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6 aeronaves que vão revolucionar o transporte aéreo

Por Felipe Gugelmin Valente

12/07/2012 - 03:044 min de leitura

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Imagem de 6 aeronaves que vão revolucionar o transporte aéreo no site TecMundo

(Fonte da imagem: Reprodução/NASA)

Quando se fala em transporte aéreo, é difícil não imaginar um futuro para o meio que não envolva cidades repletas de carros voadores com assentos individuais. Impressão cuja responsabilidade pode ser atribuída tanto a alguns cientistas mais otimistas quanto à ficção científica, no qual esse elemento aparece de maneira bastante comum.

Porém, quando se levam em consideração as possibilidades atuais que temos a nosso dispor, as aeronaves do futuro devem ser bastante semelhantes às atuais — ao menos em sua aparência exterior. Novos materiais de construção, técnicas de design e combustíveis têm tudo para mudar completamente a indústria da aviação.

Neste artigo, reunimos algumas das ideias mais interessantes nesse sentido. O objetivo não é apresentar aviões que já estão sendo construídos, mas sim apresentar planos que, caso se tornem realidade, vão ter grande impacto sobre a maneira como viajamos pelos ares.

Box Wing Jet, da Lockheed Martin

O objetivo do Box Wing Jet é manter o mesmo design das aeronaves convencionais ao mesmo tempo em que reduz substancialmente o consumo de combustível de um veículo do tipo. Para isso, a companhia pretende usar os materiais ultraleves empregados em jatos como o F-22 e o F-33, além de incorporar uma configuração de asa em forma de loop.

(Fonte da imagem: Reprodução/Popsci)

Com isso, o avião não só poderia viajar a distâncias maiores como estaria totalmente adaptado aos aeroportos atuais. O veículo também contaria com um sistema de turbinas com pás 40% maiores do que usadas pela indústria, o que aumentaria a velocidade do veículo em até 22% durante voos subsônicos.

Segundo a Lockheed Martin, o avião seria 50% mais econômico do que qualquer um de seus competidores, além de permitir que os pilotos fizessem descidas mais íngremes sobre áreas urbanas. A empresa acredita que uma primeira aeronave do tipo poderia estar pronta para uso comercial até 2025.

Asas ampliadas

Já o conceito desenvolvido pela Boeing aposta na construção de asas maiores para reduzir o consumo de combustíveis. Além disso, o avião possui duas turbinas em sua parte superior, que contam com o auxílio de duas caudas verticais para proteger pessoas que estão no chão do barulho provocado pelos motores.

(Fonte da imagem: Reprodução/NASA)

A aeronave também apresenta outras tecnologias capazes de reduzir ruídos e a resistência do ar durante as viagens. O projeto foi apresentado pela NASA no final de 2011 como um sério candidato a se transformar em realidade até o ano de 2025.

Volta Volaire, da GT4

Desenvolvido pela empresa norte-americana GT4, o Volta Volaire tem tudo para ser o primeiro avião que usa somente eletricidade para se locomover. Segundo o fundador da companhia, Paul Peterson, as baterias elétricas de carros evoluíram a um ponto em que são leves e eficientes o bastante para permitir esse tipo de empreitada.

(Fonte da imagem: Reprodução/Popsci)

A empresa já realizando as primeiras etapas de teste do avião, que possui quatro assentos e um motor híbrido. Caso a energia acabe no meio do voo, a gasolina volta a ser o combustível utilizado pela aeronave.

Caso o projeto se prove bem-sucedido, pode significar uma grande redução de custos na operação das aeronaves comerciais. Enquanto um voo de 300 quilômetros consumiria cerca de R$ 40 em eletricidade, o mesmo percurso exige gastos na ordem de R$ 160 em combustíveis fósseis específicos para esse tipo de veículo.

Sugar Volt, da Boeing

Não existe maneira melhor de economizar combustível do que simplesmente desligar os motores — e é justamente isso que pretende fazer o Sugar Volt, da Boeing. Durante o voo, o veículo dependeria somente de baterias elétricas para funcionar, o que reduziria tanto os custos do trajeto quanto a quantidade de poluição emitida.

(Fonte da imagem: Reprodução/Popsci)

Os engenheiros da companhia também repensaram a propulsão do veículo, mudando o design das asas, que, além de dobráveis, são mais finas do que as usadas nos modelos atuais. Segundo a empresa, a aeronave seria 55% mais eficiente que qualquer modelo atual, além de emitir uma quantidade 60% menor de dióxido de carbono e 80% a menos de óxido de nitrogênio.

AMELIA

O projeto AMELIA (Advanced Model for Extreme Lift and Improved Aeroacoustics) é constituído por um veículo subsônico capaz de realizar pousos e decolagens em ritmo bastante acelerado. Seu design é responsabilidade do California Polytechnic State Institute, que espera reduzir o ruído ouvido pelas comunidades que vivem perto de aeroportos com sua criação.

(Fonte da imagem: Reprodução/NASA)

Um modelo do veículo foi testado por pesquisadores da NASA em janeiro deste ano, que produziu uma miniatura dele em escala de 1/11. Entre os fatores que se destacam no AMELIA estão as suas turbinas, localizadas logo acima de suas asas — o objetivo é que a invenção seja capaz de transportar 150 passageiros sem que eles tenham que esperar muito tempo pelo momento de seu embarque.

Supersonic Green Machine, da Lockheed Martin

A primeira era dos voos comerciais supersônicos chegou ao seu fim em novembro de 2003, quando ocorreu o último voo do Concorde. Porém, isso não impediu que companhias como a Lockheed Martin continuassem a investir na ideia, procurando meios de solucionar os problemas encontrados até então: barulho excessivo, designs pouco eficientes e um alto consumo de recursos.

(Fonte da imagem: Reprodução/Popsci)

Com o Supersonic Green Machine, a empresa propõe uma aeronave com motores com ciclos variáveis, que alternam para um modo de voo convencional durante a decolagem e o pouso. Combustores seriam responsáveis pela redução de 75% na emissão de óxido de nitrogênio, enquanto a cauda em V invertido do veículo impediria a ocorrência de estrondos sônicos.

“Toda a ideia de um design de baixo estrondo é controlar a força, posição e interação das ondas de choque”, explica Peter Coen, pesquisador de projéteis supersônicos da NASA. O avião desenvolvido pela Lockheed Martin seria capaz de gerar ruídos muito menores do que aqueles provocados pelo Concorde que, do nível do chão, poderiam até mesmo ser confundidos com o som de um aspirador ligado.

Fontes: NASA, Popsci, Business Insider


Por Felipe Gugelmin Valente

Especialista em Redator

Redator freelancer com mais de uma década de experiência em sites de tecnologia, já tendo passado pelo Adrenaline, Mundo Conectado, TecMundo, Voxel, Meu PlayStation, Critical Hits e Combo Infinito.


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