Movimentos dos olhos poderão substituir senhas no futuro

Por Felipe Gugelmin Valente

15/10/2012 - 04:372 min de leitura

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Imagem de Movimentos dos olhos poderão substituir senhas no futuro no site TecMundo

(Fonte da imagem: Reprodução/DVICE)

A descoberta de que cada pessoa literalmente olha o mundo de uma maneira única pode representar uma revolução no que diz respeito à segurança dos computadores no futuro. A partir da maneira única como cada um de nós analisa imagens, o pesquisador Oleg Komogortsev, da Texas State University-San Marcos, pretende criar um sistema capaz de substituir totalmente as senhas de proteção utilizadas atualmente.

“Estamos vendo que há diferenças o bastante para falar disso como uma nova solução de biometria”, disse o cientista ao TechNewsDaily. A intenção é que as máquinas do futuro sejam capazes de detectar a maneira como cada um de seus usuários olha os ambientes ao redor, restringindo ou liberando o acesso a conteúdos no processo.

A pesquisa de Komogortsev ainda está em um estágio bastante inicial, e serão necessários anos de investimento até que ela comece a aparecer em aeroportos, locais de trabalho que lidam com informações sigilosas ou até mesmo em computadores pessoais. Apesar disso, o pesquisador acredita que a técnica possui potencial para substituir completamente as análises de íris já utilizadas por várias companhias espalhadas pelo mundo.

Sistema mais seguro

O grande problema dos scanners utilizados atualmente é o fato de que é possível enganá-los usando lentes de contato especiais e imagens em alta qualidade dos olhos de uma pessoa. Ambos os problemas seriam resolvidos com a tecnologia que detecta os movimentos realizados por uma pessoa, os quais não poderiam ser imitados por mais ninguém no mundo.

A expectativa é que os primeiros testes do novo método sejam iniciados dentro de dois a três anos, conforme a velocidade com que a pesquisa se desenvolve. “Se você coletar informações o suficiente sobre o movimento dos olhos, não importa qual o tipo do estímulo utilizado, os resultados são bastante confiáveis”, afirma Komogortsev. Segundo ele, o novo método possui uma taxa de erro de somente 5%, contra os 34% das análises de íris convencionais.

O principal desafio enfrentado pelos pesquisadores da Texas State University-San Marcos no momento é detectar se há alguma mudança nos padrões de visualização conforme uma pessoa envelhece. Caso o tipo de movimentação se altere com o decorrer do tempo, será preciso criar sistemas capazes de permitir a atualização de cadastros conforme o usuário de um sistema vá ganhando idade.

Fontes: NBC News, DVICE


Por Felipe Gugelmin Valente

Especialista em Redator

Redator freelancer com mais de uma década de experiência em sites de tecnologia, já tendo passado pelo Adrenaline, Mundo Conectado, TecMundo, Voxel, Meu PlayStation, Critical Hits e Combo Infinito.


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