Eurocopa 2024: como funciona a tecnologia que identifica se a bola bateu na mão?

Por Ramalho Lima

21/06/2024 - 03:152 min de leitura

Eurocopa 2024: como funciona a tecnologia que identifica se a bola bateu na mão?

Fonte :  GettyImages 

Imagem de Eurocopa 2024: entenda a tecnologia que identifica se a bola bateu na mão no tecmundo

No jogo da Eslováquia contra a Bélgica pela EUFA Eurocopa 2024, um gol foi anulado graças ao uso de uma tecnologia que ajudou a arbitragem. A assistência foi capaz de impedir que a Bélgica empatasse o jogo em 1 a 1 aos 41 minutos do segundo tempo.

A façanha gira em torno de um microchip integrado à Fussballliebe, nova bola da Adidas, que foi projetada para auxiliar os lances do VAR e favorecer o desempenho dos atletas. A tecnologia foi usada pela primeira vez na Copa do Mundo de 2022, mas a Fussballliebe foi lançada somente em 2023 e traz aprimoramentos que tornam o processamento dos dados mais rápido.

O sensor instalado na bola é capaz de registrar dados 500 vezes por minuto, de maneira sincronizada com as câmeras do VAR instaladas pelo estádio. A tecnologia pode “sentir” alterações na superfície da bola que identificam os mais sutis toques. 

Gráfico indica momento em que a bola toca na mão do atacante belga Openda. (Imagem: UEFA/Reprodução)Gráfico indica momento em que a bola toca na mão do atacante belga Openda. (Imagem: UEFA/Reprodução)

Isso foi determinante para o VAR anular o gol de Romelu Lukaku, já que seu companheiro belga Openda tinha levado vantagem sobre seu marcador por meio de um toque de mão.

A tecnologia agora conta com uma inovação nas transmissões do evento da UEFA, que inaugurou um gráfico que lembra um eletrocardiograma. O gol chegou a ser validado, mas as ondas indicaram o momento em que a bola foi tocada pelo jogador.

Lukaku ainda teve outro gol anulado com a ajuda do chip, desta vez por estar impedido. A tecnologia ajuda nesses casos, já que permite registrar com máxima precisão o momento do passe.

Microchip deveria ser padrão

De acordo com especialistas em tecnologia e da área esportiva, a tecnologia deveria se tornar padrão em todos os países que valorizam o futebol.

Bruno Maia, especialista e empresário na área de tecnologia e conteúdos para o esporte, disse ao ge que os clubes e organizadores dos campeonatos de futebol no Brasil deveriam enxergar a tecnologia muito mais como um investimento do que como um custo.

Fussballliebe, a bola com microchip integrado da Adidas. (Imagem: Getty Images)Fussballliebe, a bola com microchip integrado da Adidas. (Imagem: Getty Images)

Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM, afirmou também em entrevista ao ge que a inovação “ajudaria a garantir nas decisões como também são uma excelente oportunidade para patrocinadores do segmento de tech demonstrarem sua expertise através desses cases de alta repercussão”.


Por Ramalho Lima

Especialista em Redator

Fã de tecnologia desde criança. Ex-early adopter (tá bom, de vez em quando ainda acontece). Curto música, Android e Linux. Um bom aspirador robô pode mudar sua vida.


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