Banda larga nacional deve receber investimentos de R$ 100 bilhões

Por Felipe Gugelmin Valente

06/03/2013 - 09:092 min de leitura

Banda larga nacional deve receber investimentos de R$ 100 bilhões

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Imagem de Banda larga nacional deve receber investimentos de R$ 100 bilhões no site TecMundo

(Fonte da imagem: iStock)

Determinado a ampliar a cobertura da banda larga no Brasil, o governo está preparando um grande pacote de investimentos que, somados, ultrapassam a casa dos R$ 100 bilhões. Os ministérios da Fazenda, Comunicações e Planejamento estão discutindo desde fevereiro deste ano um plano para substituir a rede de fios de cobre nacionais por fibra óptica, tecnologia que proporciona conexões 10 vezes mais rápidas.

O projeto se baseia em estudos do Banco Mundial e de auditorias que afirmam que o investimento em conexões melhores se reflete em um crescimento do PIB de um país. Segundo informações obtidas pela Folha de S. Paulo, o tema agrada aos membros do governo, que viram a economia brasileira crescer somente 0,9% em 2012.

O prazo previsto para que os investimentos sejam realizados é de 10 anos. A previsão é que, além de aumentar a velocidade geral da conexão oferecida no país, o projeto crie uma cadeira produtiva capaz de abastecer grandes empresas e abrir o caminho para o desenvolvimento de pequenos negócios.

Modelos em estudo

Dois modelos estão sendo estudados nos bastidores, sendo que o que mais atrai o governo prevê uma divisão de gastos entre órgãos públicos e as operadoras. Nele, as empresas ganhariam de forma definitiva todos os bens recebidos durante a privatização da Telebrás, também conquistando o acesso a linhas de crédito do BNDES.

Calculado em R$ 17,3 bilhões, o espólio da Telebrás — prédios, obras de arte, orelhões e fios — é visto como sucateado pelo governo, que acredita ser uma boa ideia trocá-lo por investimentos em infraestrutura. Para atrair as operadoras, seria eliminada a exigência de obter uma concessão para explorar a telefonia fixa nacional.

Assim, as linhas deixariam de se tornar um regime público para passar a serem exploradas de forma privada. Nesse caso, as empresas teriam a liberdade de definir quesitos como preços, algo que atualmente é responsabilidade do governo.

Já o segundo plano prevê a realização de uma grande licitação nos modos tradicionais. Nesse caso, as concessões de telefonia fixa se manteriam funcionando da mesma maneira que hoje e o espólio da Telebrás continuará intocado.


Por Felipe Gugelmin Valente

Especialista em Redator

Redator freelancer com mais de uma década de experiência em sites de tecnologia, já tendo passado pelo Adrenaline, Mundo Conectado, TecMundo, Voxel, Meu PlayStation, Critical Hits e Combo Infinito.


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