes&iacute;bio (Fonte da imagem: <a href="http://100falcons.wordpress.com/2008/01/24/a-roman-pump-in-perfect-condition/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/100 Falcons</a>)Com isso, Ctes&iacute;bio, que viveu entre 285 e 222 a.C., acabou proporcionando a base para a inven&ccedil;&atilde;o posterior do motor moderno e da bomba de inc&ecirc;ndio, que foi inclusive utilizada pelos romanos para combater o fogo.<h2>5. Porta autom&aacute;tica</h2>Quando voc&ecirc; passar por uma dessas portas que se abrem sozinhas, agrade&ccedil;a ao grande Heron de Alexandria. Apesar de o professor de Estudos Gregos e Romanos da Universidade de Calgary, John Humphrey, ter declarado &agrave; Smithsonian Magazine que dificilmente algu&eacute;m teria constru&iacute;do uma porta dessas naquela &eacute;poca, &eacute; do s&eacute;culo I d.C. o primeiro registro que temos da ideia.<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/LE2qyZ7hUxU?version=3&hl=en_US&rel=0" width="560"></iframe>Basta ler a s&iacute;ntese do funcionamento do mecanismo pensado por Heron para ter uma ideia da dificuldade de implement&aacute;-lo. Um sacerdote acenderia o fogo em uma parte espec&iacute;fica do altar do templo. Com isso, o ar se aqueceria e aumentaria de volume. Esse ar mais pesado faria com que um cont&ecirc;iner cheio de &aacute;gua derramasse o l&iacute;quido em um balde. &Agrave; medida que o balde enchesse, uma s&eacute;rie de polias e engrenagens ajudaria a levantar a porta do templo.<h2>6. Computador anal&oacute;gico</h2>Por mais incr&iacute;vel que pare&ccedil;a, os gregos do s&eacute;culo I a.C. tamb&eacute;m possu&iacute;am computadores. Eles n&atilde;o podiam jogar fazendinha, mas a M&aacute;quina de Antic&iacute;tera era uma esp&eacute;cie de computador anal&oacute;gico capaz de calcular posi&ccedil;&otilde;es astron&ocirc;micas. As primeiras pe&ccedil;as desse mecanismo foram encontradas em 1900, quando mergulhadores exploravam o local de um naufr&aacute;gio que ocorreu mais de 2 mil anos atr&aacute;s.<img src="/imagens/2013/2/materias/6508796676113331.jpg" alt="" />Fragmento da M&aacute;quina de Antic&iacute;tera exposto em museu (Fonte da imagem: <a href="http://www.smithsonianmag.com/science-nature/ancient_calendar.html" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Smithsonian Magazine</a>)Com o passar do tempo, o esfor&ccedil;o de muitos estudiosos e a ajuda da computa&ccedil;&atilde;o gr&aacute;fica, foi descoberto que as engrenagens coletadas no fundo mar faziam parte de um grande computador, uma esp&eacute;cie de rel&oacute;gio astron&ocirc;mico que s&oacute; viria a reaparecer na humanidade 15 s&eacute;culos mais tarde. Hoje, a M&aacute;quina de Antic&iacute;tera est&aacute; exposta no Museu Arqueol&oacute;gico Nacional de Atenas, junto com uma reconstru&ccedil;&atilde;o do computador.<img src="/imagens/2013/2/materias/65087966761262.jpg" alt="" />R&eacute;plica em exposi&ccedil;&atilde;o da M&aacute;quina de Antic&iacute;tera (Fonte da imagem: <a href="http://www.wired.com/wiredscience/2011/04/antikythera-mechanism/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wired</a>)<h2>7. Bateria de Bagd&aacute;</h2>Como se n&atilde;o bastasse o computador anal&oacute;gico dos gregos, h&aacute; ind&iacute;cios arqueol&oacute;gicos de que baterias haviam sido constru&iacute;das no Oriente M&eacute;dio por volta do ano 200 a.C. Descobertas em 1938, pelo alem&atilde;o Wilhelm Konig, as Baterias de Bagd&aacute; s&atilde;o, na verdade, cinco vasos de argila com cerca de 13 cent&iacute;metros de altura, que cont&ecirc;m um cilindro de cobre que protege uma barra de ferro e uma tampa de betume.<img src="/imagens/2013/2/materias/6508796676113813.jpg" alt="" />Baterias de Bagd&aacute; poderiam ser usadas para galvanizar superf&iacute;cies (Fonte da imagem: <a href="http://oddx.com/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Oddx</a>)Os vasos encontrados apresentavam sinais de corros&atilde;o, e testes revelaram a presen&ccedil;a de agentes &aacute;cidos, como vinagre ou vinho. Muitos arque&oacute;logos acreditam que esses objetos funcionavam mesmo como baterias, mas poucos t&ecirc;m certeza da aplica&ccedil;&atilde;o que os iranianos faziam na &eacute;poca da dinastia ars&aacute;cida. A hip&oacute;tese mais prov&aacute;vel &eacute; a de que essa inven&ccedil;&atilde;o era usada para galvanizar superf&iacute;cies, ou seja, recobrir algo com uma camada met&aacute;lica.

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7 tecnologias dos povos antigos que você não sabia que existiam

Imagem de Charles Babbage: um cientista muito além de seu tempo no site TecMundo

Conheça um pouco sobre o homem que projetou o primeiro computador de uso geral da história.

Voc&ecirc; certamente deve usar o computador para diversas coisas, mas alguma vez voc&ecirc; j&aacute; parou para pensar sobre como ele foi inventado ou quem o inventou? Bom, est&aacute; na hora de conhecer um pouquinho sobre Charles Babbage, considerado o pai dessas m&aacute;quinas indispens&aacute;veis no seu dia a dia.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2011/12/materias/36169350115135010.jpg" alt="" />Charles Babbage (Fonte da imagem: <a href="http://commons.wikimedia.org/wiki/Main_Page" target="_blank">Wikimedia Commons</a>)
Charles nasceu na Inglaterra e, entre muitas coisas, foi um cientista, matem&aacute;tico e professor da Universidade de Cambridge. O capital que seu pai possu&iacute;a permitiu que Babbage frequentasse diversas escolas e recebesse aulas de v&aacute;rios professores particulares durante o Ensino Fundamental.
Quando chegou ao n&iacute;vel superior, o jovem cientista ficou muito desapontado com o ensino da matem&aacute;tica disponibilizado pela Trinity College, em Cambridge. Ent&atilde;o, ele decidiu reunir alguns de seus amigos para formar a Analitical Society, cujo intuito era o de promover o c&aacute;lculo anal&iacute;tico de forma mais aprofundada.
<h2>Os primeiros passos para uma nova era</h2>
Naquela &eacute;poca, a taxa de erros humanos presentes em contas era muito grande. Isso estimulou a imagina&ccedil;&atilde;o de Charles, que come&ccedil;ou a pensar em alguma forma de mecanizar esse tipo de tarefa, eliminando as falhas e economizando o tempo das pessoas.
Por volta de 1821, Babbage come&ccedil;ou a tarefa de automatizar a produ&ccedil;&atilde;o de c&aacute;lculos matem&aacute;ticos. A ideia era a de criar uma m&aacute;quina que conseguisse acabar de uma vez por todas com os principais erros que apareciam constantemente em tabelas de logaritmos, o que o deixava muito irritado.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2011/12/materias/36169350115135250.jpg" alt="" width="551" height="398" />M&aacute;quina Diferencial de Babbage (Fonte da imagem: <a href="http://commons.wikimedia.org/wiki/Main_Page" target="_blank">Wikimedia Commons</a>)
O resultado de tanta pesquisa e esfor&ccedil;o foi o projeto da M&aacute;quina Diferencial. Diferentemente de calculadoras que surgiram antes, o invento foi desenvolvido para calcular uma s&eacute;rie de valores num&eacute;ricos e imprimir os resultados automaticamente.
O inventor ainda desenhou um segundo modelo, mas as ferramentas e componentes necess&aacute;rios para tirar as inven&ccedil;&otilde;es do papel estavam muito &agrave; frente da &eacute;poca. O fato de Charles ter desenvolvido tal m&aacute;quina em um per&iacute;odo de transi&ccedil;&atilde;o, entre t&eacute;cnicas artesanais tradicionais e produ&ccedil;&atilde;o em massa, impossibilitou a fabrica&ccedil;&atilde;o de pe&ccedil;as id&ecirc;nticas.
<h2>A m&aacute;quina que mudou tudo</h2>
At&eacute; ent&atilde;o, a M&aacute;quina Diferencial limitava-se a opera&ccedil;&otilde;es matem&aacute;ticas com base em n&uacute;meros inseridos em determinadas sequ&ecirc;ncias. Mas o invento que realmente mostrou a avan&ccedil;ada forma de pensar de Babbage foi a M&aacute;quina Anal&iacute;tica. Isso porque a cria&ccedil;&atilde;o n&atilde;o era apenas autom&aacute;tica, mas tamb&eacute;m de uso geral.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2011/12/materias/3616935011513550.jpg" alt="" width="552" height="414" />M&aacute;quina Anal&iacute;tica (Fonte da imagem: <a href="http://commons.wikimedia.org/wiki/Main_Page" target="_blank">Wikimedia Commons</a>)
Desenvolvida por volta de 1834, ela foi a primeira m&aacute;quina que poderia ser programada para executar v&aacute;rios comandos de qualquer tipo. O mais interessante de tudo &eacute; que o desenho e a estrutura b&aacute;sica da inven&ccedil;&atilde;o de Babbage fazem parte dos computadores que usamos hoje, mesmo ap&oacute;s mais de um s&eacute;culo.
A M&aacute;quina Anal&iacute;tica funcionava com base nas instru&ccedil;&otilde;es de cart&otilde;es perfurados e era movida a vapor, como em alguns trens. O projeto ainda possu&iacute;a uma unidade central de processamento e <a href="https://www.tecmundo.com.br/memoria-ram/12781-memorias-quais-os-tipos-e-para-que-servem.htm" target="_blank">mem&oacute;ria</a> expans&iacute;vel separados um do outro, o que &eacute; mais uma caracter&iacute;stica dos computadores modernos.
De t&atilde;o avan&ccedil;ados e complicados que seus projetos eram, Babbage nunca teve a oportunidade de construir, de fato, nenhuma de suas inven&ccedil;&otilde;es. A inexist&ecirc;ncia de equipamentos adequados e a falta de verba fizeram com que o cientista constru&iacute;sse apenas prot&oacute;tipos do que poderia ter sido a maior revolu&ccedil;&atilde;o tecnol&oacute;gica da &eacute;poca.

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Charles Babbage: um cientista muito além de seu tempo

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Confira como se deu a evolução dos processadores, dos anos 40 aos dias de hoje.

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A história dos processadores

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Confira a evolução da interface gráfica ao longo do tempo e dê uma olhada em como se pareciam os sistemas de décadas passadas.

A forma como os humanos interagem com os computadores sempre foi uma preocupa&ccedil;&atilde;o da ind&uacute;stria da inform&aacute;tica. Durante algumas d&eacute;cadas, essa intera&ccedil;&atilde;o passou da linha de comando, em modo texto, para desktops em tr&ecirc;s dimens&otilde;es e softwares que aceitam comandos por voz ou gestos com o prop&oacute;sito de facilitar e tornar mais intuitiva a utiliza&ccedil;&atilde;o das m&aacute;quinas.Como boa parte das tecnologias existentes, a ideia de uma Interface Gr&aacute;fica do Usu&aacute;rio (GUI) come&ccedil;ou muito tempo antes de possuirmos a tecnologia necess&aacute;ria para implement&aacute;-la. Uma das primeiras pessoas a pensar nessa possibilidade foi o engenheiro, inventor e pol&iacute;tico Vannevar Bush.<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="495" src="https://www.youtube.com/embed/c539cK58ees?fs=1&hl=pt_BR" width="620"></iframe>O que transformou Bush em um pioneiro da &aacute;rea foi a percep&ccedil;&atilde;o de que os meios de armazenamento de informa&ccedil;&otilde;es n&atilde;o estavam mais comportando tantos dados. A m&aacute;quina imaginada por Bush, chamada de Memex, era capaz n&atilde;o apenas de armazenar tanta informa&ccedil;&atilde;o, como tamb&eacute;m de relacion&aacute;-las e oferecer uma maneira f&aacute;cil de procur&aacute;-las em meio a tantos dados<h2>O pai do mouse e da interface gr&aacute;fica</h2>Inspirado pelo trabalho de Vannevar Bush, o engenheiro el&eacute;trico Douglas Engelbart visualizou a possibilidade de usar computadores para aumentar o intelecto humano, em vez de substitu&iacute;-lo. Ele acreditava que, com informa&ccedil;&otilde;es dispostas em uma tela, o usu&aacute;rio poderia se organizar de maneira gr&aacute;fica e pular de uma informa&ccedil;&atilde;o para outra, sempre que necess&aacute;rio.<img src="https://www.baixaki.com.br/imagens/materias//9528/736302.jpg" alt="" />Perif&eacute;ricos demonstrados por Engelbart em 1968 (Fonte da imagem: <a href="http://www.dougengelbart.org/">Doug Engelbart Institute</a>)Como no caso do Memex, as ideias de Engelbart estavam muito &agrave; frente de sua &eacute;poca. Em 1962, at&eacute; mesmo interfaces em modo texto, com comandos sendo executados em tempo real, eram consideradas como &ldquo;de outro mundo&rdquo;, j&aacute; que os mainframes da &eacute;poca eram operados com cart&otilde;es perfurados e demoravam horas ou dias para entregarem o resultado do processamento.Em 1968, depois de conseguir um financiamento para suas pesquisas, Engelbart e sua equipe demonstraram o potencial dos computadores e de alguns dispositivos de entrada. Entre os &ldquo;perif&eacute;ricos&rdquo;, estava uma caixa retangular, com tr&ecirc;s bot&otilde;es na parte de cima e conectada ao computador por um cabo: era um dos <a href="https://www.tecmundo.com.br/1068-o-mouse-uma-historia-e-uma-selecao-de-aplicativos-para-ele.htm" target="_blank">primeiros modelos de mouse</a> da hist&oacute;ria, inventado pelo pr&oacute;prio Engelbart e constru&iacute;do por um dos engenheiros da equipe.<img src="https://www.baixaki.com.br/imagens/materias//9528/960484.jpg" alt="" />Captura de imagem da primeira videoconfer&ecirc;ncia (Fonte da imagem: <a href="http://en.wikipedia.org/">Wikipedia</a>)Mas o mouse foi apenas uma das muitas inova&ccedil;&otilde;es demonstradas naquele dia, que inclu&iacute;am o hipertexto, comunica&ccedil;&atilde;o por rede e uma tela compartilhada por duas pessoas que estavam em locais diferentes, mas que podiam trabalhar em conjunto: a primeira videoconfer&ecirc;ncia da hist&oacute;ria.Os softwares desenvolvidos para esse computador ainda n&atilde;o trabalhavam com o conceito de janelas, como nas interfaces atuais.<h2>Janelas: cada um no seu quadrado</h2>Com o surgimento da Smalltalk, linguagem de programa&ccedil;&atilde;o e ambiente de desenvolvimento que possu&iacute;a uma interface gr&aacute;fica diferenciada, a GUI come&ccedil;ou a ganhar aspectos mais modernos, em 1974.<img src="https://www.baixaki.com.br/imagens/materias//9528/718524.jpg" alt="" />Smalltalk sendo executado no Alto, em 1979 (Fonte da imagem: <a href="http://news.squeak.org/2007/12/29/old-smalltalk-pics-from-parc-place/">The Weekly Squeak</a>)A grande inova&ccedil;&atilde;o foram as janelas, que possu&iacute;am bordas e barras de t&iacute;tulos que permitiam a identifica&ccedil;&atilde;o e o reposicionamento delas. O conceito de &iacute;cones tamb&eacute;m surgiu na mesma &eacute;poca, assim como o menu de contexto. No mesmo per&iacute;odo, tamb&eacute;m foram apresentadas as barras de rolagem, as caixas de di&aacute;logo e os bot&otilde;es de op&ccedil;&otilde;es (radio buttons).<h2>A chegada da Apple</h2>Outro passo importante na hist&oacute;ria das interfaces gr&aacute;ficas foi dada pela startup criada por Steve Jobs e Steve Wozniak, em 1976. Com a contrata&ccedil;&atilde;o de ex-funcion&aacute;rios da Xerox, a <a href="https://www.tecmundo.com.br/2114-a-historia-da-apple-a-marca-da-maca.htm" target="_blank">Apple </a>pode iniciar o desenvolvimento do computador pessoal Lisa, em 1978.A equipe de desenvolvedores trabalhou em uma interface baseada em &iacute;cones, em que cada um deles indicava um documento ou uma aplica&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m disso, a equipe criou a primeira barra de menu desdobr&aacute;vel (pull-down), que hospedava todos os menus logo nas primeiras linhas da tela.<img src="https://www.baixaki.com.br/imagens/materias//9528/631912.jpg" alt="" />Lisa OS, da Apple, lan&ccedil;ado em 1983 (Fonte da imagem: <a href="http://toastytech.com">Toasty Technology</a>)Outras inova&ccedil;&otilde;es do mesmo produto ficaram a cargo das marcas de verifica&ccedil;&atilde;o (checkmarks), que ajudam a destacar os itens do menu que estejam ativados, e tamb&eacute;m o conceito de atalhos de teclado para os comandos mais comuns. Mais uma novidade foi a apari&ccedil;&atilde;o do &iacute;cone da Lixeira, para onde o usu&aacute;rio podia arrastar arquivos para remov&ecirc;-los posteriormente.O mouse, que havia se consagrado com tr&ecirc;s bot&otilde;es, passou a ter apenas um no Lisa e, como a interface exigia pelo menos duas a&ccedil;&otilde;es para cada &iacute;cone, uma para selecionar e outra para executar o programa ou arquivo, foi criado o conceito de duplo clique.<h2>Outras interfaces da &eacute;poca</h2>A VisiCorp era uma das empresas que tamb&eacute;m estava trabalhando em interfaces gr&aacute;ficas para computadores pessoais. Respons&aacute;vel pela planilha eletr&ocirc;nica VisiCalc, a empresa lan&ccedil;ou uma interface para PCs, em 1983, mas que n&atilde;o chegou a fazer muito sucesso. Al&eacute;m do pre&ccedil;o alto e de exigir muito recurso de hardware, a VisiOn, como era chamada, tamb&eacute;m teve alguns retrocessos, como deixar de usar &iacute;cones e eliminar o cursor do mouse.<img src="https://www.baixaki.com.br/imagens/materias//9528/643424.jpg" alt="" />VisiOn, da VisiCorp, interface para PCs da IBM. (Fonte da imagem: <a href="http://toastytech.com">Toasty Technology</a>)Outra interface que surgiu na d&eacute;cada de 80 foi a Tandy DeskMate, da Tandy Computers, e a GEM, que fornecia uma interface gr&aacute;fica para o DOS e era t&atilde;o parecida com a interface do computador Lisa que a Apple chegou a processar os fabricantes.<img src="https://www.baixaki.com.br/imagens/materias//9528/510587.jpg" alt="" />Interface GEM (Fonte da imagem: <a href="http://toastytech.com">Toasty Technology</a>)Os computadores Amiga, da Commodore, tamb&eacute;m introduziram uma nova GUI, a Workbench, que trouxe algumas inova&ccedil;&otilde;es ao mundo dos computadores pessoais, como a possibilidade de redimensionar ou mover uma janela sem traz&ecirc;-la para o foco principal.Em 1986, a Berkeley Softworks lan&ccedil;ou a GEOS, interface para computadores Commodore 64 e Apple, que tinha uma apar&ecirc;ncia parecida com a da GEM. Mais tarde, essa GUI foi portada para PCs e, com isso, acabou se tornando uma concorrente para a Microsoft, que havia anunciado a primeira vers&atilde;o do Windows em1983.<img src="https://www.baixaki.com.br/imagens/materias//9528/507352.jpg" alt="" />Primeira vers&atilde;o do Microsoft Windows (Fonte da imagem: <a href="http://microsoft.com">Microsoft</a>)Uma das mudan&ccedil;as radicais da interface gr&aacute;fica do Windows foi o fato de que cada janela tinha a sua pr&oacute;pria barra de menus, diferentemente do Lisa e dos Macintosh, que tinham uma barra &uacute;nica no topo da &aacute;rea de trabalho. Outro diferencial, que n&atilde;o sobreviveu at&eacute; a vers&atilde;o 2.0 do Windows, em 1987, foi a disposi&ccedil;&atilde;o lado a lado das janelas.Vale a pena lembrar que, no come&ccedil;o, a Microsoft trabalhava como uma empresa terceirizada para a Apple e, por isso, testou os modelos em fase Beta dos Macs. Isso serviu de inspira&ccedil;&atilde;o para a cria&ccedil;&atilde;o da sua interface gr&aacute;fica e, durante o lan&ccedil;amento do Windows 2.0, a empresa chegou at&eacute; a ser processada pela Apple.<img src="https://www.baixaki.com.br/imagens/materias//9528/729428.jpg" alt="" />Arthur, da Acorn, lan&ccedil;ou o conceito de dock. (Fonte da imagem: <a href="http://toastytech.com">Toasty Technology</a>)Em 1987, tamb&eacute;m surgiu um novo conceito no mundo das GUIs: o Dock. A respons&aacute;vel pela cria&ccedil;&atilde;o foi a empresa Acorn Computers, que desenvolveu a Arthur, interface que tamb&eacute;m foi a primeira a usar fontes com anti-aliasing, mesmo em modo de 16 cores.<img src="https://www.baixaki.com.br/imagens/materias//9528/829703.jpg" alt="" />NeXTSTEP inaugurou objetos com apar&ecirc;ncias 3D e o bot&atilde;o de fechar janelas (Fonte da imagem: <a href="http://en.wikipedia.org/">Wikipedia</a>)J&aacute; a NeXTSTEP, em 1988, foi a interface que introduziu uma apar&ecirc;ncia 3D aos seus componentes, al&eacute;m de ter sido a primeira a usar o bot&atilde;o em forma de &ldquo;X&rdquo; para fechar janelas. Na mesma &eacute;poca, tamb&eacute;m surgiu a primeira vers&atilde;o gr&aacute;fica do OS/2, projeto colaborativo entre Microsoft e IBM para desenvolver um sistema que pudesse substituir o MS-DOS. A interface da vers&atilde;o 1.1 era muito similar &agrave; do Windows 2.0.<img src="https://www.baixaki.com.br/imagens/materias//9528/565738.jpg" alt="" />X Window System (Fonte da imagem: <a href="http://en.wikipedia.org/">Wikipedia</a>)No fim dos anos 80, muitas interfaces gr&aacute;ficas come&ccedil;avam a surgir para as esta&ccedil;&otilde;es Unix. Essas GUIs eram executadas sobre um sistema gr&aacute;fico e com suporte &agrave; rede, conhecido como X. Mais tarde, esse sistema tamb&eacute;m se tornou a base dos ambientes gr&aacute;ficos do Linux. Uma das novidades do X Window System foi o fato de poder habilitar o foco em uma janela apenas posicionando o mouse sobre ela, sem clicar. Atualmente, muitos projetos gr&aacute;ficos ainda fazem uso do X, com o <a href="https://www.baixaki.com.br/download/kde-on-windows.htm" target="_blank">KDE </a>e o GNOME, que teve sua <a href="https://www.tecmundo.com.br/4014-quais-novidades-o-gnome-3-pode-trazer-para-os-usuarios-.htm" target="_blank">terceira vers&atilde;o</a> lan&ccedil;ada nesta semana.<h2>As interfaces mais recentes</h2>Durante os anos 90, apenas duas empresas resistiram &agrave; &ldquo;peneira&rdquo; do mercado: a Microsoft e a Apple. As demais entraram em fal&ecirc;ncia ou foram adquiridas por outras companhias.<img src="https://www.baixaki.com.br/imagens/materias//9528/583325.jpg" alt="" />Windows 3.0 (Fonte da imagem: <a href="http://toastytech.com">Toasty Technology</a>)O Windows ganhou muita popularidade com as vers&otilde;es 3.0, em 1990, e 3.1, em 1992. Apesar de ainda n&atilde;o ter alguns recursos simples, que j&aacute; estavam implementados no Macintosh, foram vendidas milh&otilde;es de c&oacute;pias dessas vers&otilde;es do sistema da Microsoft. Mais tarde, com a chegada do Windows 95, a empresa de Bill Gates se consolidou como a l&iacute;der do mercado e detentora de um dos softwares mais famosos at&eacute; hoje.<img src="https://www.baixaki.com.br/imagens/materias//9528/562397.jpg" alt="" />Interface do BeOS (Fonte da imagem: <a href="http://toastytech.com">Toasty Technology</a>)Quando o cen&aacute;rio j&aacute; parecia ter se estabilizado, eis que surge uma novidade: o BeOS, sistema operacional da Be Incorporated, com uma interface em que a barra de t&iacute;tulo lembrava a do Smalltalk, ocupando apenas parte de toda a extens&atilde;o das janelas. Um vers&atilde;o open source do BeOS continua em desenvolvimento, sob o nome de <a href="https://www.baixaki.com.br/download/haiku.htm" target="_blank">Haiku</a>.A Apple tamb&eacute;m continuou inovando e lan&ccedil;ou a interface Aqua, para o novo sistema operacional da empresa, o Mac OS X. Al&eacute;m da apar&ecirc;ncia nova, uma das principais novidades da Aqua era o fato de que as janelas podiam ser redesenhadas rapidamente, de maneira impercept&iacute;vel aos olhos, quando movidas ou redimensionadas.<img src="https://www.baixaki.com.br/imagens/materias//9528/959098.jpg" alt="" />Interface Aqua, lan&ccedil;ada pela Apple com o Mac OS X. (Fonte da imagem: <a href="http://toastytech.com">Toasty Technology</a>)Outras inova&ccedil;&otilde;es ficaram por conta dos efeitos de anima&ccedil;&atilde;o executados durante o ato de minimizar programas. Em vers&otilde;es mais recentes, a empresa tamb&eacute;m adicionou o conceito de Expos&eacute;, que mudou a forma como as pessoas alternavam entre os softwares abertos na &aacute;rea de trabalho.A Microsoft tamb&eacute;m continuou inovando. Com o lan&ccedil;amento do Windows Vista, pudemos ver a estreia do Aero, respons&aacute;vel pelos efeitos visuais de sombra e transpar&ecirc;ncia da &Aacute;rea de trabalho. Com o <a href="https://www.baixaki.com.br/download/windows-7.htm" target="_blank">Windows 7</a>, a interface foi aprimorada, ganhando suporte a telas touchscreen e multitouch, al&eacute;m de apresentar uma barra de ferramentas totalmente reformulada e o Aero Shake, que permite intera&ccedil;&atilde;o com as janelas ao sacudi-las.<img src="https://www.baixaki.com.br/imagens/materias//9528/762858.jpg" alt="" />Windows 7 (Fonte da imagem: <a href="http://en.wikipedia.org/">Wikipedia</a>)O Windows 7 tamb&eacute;m ganhou efeitos 3D, semelhantes aos proporcionados pelo <a href="https://www.baixaki.com.br/linux/download/compiz-fusion.htm" target="_blank">Compiz</a>, no Linux. O pr&oacute;prio Compiz acabou se inspirando no Expos&eacute;, da Apple, para fornecer um efeito semelhante sobre o X Window System.<img src="https://www.baixaki.com.br/imagens/materias//9528/757747.jpg" alt="" />O Compiz adicionou efeitos 3D ao desktop Linux (Fonte da imagem: <a href="http://compiz.org">Compiz</a>)Os recursos 3D parecem ser a &uacute;ltima cartada das interfaces gr&aacute;ficas, que agora come&ccedil;am a se adaptar aos novos dispositivos port&aacute;teis e operados por toques na tela, com os dedos. Outro recurso que est&aacute; ganhando for&ccedil;a &eacute; o chamado Desktop Sem&acirc;ntico, que trabalhar&aacute; n&atilde;o apenas com os arquivos, mas tamb&eacute;m com o conte&uacute;do e a informa&ccedil;&atilde;o contextual ao manipular esses arquivos.Resta esperarmos para ver as pr&oacute;ximas novidades da ind&uacute;stria, quem sabe noticiadas por um artigo aqui mesmo, no Tecmundo, daqui a 10 ou 20 anos.

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A história da interface gráfica

Imagem de A evolução das placas de vídeo no site TecMundo

Voodoo, GeForce, ATI Radeon… Bem, a história é longa

<div>Que tal utilizar computadores para jogar sem o aux&iacute;lio de uma placa 3D? O que seria do PC sem a famosa placa de v&iacute;deo? Bem, eu n&atilde;o posso prever o futuro, mas acredito que a falta de uma visualiza&ccedil;&atilde;o tridimensional das coisas seria inaceit&aacute;vel para o mundo dos video games. &Eacute; dif&iacute;cil imaginar a evolu&ccedil;&atilde;o dos jogos sem o uso de pe&ccedil;as que possibilitassem visuais em tr&ecirc;s dimens&otilde;es. &Eacute; por isso que o Baixaki decidiu mostrar aos usu&aacute;rios a evolu&ccedil;&atilde;o das placas de v&iacute;deo para computadores. O espet&aacute;culo das anima&ccedil;&otilde;es gr&aacute;ficas passou por uma transforma&ccedil;&atilde;o brutal ao longo do tempo, e "lendas" &mdash; como a 3DFX Voodoo 3 &mdash; merecem ser relembradas. Hoje em dia, a GPU (Graphics Processor Unit, ou unidade de processamento gr&aacute;fico) est&aacute; mais ativa do que nunca.</div>
<div style="text-align: center;"> O Come&ccedil;o</div>
<div style="text-align: center;">Antigamente, a inova&ccedil;&atilde;o. Hoje, o aprimoramento</div>
<div> Antes de tudo, uma pequena base. Para quem ainda n&atilde;o sabe, a placa de v&iacute;deo &eacute; o perif&eacute;rico respons&aacute;vel por gerar e enviar imagens para os monitores. Enquanto a GPU, a mem&oacute;ria e outros componentes s&atilde;o encarregados de lidar com os dados a serem processados, os pain&eacute;is de sa&iacute;da (como a VGA &mdash; Video Graphics Array, conhecida por sua tradicional cor azul &mdash; e a DVI &mdash; Digital Visual Interface, a sa&iacute;da digital) s&atilde;o os respons&aacute;veis pela transmiss&atilde;o das imagens da placa &agrave; tela. Algumas placas-m&atilde;e (em ingl&ecirc;s, motherboards) contam com adaptadores de v&iacute;deo embutidos, mas o mais comum &eacute; comprar uma placa separada e encaix&aacute;-la no slot apropriado, seja ISA (obsoleto), PCI, AGP ou PCI Express. Neste especial, constam bons exemplos de placas de v&iacute;deo que se destacaram em suas respectivas &eacute;pocas.</div>
<div>A Pioneira</div>
<div style="text-align: justify;"> Com o lan&ccedil;amento do primeiro IBM PC, foi criada tamb&eacute;m a primeira placa de v&iacute;deo. A espetacular IBM MDA &mdash; Monochrome Display Adapter, ou adaptador de v&iacute;deo monocrom&aacute;tico &mdash; trabalhava apenas em modo texto, conseguindo exibir 25 linhas e 80 colunas de caracteres na tela... Em alta resolu&ccedil;&atilde;o, &eacute; claro.</div>
<div>
<img title="E os games?" src="https://tm.ibxk.com.br/materias/2314/5121.jpg" alt="" />
<div>Que Crysis que nada. Este monstro da inform&aacute;tica consegue mostrar imagens (na realidade, textos) em apenas uma cor e conta com a quantidade impressionante de 4 KB de mem&oacute;ria de v&iacute;deo. Digite furiosamente e verifique se os caracteres aparecem com atraso no monitor. Somente assim para testar o potencial da MDA. O princ&iacute;pio da acelera&ccedil;&atilde;o 2D S3 &eacute; um nome que faz muitos gamers antigos tremerem nas bases. Pois, quando a fabricante de chips despontou com a S3 Trio, tudo mudou. Considerada por muitos como a primeira placa de v&iacute;deo propriamente dita, a S3 Trio fez estrago na d&eacute;cada de 90. A inova&ccedil;&atilde;o, aqui, &eacute; a reuni&atilde;o de tr&ecirc;s componentes b&aacute;sicos utilizados por fabricantes de placas de v&iacute;deo: a GPU, o RAMDAC (que converte os sinais digitais dos chips para sinais anal&oacute;gicos do monitor) e o gerador de frequ&ecirc;ncia. Tr&ecirc;s diferentes vers&otilde;es da S3 Trio marcaram presen&ccedil;a nessa &eacute;poca juntamente com os chips Mach8, Mach32 e Mach64 da ATI.</div>
<div style="text-align: center;"> Que venha o 3D O destino inevit&aacute;vel das placas de v&iacute;deo</div>
<div> "ViRGE Maria!" Que gr&aacute;ficos assustadores, hein? &Eacute; exatamente este um dos nomes que simboliza a chegada dos visuais em tr&ecirc;s dimens&otilde;es ao PC: S3 ViRGE. 1995 foi o ano, S3 foi a fabricante. Os f&atilde;s de realidade virtual ficaram abismados com o lan&ccedil;amento da s&eacute;rie ViRGE, tanto que o mercado de placas foi dominado pela companhia por um bom tempo. <img class="nada" title="Simplesmente fenomenal" src="https://tm.ibxk.com.br/materias/2314/5119.jpeg" alt="Simplesmente fenomenal" width="676" height="448" /> Contando com 4 MB de mem&oacute;ria onboard e com uma frequ&ecirc;ncia de mem&oacute;ria de at&eacute; 66 MHz, a ViRGE despontou com uma s&eacute;rie de funcionalidades interessantes: filtro de texturas Bilinear e Trilinear, Alpha Blending, mapeamento MIP, mapeamento de texturas de v&iacute;deo, Z-Buffering... Se isso &eacute; grego para voc&ecirc;, basta saber que as inova&ccedil;&otilde;es s&atilde;o muitas e causaram um forte impacto na ind&uacute;stria. O curioso &eacute; que, mesmo com todas essas propriedades avan&ccedil;adas, as placas ViRGE causavam constrangimento em muitos usu&aacute;rios. Rea&ccedil;&otilde;es do tipo "virge santo, o PC est&aacute; muito lento!" eram comuns, pois a CPU, algumas vezes, conseguia fazer muito melhor do que as placas da S3. Um &uacute;nico atrativo continuava recebendo a aten&ccedil;&atilde;o dos consumidores: o pre&ccedil;o. Chega a NVIDIA, mas sem muita express&atilde;o</div>
 <img class="img_dir" title="The first of many" src="https://tm.ibxk.com.br/materias/2314/5123.jpg" alt="The first of many" width="323" height="212" />Desde os prim&oacute;rdios da revolu&ccedil;&atilde;o 3D, a NVIDIA mostrou sua capacidade. A S3 ViRGE mal aparece e surge a NV1, uma concorrente de peso. O processamento gr&aacute;fico 2D/3D desta placa &eacute; baseado em superf&iacute;cies quadrangulares &mdash; o mais comum &eacute; o uso de pol&iacute;gonos triangulares &mdash; e conta com um processador de som de 32 canais. Uma das peculiaridades da NV1 &eacute; a porta compat&iacute;vel com o video game SEGA Saturn, mas isso n&atilde;o evitou o fracasso da placa. A concorr&ecirc;ncia superou a NVIDIA nessa fase da evolu&ccedil;&atilde;o 3D, pois, mesmo com um desempenho relativamente bom, a NV1 e os seus estranhos pol&iacute;gonos quadrangulares custavam caro. Uma poss&iacute;vel NV2 (no caso, compat&iacute;vel com o Dreamcast) ficou apenas nos planos da companhia. A f&uacute;ria da ATI Este especial &eacute; mesmo ideal para trocadilhos. Um dos marcos da evolu&ccedil;&atilde;o das placas de v&iacute;deo foi que, muito antes da associa&ccedil;&atilde;o "&iacute;ntima" entre os nomes Radeon e ATI, a fabricante canadense lan&ccedil;ou a linha Rage (em portugu&ecirc;s, f&uacute;ria). Novamente, 1995 foi o ano. 
<img title="O visual n&atilde;o &eacute; t&atilde;o violento assim" src="https://tm.ibxk.com.br/materias/2314/5124.jpg" alt="O visual n&atilde;o &eacute; t&atilde;o violento assim" />
 A primeira linha da s&eacute;rie Rage n&atilde;o foi muito promissora, mas a Rage II... 8 MB de mem&oacute;ria SDRAM, 64-bit e 60 MHz de clock. Tudo isso com suporte a execu&ccedil;&atilde;o de DVD. Com isso, o desempenho foi melhorado consideravelmente, destacando a ATI na briga pelo mercado. Quake, uma poss&iacute;vel arma contra os concorrentes A empresa Rendition foi outra que apareceu no meio da d&eacute;cada de 90 para entrar no mercado de placas de v&iacute;deo. O VQuake, uma vers&atilde;o especial do jogo da id Software criada por John Carmack (id Software) e pela pr&oacute;pria Rendition, foi concebido especialmente para o chipset Verite 1000, lan&ccedil;ado em 1996. 
<img title="Boa para Quake" src="https://tm.ibxk.com.br/materias/2314/5125.jpg" alt="Boa para Quake" />
<div>Programar para esta placa n&atilde;o foi nada f&aacute;cil. E contemplar visuais 2D atrav&eacute;s de um desempenho deplor&aacute;vel tamb&eacute;m n&atilde;o contribuiu nada para o sucesso da Verite 1000. Por fim, nem mesmo os tiroteios de Quake conseguiram vencer a concorr&ecirc;ncia.</div>
<div>E quem n&atilde;o se lembra da s&eacute;rie Voodoo? A ascens&atilde;o da 3DFX foi r&aacute;pida e avassaladora. Em 1996, a Voodoo 1 balan&ccedil;ou os pilares do processamento gr&aacute;fico com um desempenho 3D simplesmente espetacular. Em contrapartida, a placa n&atilde;o apresentava nenhuma funcionalidade 2D, o que exigia que o consumidor comprasse mais de uma placa caso optasse pela Voodoo 1.</div>
 
<img title="Contemple o poderio da Voodoo 3 3000" src="https://tm.ibxk.com.br/materias/2314/5126.jpg" alt="Contemple o poderio da Voodoo 3 3000" />
<div>Sim, isso &eacute; um tanto ruim, mas para os gamers hardcore, o custo valia a pena. E muito. Diversos t&iacute;tulos mostraram o potencial da primeira Voodoo e fizeram com que os concorrentes apenas assistissem o sucesso da placa, embasbacados. A s&eacute;rie n&atilde;o durou muito, mas causou estrago. Bem, eu mesmo (Ricardo Fadel) pude testar uma Voodoo 3 3000 alguns anos atr&aacute;s, e foi uma experi&ecirc;ncia chocante.</div>
<div>Matrix? N&atilde;o, Matrox Pelo jeito os canadenses levam jeito para a fabrica&ccedil;&atilde;o de placas de v&iacute;deo. A Matrox come&ccedil;ou em 1978, mas s&oacute; ganhou destaque na d&eacute;cada de 90. Como de praxe, o primeiro modelo (G100) n&atilde;o brilhou muito, mas abriu alas para a G200, uma placa muito interessante.</div>
<img title="128-bit, quem diria..." src="https://tm.ibxk.com.br/materias/2314/5127.jpg" alt="128-bit, quem diria..." />
<div>Acelera&ccedil;&atilde;o 3D atrav&eacute;s de 85 MHz de clock, 64-bit, suporte &agrave; execu&ccedil;&atilde;o de DVD e MPEG 1/2 e um bom limite de mem&oacute;ria onboard: 16 MB. Muitos aclamaram a qualidade da imagem reproduzida atrav&eacute;s da G200. Contras? Levemente mais devagar que as concorrentes, baixo desempenho OpenGL e um fraco suporte a drivers est&aacute;veis. Os prim&oacute;rdios da t&atilde;o criticada GMA Graphics Media Accelerator. Tr&ecirc;s palavras que formam um verdadeiro pesadelo para v&aacute;rios usu&aacute;rios. Bem, a m&aacute; fama da Intel no mercado de placas de v&iacute;deo (pois no ramo de processadores centrais a companhia sempre foi forte) tem uma raiz profunda.</div>
<img title="Que fiasco..." src="https://tm.ibxk.com.br/materias/2314/5128.jpg" alt="Que fiasco..." />
<div> Em 1998, foi lan&ccedil;ada a i740. A placa apareceu discretamente no mercado 3D e, para a tristeza de muitos, n&atilde;o fez sucesso. Com uma taxa de vendas muito baixa e um desempenho, a primeira placa de v&iacute;deo da Intel apenas principiou os resultados ruins que acompanhamos com as atuais GMA.</div>
<div>A "for&ccedil;a G"</div>
<div><img class="img_esq" title="NV10, o come&ccedil;o do sucesso" src="https://tm.ibxk.com.br/materias/2314/5130.jpg" alt="NV10, o come&ccedil;o do sucesso" width="350" height="226" />A chegada da GeForce 256 (ou NV10) foi brutal. A nova arquitetura da placa acabou com a concorr&ecirc;ncia atrav&eacute;s de uma enxurrada de funcionalidades inovadoras. Exemplos? Que tal o mapeamento de ambientes para a cria&ccedil;&atilde;o de reflexos em tempo real? N&atilde;o &eacute; preciso dizer que, at&eacute; os dias de hoje, o nome GeForce j&aacute; desperta o interesse mesmo de pessoas que n&atilde;o conhecem muito sobre inform&aacute;tica. Ponto para a NVIDIA, que atualmente briga de frente com a ATI (comprada pela AMD). A NV10 abriu alas para placas que muitos usu&aacute;rios usam at&eacute; hoje. Diversas lan houses adotaram a GeForce 2 e a GeForce 4 &mdash; especialmente a aclamada MX 440 para os slots AGP 8X &mdash; em seus computadores para que os jogadores se divertissem sem problemas com Counter-Strike e outros t&iacute;tulos de renome.</div>
<div>E a ATI no p&aacute;reo</div>
<div>Tchau Rage, oi Radeon. Na realidade, foi a R100 quem iniciou a s&eacute;rie que se estende at&eacute; a atualidade. Variando de 32 MB a 64 MB de mem&oacute;ria DDR, &eacute; dif&iacute;cil achar algu&eacute;m que esteja arrependido de comprar uma R100.</div>
 
<img title="Criando confus&atilde;o desde 2000" src="https://tm.ibxk.com.br/materias/2314/5131.jpg" alt="Criando confus&atilde;o desde 2000" />
<div>Foi uma jogada muito boa da ATI. E bem a tempo, diga-se de passagem. Uma das poucas placas que deixaram a desejar (talvez pelo pre&ccedil;o extremamente acess&iacute;vel) foi a Radeon 7000 VE, que apresenta uma redu&ccedil;&atilde;o consider&aacute;vel de desempenho em compara&ccedil;&atilde;o com as demais. &Eacute; curioso saber que a R100 s&oacute; virou Radeon 7200 quando a Radeon 8500 apareceu no mercado. Foi somente ent&atilde;o que a ATI resolveu mudar o nome das antigas placas, aplicando o termo Radeon. De qualquer maneira, o que importa &eacute; que a briga entre ATI e NVIDIA come&ccedil;ou a pegar fogo em 2000... E ningu&eacute;m sabe quando ela vai acabar.</div>
<div style="text-align: center;"> Constante evolu&ccedil;&atilde;o</div>
<div style="text-align: center;">Exagero ou realidade?</div>
<div> O fim desta hist&oacute;ria &eacute; o seguinte: n&atilde;o tem fim. Como diversas &aacute;reas da tecnologia, as placas de v&iacute;deo tendem a evoluir sem parar, pois os engenheiros e tecn&oacute;logos buscam cada vez mais pot&ecirc;ncia, desempenho e qualidade gr&aacute;fica na exibi&ccedil;&atilde;o de anima&ccedil;&otilde;es visuais. Espero que voc&ecirc; tenha gostado do breve agrupamento hist&oacute;rico de placas que constam neste especial. &Eacute; claro que alguns nomes ficaram de fora (como a Trident, famosa por tentar entrar no mercado com placas relativamente simples), mas o essencial &eacute; conhecer um pouco da saga desse componente fundamental dos computadores.</div>
<img title="A est&eacute;tica evoluiu junto com o poder" src="https://tm.ibxk.com.br/materias/2314/5132.jpg" alt="A est&eacute;tica evoluiu junto com o poder" />
</div>
<div>Atualmente, a situa&ccedil;&atilde;o &eacute; bastante convidativa para os f&atilde;s de tecnologia. Os consumidores est&atilde;o se dando bem com a briga eterna entre ATI e NVIDIA (confira <a href="https://www.voxel.com.br/noticias/20090429/4793.html">aqui</a> uma das not&iacute;cias do Baixaki Jogos sobre o assunto), pois placas cada vez mais fant&aacute;sticas surgem a pre&ccedil;os cada vez mais baixos. No Brasil, a realidade n&atilde;o &eacute; t&atilde;o interessante assim, mas isso n&atilde;o impede os gamers brasileiros de adquirirem o melhor da tecnologia, n&atilde;o &eacute; mesmo? Texto de Ricardo Antunes Fadel</div>

thumb-image-2024-04-30T03:37:10.229Z

A evolução das placas de vídeo

Imagem de A World Wide Web completa 20 anos, conheça como ela surgiu no site TecMundo

O mundo virtual já bem diferente do que conhecemos, saiba como o meio  mais democrático se desenvolveu!

Voc&ecirc; provavelmente j&aacute; ouviu falar naquela hist&oacute;ria de que a Internet nasceu nos Estados Unidos durante a d&eacute;cada de 1960, em meio &agrave; Guerra Fria. N&atilde;o? Pois bem, acomode-se na cadeira e fique atento para descobrir como n&oacute;s conseguimos chegar at&eacute; a sua casa atrav&eacute;s desta coisa chamada Internet. Quando o meio mais democr&aacute;tico da atualidade surgiu sequer se chamava Internet. Seu primeiro nome foi ARPANET. Com as constantes amea&ccedil;as de uma nova guerra mundial que teria in&iacute;cio com os Estados Unidos e a extinta Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica (atualmente R&uacute;ssia e pa&iacute;ses do Leste Europeu), v&aacute;rios estudiosos de universidades norte-americanas precisavam garantir que as informa&ccedil;&otilde;es do pa&iacute;s estariam a salvo caso um ataque realmente acontecesse. J&aacute; nesta &eacute;poca os governos tinham plena consci&ecirc;ncia de que as tecnologias e os meios de comunica&ccedil;&atilde;o seriam a chave para a domina&ccedil;&atilde;o do cen&aacute;rio econ&ocirc;mico e pol&iacute;tico em um futuro n&atilde;o muito distante.
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Por isso, a ARPA (Advanced Research Projects Agency &ndash; Ag&ecirc;ncia de Projetos de Pesquisa Avan&ccedil;ados), &oacute;rg&atilde;o respons&aacute;vel pelo desenvolvimento de projetos especiais, criou a ARPANET (a palavra &ldquo;net&rdquo; em ingl&ecirc;s significa &ldquo;rede&rdquo;). Se dividirmos o nome deste invento teremos algo parecido com &ldquo;Rede da Ag&ecirc;ncia de Projetos de Pesquisa Avan&ccedil;ados&rdquo;. Esta rede ligava, inicialmente, computadores com informa&ccedil;&otilde;es sigilosas do governo estadunidense para prevenir a perda destas informa&ccedil;&otilde;es caso houvesse um ataque russo.
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Contudo, os &acirc;nimos esfriaram de vez e as amea&ccedil;as antes calorosas se tornaram naquilo que hoje os livros de hist&oacute;ria chamam de Guerra Fria. Assim, na d&eacute;cada de 1970, o governo americano permitiu que cientistas de universidades pudessem estudar este sistema ainda novo com a condi&ccedil;&atilde;o de que pudessem contribuir para a tecnologia de defesa de dados. Cada vez mais as universidades demonstravam interesse em desenvolver projetos para esta novidade e o pequeno projeto restrito do governo acabou adquirindo propor&ccedil;&otilde;es maiores do que o imaginado inicialmente.
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Por esta raz&atilde;o, decidiu-se quebrar a ARPANET em dois peda&ccedil;os: a MILNET &ndash; que trabalhava apenas com unidades militares; e a ARPANET como os cientistas e pesquisadores de universidades continuavam a desenvolv&ecirc;-la. Voc&ecirc; deve estar se perguntando como estas informa&ccedil;&otilde;es iam de um computador para outro. Ora, basicamente, do mesmo jeito que ela vem e vai atualmente. Via IP ou Protocolo de Internet. Este protocolo &eacute; um n&uacute;mero que funciona como um endere&ccedil;o. Era preciso apontar para onde disparar a informa&ccedil;&atilde;o e esperar que ela chegasse. A Internet n&atilde;o nasceu com 3 megabytes de velocidade.
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Como voc&ecirc; j&aacute; pode imaginar, o bra&ccedil;o livre dos prim&oacute;rdios da Internet, a ARPANET (depois da divis&atilde;o) caminhou livre a partir dos esfor&ccedil;os de cientistas, pesquisadores, alunos, amigos de alunos e qualquer um que se apaixonasse pela nova tecnologia. Entretanto, ao final da d&eacute;cada de 1980, mais especificamente no ano de 1989, Tim Berners-Lee, cientista do Conseil Europ&eacute;en pour La Recherche Nucl&eacute;aire (em portugu&ecirc;s, Conselho Europeu de Pesquisas Nucleares), cria uma nova forma de ver a ARPANET que acabou revolucionando completamente este meio.
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A inven&ccedil;&atilde;o de Berners-Lee nada mais foi do que o WWW, ou seja, World Wide Web. Este sistema nasceu para ligar as universidades entre si para que os trabalhos e pesquisas acad&ecirc;micos fossem utilizados mutuamente em um ambiente de contribui&ccedil;&atilde;o dos lados envolvidos. Este cientista tamb&eacute;m &eacute; respons&aacute;vel pelo desenvolvimento de duas ferramentas indispens&aacute;veis para a Internet: o c&oacute;digo HTML e o protocolo HTTP. <img class="img_esq" src="https://tm.ibxk.com.br/materias/iStock_000000809413XSmall.jpg" border="0" width="151" height="114" />Com as inven&ccedil;&otilde;es de Berners-Lee e v&aacute;rias evolu&ccedil;&otilde;es e melhorias nestes protocolos e c&oacute;digos chegamos &agrave; Internet como a conhecemos. Nenhum outro meio de comunica&ccedil;&atilde;o se expandiu t&atilde;o rapidamente quanto a rede mundial de computadores. Em quatro anos, a Internet atingiu mais de 50 milh&otilde;es de pessoas! Atualmente, no Brasil, os usu&aacute;rios da rede representam 44% da popula&ccedil;&atilde;o com acesso a computadores e 97% das empresas est&atilde;o ligadas &agrave; Internet. Mas, para entendermos melhor como a Internet no Brasil se desenvolveu, precisamos voltar um ano antes de Tim Berners-Lee desenvolver a World Wide Web. Em 1988, algumas universidades brasileiras come&ccedil;aram a fazer parte da rede de computadores das institui&ccedil;&otilde;es de ensino superior dos Estados Unidos (a ARPANET). Mas, ainda nesta data, surgia a AlterNex, primeiro esbo&ccedil;o do que seria a internet brasileira a partir dos anos 90. Assim como a ARPANET, a AlterNex come&ccedil;ou como uma rede restrita para pesquisadores e acad&ecirc;micos de universidades. Mais tarde, em 1992 o p&uacute;blico pode conhecer a rede mundial de computadores.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/materias/iStock_000005661797XSmall.jpg" border="0" width="400" height="300" />
Anos mais tarde, em 1997, os provedores comerciais de Internet passam a ganhar mercado no Brasil e o n&uacute;mero de usu&aacute;rios come&ccedil;a a aumentar bastante. Contudo, estes primeiros usu&aacute;rios da Internet dom&eacute;stica eram pessoas que j&aacute; tinham algum contato com o computador pessoal e dispunham de recursos financeiros para conseguir pagar um provedor mais a fatura de telefone &ndash; o que n&atilde;o era nada barato para a &eacute;poca. Com o passar dos anos, os provedores puderam abaixar o pre&ccedil;o e com a chegada da conex&atilde;o Banda Larga. A guerra de navegadores
&nbsp;
<img src="https://tm.ibxk.com.br/materias/iexnetscape.jpg" border="0" width="450" height="139" />
Em 1993, Marc Andreessen e Rob McCool inventaram o primeiro navegador livre e gr&aacute;fico, o Mosaic. Por dois anos, o navegador Mosaic foi o principal meio de explorar a Internet fora das universidades e centros de pesquisa. O objetivo da dupla McCool e&nbsp; Andreessen era transformar a Internet em algo pr&aacute;tico tamb&eacute;m para as outras pessoas. Por isso, em 1995 nasce o Netscape, primeiro navegador comercial da Internet. Alguns usu&aacute;rios com mais tempo de experi&ecirc;ncia na Internet devem se lembrar da interface deste programa.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/materias/NETSCAPE.jpg" border="0" width="430" height="288" />
Por&eacute;m, logo a Microsoft percebeu que seria deixada para tr&aacute;s se n&atilde;o desenvolvesse uma tecnologia para ganhar mercado. Foi ent&atilde;o que o Internet Explorer foi desenvolvido a partir do c&oacute;digo do Mosaic. Um golpe dif&iacute;cil para Andreessen se recuperar, porque a partir da&iacute; o IE (como o navegador da Microsoft ficou conhecido) passou a ser inclu&iacute;do no Windows. Como o sistema operacional passou a ser quase um consenso entre os usu&aacute;rios de PCs, o novo navegador tamb&eacute;m passou a s&ecirc;-lo. Assim, o Netscape de Andreessen foi deixado para tr&aacute;s para que o Internet Explorer assumisse a lideran&ccedil;a de mercado.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/materias/IE1995.png" border="0" width="430" height="323" />
Depois de anos utilizando o Internet Explorer, surge o Mozilla Firefox. O ano de lan&ccedil;amento do novo navegador, 2004, pode ser chamado de o ano da &ldquo;Segunda Guerra dos Navegadores&rdquo;. Afinal, nos seus primeiros 99 dias de vida, o Firefox teve 25 milh&otilde;es de downloads. A partir dele, uma vasta cole&ccedil;&atilde;o de nomes de navegadores surgiu, uma vez que o c&oacute;digo de programa&ccedil;&atilde;o do navegador &eacute; livre para ser desenvolvido por outros programadores. Assim, todos conseguem um navegador &ldquo;dos sonhos&rdquo; altamente customiz&aacute;vel e que traz algo novo: as abas de navega&ccedil;&atilde;o. Depois do &Oacute;pera e do Firefox surgem navegadores novos como o Safari (vers&atilde;o Windows) e Chrome &ndash; todos eles com as abas, recurso que o IE foi obrigado a incorporar.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/materias/guerranavegadoresnovos1.jpg" border="0" width="630" height="435" />
A velocidade de navega&ccedil;&atilde;o e exig&ecirc;ncia de dinamismo do usu&aacute;rio do in&iacute;cio do ano 2000 fez com que novas tend&ecirc;ncias surgissem na Internet. O meio ficou mais populoso e as pessoas sentiam vontade de se relacionarem entre si &ndash; faltava intera&ccedil;&atilde;o entre usu&aacute;rios que n&atilde;o se conheciam pessoalmente.&nbsp; Por isso, a Internet vem mudando constantemente e novas tend&ecirc;ncias s&atilde;o muito mais do que simples ideias &ndash; s&atilde;o fatos consumados. Sua vida est&aacute; online
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De um tempo para c&aacute;, a grande tend&ecirc;ncia da rede &eacute; a aumentar a comunica&ccedil;&atilde;o e o relacionamento com outras pessoas que comp&otilde;em este ambiente virtual. Na Gr&eacute;cia antiga existia um espa&ccedil;o p&uacute;blico chamado &ldquo;&aacute;gora&rdquo; em que as pessoas costumavam se encontrar para discutirem temas comuns &agrave;s suas vidas. Pode-se associar o conceito de &aacute;gora ao que vem sendo chamado de Web 2.0. A base desta nova gera&ccedil;&atilde;o da internet &eacute; estar conectado a algo ou algu&eacute;m &ndash; n&atilde;o interessa se &eacute; de um pa&iacute;s distante ou se &eacute; o seu vizinho.
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Mas a&iacute; surge uma outra pergunta: o que &eacute; a Web 2.0? O termo foi criado em 2004 pela O&rsquo;Reilly Media, uma empresa de comunica&ccedil;&atilde;o americana, para designar uma nova era nas comunica&ccedil;&otilde;es interpessoais na Internet. Os novos tipos de comunica&ccedil;&atilde;o e relacionamento que estavam se desenvolvendo na rede partiam do ponto em que v&aacute;rios usu&aacute;rios come&ccedil;aram a gerar conte&uacute;dos de maneira independente atrav&eacute;s de sites, blogs, wikis e redes sociais como o Orkut e universos virtuais compreendidos em jogos. Com isso, a Internet deixou de ser um ambiente em que a informa&ccedil;&atilde;o j&aacute; vinha pronta de um determinado lugar como um portal de jornais e revistas, para ser um meio de divulga&ccedil;&atilde;o livre de conte&uacute;dos. As tecnologias de blogging e micro-blogging contribu&iacute;ram muito para estes avan&ccedil;os uma vez que o usu&aacute;rio j&aacute; n&atilde;o precisa compreender a estrutura de como aquele servi&ccedil;o foi desenvolvido &ndash; ele apenas o usa. Um exemplo fort&iacute;ssimo de servi&ccedil;o de micro-blogging &eacute; o Twitter.
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Esta ferramenta tem facilitado muito as comunica&ccedil;&otilde;es entre pessoas conhecidas e as que voc&ecirc; ainda vai conhecer. Caso voc&ecirc; ainda n&atilde;o tenha twittado nada, aqui vai um resumo do que &eacute; este universo: voc&ecirc; v&ecirc; uma caixa de texto que permite escrever uma mensagem de 140 caracteres. Sinta-se livre para escrever o que quiser, mas n&atilde;o esque&ccedil;a da pergunta norteadora da ferramenta &ndash; What are you doing? (O que voc&ecirc; est&aacute; fazendo?). Na maioria das vezes voc&ecirc; n&atilde;o ver pessoas contando o que est&atilde;o fazendo literalmente; e sim um apanhado de informa&ccedil;&otilde;es quaisquer que o dono daquele perfil resolveu compartilhar.
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<img src="https://tm.ibxk.com.br/materias/compartilhamento.jpg" border="0" width="629" height="254" />
Compartilhamento. Esta pode ser uma das palavras chave mais importantes quando falamos de Web 2.0. Tudo o que se faz na Internet &eacute; compartilhado com outras pessoas. O seu perfil do Orkut pode ser visto por milh&otilde;es de outros usu&aacute;rios em qualquer pa&iacute;s. Seus v&iacute;deos no YouTube est&aacute; l&aacute; para quem quiser ver e passar o link a diante. As suas playlists do Last.fm est&atilde;o online e prontas para serem divididas com seus amigos reais e virtuais. Portanto, afirmar que a sua vida est&aacute; online n&atilde;o &eacute; nenhum exagero. Afinal de contas, quem possui uma conta em qualquer rede social j&aacute; coloca uma parte de si na Internet atrav&eacute;s de fotos, m&uacute;sicas, ideias e v&aacute;rias outras formas de express&atilde;o. Existem casos em que a informa&ccedil;&atilde;o &eacute; conectada a diferentes fontes de maneira que uma liga&ccedil;&atilde;o complete a outra e assim, o usu&aacute;rio pode ter uma compreens&atilde;o maior do que est&aacute; sendo tratado naquela not&iacute;cia ou post, no caso de blogs e portais de not&iacute;cias na Internet. Esta jun&ccedil;&atilde;o de informa&ccedil;&otilde;es &eacute; chamada de mash-up, ou seja, integrar tudo o que for relacionado &agrave;quele tema para que se possa ter uma no&ccedil;&atilde;o completa do que se quer dizer. O futuro est&aacute; na Internet <img class="img_esq" src="https://tm.ibxk.com.br/materias/iStock_000002694672XSmall.jpg" border="0" width="198" height="140" />Tamb&eacute;m n&atilde;o &eacute; exagero afirmar que o futuro dos computadores est&aacute; na Internet. Tudo caminha para o que se chama de &ldquo;Cloud Computing&rdquo; ou &ldquo;Computa&ccedil;&atilde;o nas Nuvens&rdquo;. Isto quer dizer que tudo o que armazenamos em discos r&iacute;gidos, pen drives e outras m&iacute;dias de armazenamento estar&aacute; estocado na grande &ldquo;nuvem&rdquo; que &eacute; a Internet.&nbsp; Portanto, n&atilde;o ser&aacute; nada incomum confiarmos ainda mais nossas vidas &agrave; rede. Atualmente j&aacute; &eacute; poss&iacute;vel fazer quase tudo pela Internet, desde pagar contas at&eacute; conhecer gente nova. Mas o futuro da Internet &eacute; muito maior do que isso tudo.
Ningu&eacute;m melhor do que o pai da aniversariante World Wide Web para criar um instituto, a WWW Foundation, que cuidar&aacute; do futuro da sua cria&ccedil;&atilde;o que completa vinte anos em 2009. Tim Berners-Lee anunciou em uma confer&ecirc;ncia no ano passado que boa parte do desenvolvimento do futuro da web est&aacute; em democratizar o que j&aacute; existe, ou seja, dar condi&ccedil;&otilde;es de trazer os 80% da popula&ccedil;&atilde;o mundial que ainda que se encontra entre os &ldquo;exclu&iacute;dos digitais&rdquo;.&nbsp; Al&eacute;m disso, Berners-Lee prev&ecirc; que haver&aacute; a Web ainda vai evoluir para a sua gera&ccedil;&atilde;o 3.0 antes de tornar-se a Web Sem&acirc;ntica que o seu criador previa desde o in&iacute;cio.
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Enquanto a Web 2.0, momento o qual vivenciamos, se prop&otilde;e a expandir conte&uacute;dos com a participa&ccedil;&atilde;o direta de usu&aacute;rios, a Web 3.0 traz a inova&ccedil;&atilde;o no que tange a manipula&ccedil;&atilde;o destes dados. &Eacute; f&aacute;cil entender este conceito comparando as duas gera&ccedil;&otilde;es. A 2.0 possui os arquivos, por&eacute;m eles est&atilde;o armazenados em bancos de dados. O grande objetivo da gera&ccedil;&atilde;o 3.0 &eacute; fazer com que estes dados possam ser manipulados na pr&oacute;pria Web. Isto j&aacute; pode ser visto em casos&nbsp; bastante ilustrativos&nbsp; como o Google Docs, por exemplo.
Para atingir o patamar da Web Sem&acirc;ntica, a Internet precisa evoluir tanto tecnicamente quanto seus usu&aacute;rios tamb&eacute;m precisam passar por uma esp&eacute;cie de evolu&ccedil;&atilde;o. Isto porque a Web Sem&acirc;ntica consiste em uma interface s&oacute;, de modo que uma coisa leve a outra sem precisar retornar &agrave;s janelas, redigitar comandos, endere&ccedil;os e senhas. Enfim, o futuro da Internet &eacute; ser completamente contextual, sem perder tempo com quest&otilde;es que se tornar&atilde;o triviais, como digita&ccedil;&atilde;o. Assim, pode-se entender que a internet vai se tornar um ambiente &uacute;nico extremamente contextualizado. Mas ainda &eacute; dif&iacute;cil afirmar categoricamente o que vai ser do futuro da web. At&eacute; para os inventores de todas estas ferramentas ainda &eacute; dif&iacute;cil prever como elas v&atilde;o evoluir e quais usos v&atilde;o atribuir a elas. Mesmo assim, uma coisa &eacute; poss&iacute;vel afirmar: o futuro das comunica&ccedil;&otilde;es &eacute; o mundo online. J&aacute; ficou mais do que comprovado que a Internet aproxima amigos de inf&acirc;ncia, faz novos amigos, contatos de trabalho e uma infinidade de rela&ccedil;&otilde;es entre seus usu&aacute;rios, resta a eles determinar o futuro do meio em que est&atilde;o inseridos.
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Agora que voc&ecirc; j&aacute; conhece como tudo aconteceu e pode vir a acontecer, fa&ccedil;a parte destas mudan&ccedil;as! Crie e d&ecirc; sugest&otilde;es aos seus sites favoritos de como voc&ecirc; quer que ele seja, afinal, a Internet &eacute; feita para voc&ecirc;!

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A World Wide Web completa 20 anos, conheça como ela surgiu

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Imagem de Museu da História dos Computadores libera detalhes do DOS para Apple II no site TecMundo

Autor do projeto, Paul Laughton também divulgou anotações e o contrato estabelecido entre ele e Steve Jobs

<img loading="lazy" src="https://tm.ibxk.com.br/2013/11/materias/808166794131266-t640.jpg" alt="" width="535" height="695" /> (Fonte da imagem: <a href="http://9to5mac.com/2013/11/12/apple-ii-dos-source-code-released-by-computer-history-museum/apple-ii-dos_contract-02/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/9to5 Mac</a>)
O Museu da Hist&oacute;ria dos Computadores anunciou na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (12) a publica&ccedil;&atilde;o de documentos que revelam o c&oacute;digo-fonte da vers&atilde;o do DOS usada no computador Apple II. O sistema operacional possui grande import&acirc;ncia hist&oacute;rica por ter sido utilizado naquele que &eacute; o primeiro computador da empresa da Ma&ccedil;&atilde; que conta com um monitor separado de seu corpo.
Segundo uma postagem no site oficial do museu, Paul Laughton da Shepardson Microsystems foi contratado para escrever a vers&atilde;o DOS do computador contando com um prazo de somente 7 semanas para finalizar o projeto. Na &eacute;poca, ele recebeu US$ 13 mil de Steve Jobs para escrever um gerenciador de arquivos, uma interface BASIC e alguns utilit&aacute;rios para o aparelho.
Al&eacute;m dos documentos relativos ao DOS, Laughton tamb&eacute;m contribuiu com documentos relacionados a anota&ccedil;&otilde;es sobre o projeto e o contrato original estabelecido entre ele e Jobs. A institui&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m est&aacute; liberando dados sobre o c&oacute;digo-fonte de aplicativos como o Macpaint, Quickdraw e o Adobe Photoshop original.

Museu da História dos Computadores libera detalhes do DOS para Apple II

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