Google prefere construir centros de dados em países frios

Por Felipe Gugelmin Valente

30/09/2011 - 02:402 min de leitura

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Imagem de Google prefere construir centros de dados em países frios no site TecMundo

(Fonte da imagem: The Wall Street Journal)

A notícia de que a Google vai abrir um centro de dados com valor de US$ 273 milhões na cidade de Hamina, na Finlândia, deixou a região esperançosa de que isso vá atrair outros grandes nomes da tecnologia ao local. Devido ao clima frio e aos baixos preços cobrados pela eletricidade, a Escandinávia tem se mostrado cada vez mais atrativa para esse tipo de investimento.

O centro de dados construído pela Google representa bem as mudanças ocorridas nos últimos anos na forma como as pessoas adquirem informação. O local da instalação costumava ser uma fábrica de papel, que viu seu lucro diminuído devido ao avanço dos meios digitais. Ironicamente, o complexo vai ajudar a gigante das buscas a ampliar ainda mais sua capacidade de oferecer serviços baseados na nuvem.

A combinação entre uma estrutura que precisava de poucos ajustes para funcionar corretamente e o clima frio da região foram os principais fatores que levaram a companhia a investir no local.

Economia de eletricidade

“Quando se constrói um centro de dados, há vários itens envolvidos. É preciso levar em conta o custo da terra, das construções e do equipamento dos servidores. Mas o que tem sido o foco principal nos últimos anos é o custo do resfriamento dos equipamentos”, afirmou Al Verney, porta-voz da Google Benelux ao Wall Street Journal.

Em 2010, a Google consumiu 2,25 terawatt-hora de eletricidade, quantidade semelhante ao que é gasto por 200 mil residências dos Estados Unidos. A maior parte da energia utilizada pela companhia foi empregada no resfriamento de equipamentos, razão pela qual regiões com climas frios se tornaram bastante atrativas para a companhia.

O centro de dados em Hamina vai utilizar um sistema de resfriamento que aproveita a água do mar para manter a temperatura dos servidores em níveis aceitáveis. Ao usar recursos do próprio meio-ambiente, a companhia corta gastos e pode oferecer serviços mais estáveis ao diminuir o risco de manutenções não planejadas devido ao superaquecimento de seus equipamentos.

Região atrativa

Outras cidades na região estão esperançosas de que outras empresas de tecnologia invistam no local e substituam velhas indústrias que já não se mostram lucrativas. A agência governamental Invest Sweden publicou uma lista com informações detalhadas sobre 50 locais ideias para a construção de centros de dados. Entre elas está um abrigo subterrâneo contra ataques aéreos e a antiga fábrica de impressão do maior jornal da Suécia.

Além de oferecer um clima ideal para a manutenção de equipamentos, a área se destaca por oferecer estabilidade política e uma boa estrutura de fibra ótica. Além disso, a proximidade de países como a Rússia é estratégica para o crescimento do setor de internet, que vê na região uma ótima oportunidade de investimento.


Por Felipe Gugelmin Valente

Especialista em Redator

Redator freelancer com mais de uma década de experiência em sites de tecnologia, já tendo passado pelo Adrenaline, Mundo Conectado, TecMundo, Voxel, Meu PlayStation, Critical Hits e Combo Infinito.


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