Facebook dá US$ 1 mil em anúncios para grupos discursarem contra o ISIS

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

13/02/2016 - 07:012 min de leitura

Facebook dá US$ 1 mil em anúncios para grupos discursarem contra o ISIS

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Imagem de Facebook dá US$ 1 mil em anúncios para grupos discursarem contra o ISIS no tecmundo

O Facebook está cada vez mais envolvido na luta contra o recrutamento e o discurso de ódio promovido pela organização terrorista conhecida como Estado Islâmico (ou ISIS). Agora, a rede social passou a financiar anúncios do próprio bolso para ajudar a propagar mensagens contra o grupo.

Segundo o The Wall Street Journal, a mais nova estratégia da rede social é fornecer US$ 1 mil em créditos para os chamados "contra-argumentadores". Trata-se de um grupo de famosos, ativistas ou intelectuais que realizam discursos e produzem peças multimídia para descreditar e criticar o Estado Islâmico.

A ideia do Facebook é promover discursos de paz, tolerância e compreensão partindo dos próprios usuários, sem parecer que a contra-argumentação é uma iniciativa da empresa.

Tudo contra o ISIS

O comediante Arbi el Ayachi foi um dos que recebeu a verba. Ele já era o responsável por um vídeo que negava o rumor de um grupo grego de extrema direita. Além disso, grupos de estudantes em parceria com o Departamento de Estado e a firma de consultoria Edventure Partners também foram estimulados a criarem mensagens contra o extremismo. No final de 2015, 45 turmas de alunos ao redor do mundo receberam US$ 2 mil de orçamento e US$ 200 em créditos para a criação de anúncios na rede social.

Essa não é a primeira vez que o Facebook toma uma atitude direta contra o Estado Islâmico. Ainda segundo a publicação, a rede social burlou as próprias regras no ano passado ao permitir que grupos anti-ISIS criassem contas falsas no site para enviar mensagens a grupos, páginas e perfis simpatizantes da organização. O teste foi bem sucedido e gerou conversas de longa duração.

Pode parecer que o combate online seja pouco para parar o ISIS, mas é preciso lembrar que a organização terrorista é bastante ativa na internet — o TecMundo já falou um pouco sobre isso em um vídeo.

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Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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