Mais de 16 mil pessoas tomaram 2 tipos de vacina de covid-19

Por JORGE MARIN

23/04/2021 - 08:001 min de leitura

Mais de 16 mil pessoas tomaram 2 tipos de vacina de covid-19

Fonte :  Nexxto 

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Uma reportagem divulgada ontem (22) pela Folha de S. Paulo acrescentou mais uma preocupação ao processo de vacinação no Brasil: segundo o periódico, 16.526 pessoas foram vacinadas com as doses dos imunizantes trocadas, recebendo a primeira dose da Coronavac e a segunda dose da Oxford/AstraZeneca ou vice-versa. Os dados foram compilados nos registros do Datasus, do Ministério da Saúde.

De acordo com a reportagem, que tabulou as informações registradas no Datasus, 14.791 pessoas começaram sua trajetória vacinal contra a covid-19 através do imunizante da Oxford/AstraZeneca, e receberam depois a Coronavac. Um grupo menor, com 1.735 pessoas, recebeu primeiramente a vacina chinesa e depois a vacina do conglomerado sueco-britânico.

Como no Brasil as duas vacinas são as únicas disponíveis contra o coronavírus, o protocolo nacional determina que os vacinados dos grupos prioritários não podem escolher qual imunizante tomar, recebendo aquele que estiver disponível no posto no momento da vacinação. A segunda dose, porém, deve obrigatoriamente repetir o fabricante da primeira.

O que dizem os responsáveis?

Fonte: Nexxto/ReproduçãoFonte: Nexxto/Reprodução

Segundo as informações divulgadas pelo jornal paulista, os erros de imunização foram apurados no período de 17 de janeiro a 17 de fevereiro, e ocorreram no país inteiro, com exceção dos estados do Acre e Rio Grande do Sul. O que é ainda mais preocupante é que a população analisada, de cerca de 3,5 milhões de pessoas, é composta principalmente (70%) por profissionais de saúde.

Em resposta à Folha, o Ministério da Saúde afirmou que tem conhecimento de 481 notificações de ocorrências de aplicação de doses distintas de vacinas. Segundo a nota, “a pasta esclarece que cabe aos estados e municípios o acompanhamento e monitoramento de possíveis eventos adversos a essas pessoas por, no mínimo, 30 dias”.

No entanto, o órgão não respondeu aos pedidos da reportagem sobre quais procedimentos deverão ser adotados em relação aos mais de 16,5 mil vacinados de forma errada.


Por JORGE MARIN

Especialista em Redator


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